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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O pensamento fora de mim.

Sempre que o trem passa pela manhã
leva consigo aquela sensação de solidão
corre o trem mudo, com aquela fumaça
que nao faz parar,

Pobre menino sujo que toda vez que vem
vai atras do trem...

Corre por correr, achando talvez que assim
supra um pouco da necessidade de ter alguem
consigo pela manha todos os dias,

O trem que passa sempre as nove
e o menino que acorda as oito aguarda o trem
ansioso, menino teimoso sempre na mesma rotina,

Correndo atras do trem, ou correndo de si mesmo
ou correndo de alguem que vem...

Alguem que vai,

Nessa corrida ninguem há de ganhar
senao o menino e o trem...

Amigos unidos pela solidão de quem tem
e sente,

O menino é o chão, e o meu trem é saudade....

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Ser dois só.

A união-unilateral-lateralmente infindavel
Sorriso pela manhã, mãe manha na rede
Abraço largo, farto na janela infinita
Ter sede, em rios embriagar-vel mente
A noite ser vem lá de onde tudo é mudo
A morte monta aos poucos a vida nova
Amor morada, na margem eterna de onde
Tudo é sempre ser no amor de sempre é
Eternamente doce, doçura a melodia enfim
Vida, começo ar no plural de dois juntos será
Infinito no corpo de um o amor de dois só.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Brotar.

Perco medo, de modo sem ter
medroso ser no meu ego ei de
pelo menos é o que onde fosse
sul ou norte, intriga o reto diz
onde a fonte brota nasce agua
na palavra forte a morte na fonte
de onde seca a seca no norte
a força do meu onde ser é rei
fato nasço na frente do homem
transcendente nas aguas dos rios
no modo de ser sem ter medo perco
no sul ou no norte, no sertão das minhas
condessas, ou veredas, ou verdades sempre
a vontade de nascer e seguir em frente
sem medo de ser, ser é o que quiser de estar
ou viver sempre.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Ocupação.

A força do movimento que cerca
a vontade que vibra junto ao medo
a extrema vontade de revolucionar
tudo ao que olho é escuro e cruel
crianças nas ruas descalças
desnudas de alma, de vida, de tempo

O sistema que insiste em me contaminar
com belas roupas no natal ainda
um copo de cerveja no boteco
o homem do amendoin que só vê ali uma opção
mendigar migalhas de um dinheiro sujo que enoja
a necessidade de se sucumbir pela falta de oportunidade

A revolta as vezes é inevitavel
para alguns um sistema normal
para outros uma morte lenta, escravizados pela moeda
corrente...CORRENTE
que assassina, que usa, que manipula tudo por aqui ou ali
somos derrotados, perdemos por nós mesmos
em acreditar que tudo é azul como uma propaganda de shampoo

Somos a anomalia do sistema, somos o virus do mundo
andamos para tras nessa ciranda, como marionetes
crianças morrendo por fome, ouço a noite o grito da Africa
meu mundo é sujo, me sinto um mudo em meio a multidão
me sinto oco, com uma vontade tremenda de revolucionar
sinto o desejo em mim, isso não pode continuar...

Somos o caos do mundo, somos o soar do inferno!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Noite morbida.

O tempo verte encontro ao vento
o medo arrepia na noite de penumbra
segue o rastro marcado pelo suor do meu corpo
seguindo incontrolavelmente o pulso
um desejo maléfico ou algo possante e demoniaco

O grito cru, meio grave ouvido da esquina
a sombra que passa de ninguem que ali havia
o terror sombrio e oculto entorpece o medo
adrenalina pulsante correndo em minha rede sanguinea
quanto mais eu corro, mais o sinto proximo

Quanto mais transpiro ele sente sede
o incontrole sobre mim mesmo me deixa estatico
sem controle sobre nada, fugindo desse desejo malefico
conspiratório e mutavel, sinto o cheiro da besta
preciso correr, preciso voar, fugir, escutar...

Chego em casa,
me olho ao espelho e nao vejo ninguem
corri de mim mesmo, dos demonios que me cercam
do demonio que habita em mim as vezes e que ronda
todos nos sempre, na noite de penumbra
nas mutações instaveis do ser humano que grita por socorro.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Anfetamina.

O minuto no silencio, no centesimo do segundo
segundo? Ou hoje é terça?

A insanidade permeia, beirando o cais
o esteriotipo contradiz com tudo
com todas as minhas calças lee jogadas na cama
acho que vou queimar tudo, inclusive meu caderno
aquele que fica sob a mesa, onde so eu tenho acesso

Acesso, crise ou demencia, sei la o tipo que definiria
sem nexo, ou o exo terceiro, quinto, não sei
sinceramente tudo o que vejo me entristece
mas as vezes tambem tem aquela pitada de sarcasmo
toda poesia construida, desmorona na terceira estrofe

O que vale é ousar, cantar, morrer, amar,

quer saber?!

Sei lá.

Intelécto.

O carrasco nao tem vez
aqui na cidade perdida
das caras falidas
dos moços polidos
nada é de ninguem
e em ninguem nem um vintem

Na casa das moças de cera
o corpo é oco pintado com verniz
o sobre-nome, sob a mesa cria
nas latas de conserva onde boia o morto
contamina o meu intelecto com suas presas faceis

E no esboço do novo dia todos de caras falidas
as aranhas sem teias, cansadas de tanto trabalhar
o volume é estereo, e a minha vida é esteril
tudo de uma forma singular como das pessoas ocas em verniz
sempre nessa simbologia, fazendo uma analogia barata

Em vermes, talvez o Julio Verne entre tambem nesse devaneio
cantando feito um demente, com a cara cheia de pintura em giz
ou com um pedaço de espelho nos olhos refletindo a luz escura
como um poema de Baudelaire, ou uma pintura de Dalí
estou aqui, de certa forma nunca estive nem ai
com o tempo ja fui, devo ir, ou vou até...lá!

Encaminhos...

Diz-me como adorar o tempo de olhos fechados
faça-me rir da solidão sem abraçar a nostalgia
dê-me a coragem de atingir o ponto maximo
sente-se aqui, escreva em meu livro, sorria comigo
vire-se, o cenario esta caindo!

Fazemos entao de conta que nossa vida é feita de giz
e que podemos rabiscar em nosso livro pedacinhos de razão
que podemos limpar com a borracha a solidao
como tudo aqui é um faz de contas,
fazes de mim um dia, ou minutos cheios de alegria e emoção!

Desdobramos como um barquinho feito de papel
a vida é maleavel quando amamos com o coração
e cada verso desenhado com esse nosso giz
representa um pouquinho mais de mim, de voce
o sol tomando conta por alguns minutos da escuridão,

E nosso conto nostalgico em um pedacinho de papel
termina,

ou começa talvez...

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Amando(a)

Se tu me pede e eu te digo
venha para mim amor!

Se eu te canto a canção
que a ti escrevi em meu leito

Se a tua ausencia me culmina
minha amada dos olhos negros

Se por tanto que morri
de nada fez-se verdade a ti

Se o teu perdão é tao dificil
desata-me os nós que fiz

Onde todo o começo e fim
no amor é tudo assim

Minha amada amando (a)
que a ti no amor enlouqueci

De saudade...

domingo, 9 de novembro de 2008

Não à hora agora
não agora nada
logo hora acerca
ceder à hora nora
aurora fora lá
fusor ario ne
sinfonico agora á
na hora ontem foi
longe da morte agora.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Até o final.

Fora da corrente
transcendente
incoerente
inercia informe
corre na minha mente
corpo entorpecente
medo eloquente
sempre.

Indefinição.

Como passado, na cama ou no tempo
tudo termina sempre, no inicio
e neste paralelo me equilibro
sem pensar muito, para nao quebrar meu quadro

No meu quarto, encontro a solidão
traços deixados pelo tempo, desencontrados
um no meio da multidão, retrocesso singular
sem nenhum artista principal

O tempo passa, deixando o aroma seco do relogio nada
eutanasia!

O meu relogio nao para, nao anda, nao corre, nao morre
é infinito, reflexivo e sem nexo
o meu mundo é oco, sem percepções e sem informações
o meu corpo é pouco, sou semente no meio de um todo

Sou vida, verso e prosa...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O par.

Você e eu,
onde está,
aqui ou lá,
versinho só,
de nós nó!

Nó nós lá
lá ou cá
sempre o par
você em mim,
eu em você.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O medo do saber.

Preciso aprender a ser só,
preciso desatar os nós que prendem meus pés
escrever calado, cabeça baixa, sem ninguem porque,
mas fico sem jeito, me acabo em lagrimas,
luto para esconder de mim os problemas que me prendem
que me faz sofrer com o amor, sem saber escutar
a melodia do amar, nao sabendo sempre a ser só,
nunca soube responder, nunca ai aprendi a sonhar só,
semeando o trigo para o pão na manhã
o livro aberto na parte final, lendo do avesso
preciso reagir, e ouvir o coração responder
eu preciso aprender a ser só,
eu preciso aprender a só ser....

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Meu.

Atraves dos meus olhos, consegue ver o que se passa
o tempo para, o vento ecoa teu nome sob as montanhas
eu grito desesperado tentando encontrar em voce, eu mesmo
como se tudo que eu mais tivesse certeza fosse um pesadelo
nao muito bem sucedido, rapido como um assobio,
de pés descalços sobre espinhos, correndo delirante,
uma mente inconsciente, um corpo inconsequente, um mundo só
uma vida inconsistente, que necessita de voce o ar que respira
como uma droga entorpecente que me deixa a deriva de mim mesmo
um sonho pela manhã, o pesadelo ao anoitecer, o inicio e o fim de um laço
o incompreensivel, resumido em fragmentos deixados por você, por mim

Por nós...

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Assim.

Meu erro maior
foi acreditar em mim mesmo
que aqui me vejo em ti
refletindo o paradoxo
palavrinhas no pe do ouvido
em mim remoto descontrole
sem nexo, cantarolando-ei
aqui.
O meu tempo é paralitico.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Embora fuja.

Te procurei, ja era dia e voce nao estava mais sozinha
passei na sua rua ontem de manhã, mas só ouvia sua vizinha
deixei para tras todo o meu começo para viver com voce meu fim (talvez)
a vida me levou para Oriente, mas mesmo assim nao me esqueci de voce
petalas de rosas no meu criado mudo, brincadeira de bem me quer

Será que ainda encontro uma saida, para nosso mundo bem querer?
quanto mais me toco, mais me vejo perto de voce, embora...

A dor seja minha sina, sua vida, minha perseguição junto (fora) a solidão
compartilhe comigo a solidão que ronda meu quarto nessa noite baby,
quanto mais fujo de voce, abro os meus olhos e me encontro preso as cartas
escritas por voce um dia, proximo aquele banco da praça, nosso primeiro encontro

Será que ainda encontro uma saida, para nosso mundo bem querer?

Por mais tempo que passe, ou por mais vezes que me procuro
me vejo novamente em voce, nessa forma viciosa, como se eu me afogasse sempre
em minhas lembranças, no sabor do teu beijo, no sentir do teu abraço
no calor do teu sorriso, do brilho dos meus olhos reluzindo em teus olhos baby,
por mais tempo que passe em meu relogio, me vejo sempre parado em voce...


Versos singelos.

Inexplicavelmente atravessaste meu caminho,
de uma forma meio inconsequente, ou talvez ingenua
trouxeste contigo um holocausto sem fim
assim trazendo um turbilhão de emoções nunca sentidas
habitando em mim, com teus versos singelos
uma poesia inocente, como uma criança brincando no chão
aproveitaste da situação e em mim fez moradia
plantando a cada novo encontro frutos bons, e ruins,
abraçando em mim a solidão e a nostalgia
de quem sofre por um amor sem fim...

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Sambinha de Domingo.

Sambinha no domingo
casa do paconé,
as cabrochas dançando
aquela coisa sensual
sem muito conteudo 
em pleno carnaval
aquele bacanal
uma suruba linguistica
um monte de gente falando
coisas sem sentido
eu embriagado fui ao banheiro
vomitei as minhas entranhas
na casa do paconé
aquela roda de samba 
me cansava, me matava
suicidio coletivo cultural!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

O garoto e a bomba.

Furto ao tempo, instantes passageiros
contendo nestes momentos fugidios
bombas contaminadas de um certo odor
que entorpece todos ao seu redor
carregado ao vento, o fluxo incerto do pó
foste ao vento, a bomba contigo rapaz
que enobrece, ensandece, enaltece
desejo que guia, o pobre demente
com aquela tremenda vontade de acabar
de se contaminar, se embriagar
se escaldar na esquina com seu proprio veneno
garoto curioso, do cabelo meio curto
maquina furiosa perdida em meio ao centro
garoto que carrega contigo o soar da vida,
o sussurro da morte, o calor da alma.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Incon-sequência.

O grito da liberdade ecoa por todos os lados,
o desejo de andar descalço sobre os espinhos
é maior do que a dor proporcionada pelo caminho
o vento no rosto, a brisa do cigarro, o cheiro da vida
o uisque na beira da estrada, tudo continuo
de uma forma inconsequente, eletrizante, além
do conceito do que é ser correto, politicamente, ou nao

O sopro da liberdade incomoda meus ouvidos
me deixa eriçado, cobiçando o desejo de voar sem asas
de tentar ver qual seria a consequencia de atravessar
um rio de olhos fechados, sem ar, sem nada,
somente só, nu e cru, eu e a voz, a musica, a poesia
a vida, a morte, o desejo, os espinhos no caminho,
o desejo de ser livre, de ser sempre, eu!

Diz pra mim, quantas rosas tem na minha mão!?
Diz a mim, quantos dias necessito!
Eis-me aqui, diante de ti.
Diga a mim!
Meu avesso de ti, eis-me aqui
A ti sempre, sempre o melhor de mim, em mim...

(Sussurros).

Ao redor do eixo, (sentido)
fragmentado desejo (solidão)
no sussurro aleatorio (inicio)
no soar das mãos (nervoso)
do toque no rosto (ontem)
do pausado olhar (sim)
da sensação de sempre (estar ali)
de querer morrer hoje (felicidade)
para nao mais acordar (medo).

Poé.

Tudo vai ficando meio paranoico,
o centro desvirtua toda a minha ideia
paradoxa, loucamente elaborada
sob as minhas ideias fezes iluminadas
com um teor minimo de sexo e nostalgia
o beco oco do cantor de bolero na meia noite
no menino maniaco que ensandece o pobre gari
que nao sabe o pobre nem rir nem se vestir
nobre guri que tende a crer que tudo na vida nao tem perdao
que tudo na vida morre, e brota no outro dia
da mesma forma de ontem, sendo amanha tudo assim
uma eutanasia constante do homem em uma forma subita
chegando assim a conclusao:
tudo poé!
poé tudo!

domingo, 28 de setembro de 2008

Nudez.

Pensamentos atordoados
incansavelmente incoerente
suficientemente entorpecido
aglomerado literario
inconsciente ensandeceste
mutavelmente livre.

Ausência.

Amar de cada forma,
a cada novo amanhecer
em cada fragmento d'aurora
entre o choro meu de saudade
e o sorriso manhoso do encontro

Amar a nova alma
de uma forma sublime, (nar)
como se fosse sempre a ultima vez
ou talvez a primeira,
mas tudo sempre da mesma forma
intenso!,

Viver o amor infinitamente,
independente do que se lá for,
do holocausto a plenitude
do soar no balanço pelo campo 
ao estrondo causado pela briga na manhã

Nada importa!,
amar tudo sempre da mesma forma,
incondicionalmente por mais que seja dificil
é em mim um verdadeiro mandamento
como a vida é importante a natureza
e a beleza da vida é sufocante ao poeta,

Amei, amo, amarei, morrerei a cada partida
renasço sempre da mesma forma,
vendo a vida com a beleza de um poeta
amando, incondicionalmente.

Saravá...

sábado, 27 de setembro de 2008

Deixe lá.

Deixo tudo assim,
meio fora de ordem
minhas letras um sinal
a desordem literaria 
trascende tudo assim
meio afim de nada,

Neste desleixo palavreai
onde o nada vem de encontro
buscando no verso o fim
o inicio mutavel da inconstante rota
do ontem, no inicio do universo
no BIG BEN do tudo,

Corte notoriamente o texto
morre junto contigo o verbo
tudo fora de ordem,
nada sem sentido, ou as vezes tudo
sentido!

E a morte que vive fora de ordem assola
tudo de uma forma transcedente,
hora vem, hora vai,
e tudo continua da mesma forma cansativa de sempre.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Tudo meio, sei lá!

Tudo sobe a cabeça,
o mundo se movimenta pausadamente
meu ar refrigera, em certo instante 
meu corpo se perde quando encaixa no seu,
os olhos contemplam de uma forma sublime

Tudo como um sonho que veio de repente
ou um devaneio inconsequente, sei la!
por mais vozes que ouço, nao reconheço nenhuma
por mais vezes que eu possa cantar, ninguem ouvira
e tudo continuaria da mesma forma mediocre de sempre

Me vejo correndo no espelho, sentado no sofa da sala,
fumando um cigarro, que ocio!
por mais que eu tente, nao consigo parar de pensar em você
voce é meu sonho bom, se penso em vida, logo acordo em você,

Tudo como um sonho que veio de repente
ou um devaneio inconsequente, sei la!
por mais vozes que ouço, nao reconheço nenhuma
por mais vezes que eu possa cantar, ninguem ouvira
e tudo continuaria da mesma forma mediocre de sempre,
sempre...

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Nós.

Fora de hora, descalço no chão
as cicatrizes na minha mão
contadas pelo tempo
virado corroido, o corpo moido
cansado, desencontrado
atado em nós.

Somos sós, eu e você,
na neblina sobre o tempo
perdoando ignorantes
do abismo mais singelo
marcas de momentos
entre mim, entre sou.

Perdido no encontro de mim,
eu, você, ontem ou aqui
no agora deste texto epitafio
no lapso da colisão
aqui, imaginando em mim,
eu, você, entre sou,
nós...

terça-feira, 16 de setembro de 2008

cego que enxerga o surdo que ouve o mudo,
inconstante universo.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O nascimento.

Venho de onde ja vim,
das estradas firmes eu vim
correndo de pés descalços
sobre o tempo, por um caminho só
buscando o outro que se foi
corrente nascente nos olhos do sol
onde nem eu sei de mim,
por ali, ou aqui, se foi o menino que eu vi
de pés descalços sobre o chão sujo
nascimento do outro que um dia eu ja fui!

Sinais.

Tudo a volta roda de uma forma anormal
meu mundo gira, transpira, me excita
meu tubo oco conspira com a vida fita
do video virgem, o corpo falso vindo contra o cais
do soneto passarado, largado ao acaso perdido ao vento
do rosto no retrato mudo, do melodico em verso
tudo contamina minha vida que excita meu tubo oco
anomalias diarias, contado em um diario prostrado
como um rotulo amassado, nostalgia escrita
do menino que grita no silencio da solidão
dos contos morridos escritos no diario surdo
dos versos falsos, dos amores vividos
da eutanasia sentimental
DA VIDA QUE GRITA, TRANSPIRA
DO OCIO QUE CORROI A MINHA
GRITA

e ainda sim,
tudo a volta roda de uma forma anormal...

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Tudo passa.

tudo passa
passa quatro
passargada
passa ali
passeando
tudo passa
passa perto
passa longe
passa amor
passa dor
tudo passa
passa humano
passa senso
passa ridiculo
haja passo.

Onde.

Iluminando a minha mente,
embriagando meus desejos
eutanasia de sentimentos
uma forte força que vem
trazendo do vento o tom
o marasmo musical enfim
fora daqui, tocando ali
pousando nos portos
acabado submerso pobre
menino sozinho aqui.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Posso estar sozinho de todo mundo,
a solidão companheira rotineira
me sentindo sempre só no meu quarto
trancado pelas paredes atras de mim mesmo.

O voô da gaivota.

Seguindo seu ritmo no fim da estação
tarde vazia, vento frio, solidão

Os olhos ardem com o tempo seco
as lágrimas escorrem sem pedir licença

A pobre gaivota se vai atras de seu bando
sem nome, sem patria, sem ninguem

Onde ao tempo o horizonte vaga
bendita estrada vivida longinqua interminavel

De acordo com o sentido do tempo
em favor do vento que vai sem caminho certo

Pobre gaivota longe de seu bando
no vento frio, sozinha, ar seco

O amor que se vai junto ao tempo
se desfaz em meio ao vento

Nasce na primavera,
se põe no verão...

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Ao amigo.

Ah meu amigo!
das noites adversas
das falsas promessas
dos tropeços juntos
dos amores perdidos...

Ah meu amigo,
meu irmão vindo do acaso
o amor que é construido
de uma forma conjunta
da nostalgia, ao ápice
do finito ao eterno

Meu amigo,
parceiro de confidências
das noites adentro na boemia
das lágrimas no ombro
do consolo numa cadeira de boteco
das cartas arrumadas

Meu amigo,
amo a ti como um irmão
amo a ti como a mim mesmo
ou além de mim ou da minha compreensão
o elo traçado junto ao tempo
das corridas de moleque
das farpas no tempo de escola

Meu amigo,
do bastimo do filho querido
do cantarolar na madrugada
das loucuras por uma face feminina
das mortes amorosas
somente comigo esta tu meu amigo,

Que devoto meus melhores momentos
que anda de maos dadas comigo
a favor do tempo,
velhos amigos, que um dia se vão
mas nossas histórias ficarão
nossas vidas escritas
pelas noites desta vida morrida,
pelas marcas de um elo,
sempre.!

Saravá,

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Musicalmente sexta feira
jazz nos ouvidos
um drink para relaxar
com olhos contemplar
a orquestra dos mudos.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A madrugada do poeta.

A máquina de datilografar
um copo de uísque ao lado
devaneios censurados em minha mente
tudo isso já faz parte do papel
na borda da linha a noite passada
na penultima estrofe os beijos calorosos
no ultimo verso a despedida do adeus,
o ultimo suspiro do poeta,
a ultima pedra de gelo no copo
olhando a janela, indo de encontro ao horizonte
morrendo ao tempo, durante o texto
na madrugada do poeta, infinito anoitecer...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Sem Titulo.

Acertou o amor
corrosivo desejo inefável
transpõe sobre as vestes
cinzas de cigarro da noite anterior
acabaste com o ultimo copo de vinho
emaranhado de desejos
incansáveis despejos ciclicos
naquele pedaço antigo de papel
palavras soltas, do livro morto
das vozes nulas...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Eu.

Criando asas, indo de encontro a imortalidade
o meu eu, não é mais tanto o centro das atenções
o centeio deste chão me faz brotar a cada nova estação
as flores e árvores do jardim respiram melhor
o banho das rochas é mais puro, e o canto do ben-te-vi é mais agudo

Vou nascendo sempre, imutávelmente inconsciente
embriagando-me destas águas que me afogam
me sufocando pelo vento, adornando sob o tempo
caminhos simples de uma forma adversa e paradoxal
o meu descontentamento entoperce as minhas veias

Sou um mutante, sou um pedaço desta terra
sou o amor cego, o sono mudo, o calor surdo
sou raiz, sou semente, sou o trigo, sou o pó
o ultimo suspiro de um poeta, a ultima palavra de um soneto
sou o tudo, dentro desse mundo, sobrevoo o universo...

domingo, 31 de agosto de 2008

Noite de festa
eu e voce
ciranda que vai
musica que vem
afago sereno
bom moço cuidadoso
teus traços eufemismo
em meus braços
menininho,
caminhada incessante
noite que veio
festa sem terço
romantico e meio
ciranda sem texto
melodia sem notas musicais.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Delirio Urbano.

Uma soneca pela tarde
aqueles segundos fugidios
onde o tempo nao respira
voce furta do tempo um instante
cochilando no trabalho
entendiado em meio ao ocio
sua cara amassada,
a sua chefe estressada
voce acorda assustado
da um grito no banheiro
vai pra rua e come o sorveteiro
chega em casa, que palhaçada
sua mulher nua no chuveiro
voce finge que nao ve direito
deita na cama e dorme de mal jeito
e todos os dias voce morre primeiro!

Jardim Abandonado.

Caminho, procurando a mim mesmo
neste imenso jardim com rosas amarelas
sentindo o cheiro do campo, a fome da terra

Busco através deste campo minha vida
que se vai a cada novo anoitecer
e se perde toda manhã na imensidão deste jardim

Por onde passo sinto a dor dos espinhos
penetrando em meu corpo de uma forma gentil
sem deixar rastro para a alma abandonada

No jardim abandonado onde tudo não habita
minha alma fugidia, que para não mim sorria
corre de mim, morre em mim, infinitamente.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

"À medida que diminui o número dos detentores do capital, à medida que eles usurpam e monopolizam todas as vantagens deste período de evolução social, cresce a miséria, a opressão, a escravidão, a exploração, mas cresce também a resistência da classe operária, sempre crescente e cada vez mais disciplinada, unida e organizada pelo próprio mecanismo de produção capitalista. O monopólio do capital converte-se num entrave para o modo de produção que cresceu e prosperou com ele e sob os seus auspícios. A socialização do trabalho e a centralização de seus recursos materiais chegaram a um ponto em que este invólucro se partirá em estilhaços. A hora da propriedade capitalista soou. Os expropriadores serão por sua vez expropriados.''

Karl Marx. A Origem do Capital: A Acumulação Primitiva.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Mandacanta.

mandaamanda
nosentimento
amamdoamada
amandacanta
ninaamanda
amoramanda
sonoramanda
sorrisoamanda
teamoamanda.

Anos 8.

Fosse o tempo
sublime momento
do amor intenso
vivido nesta imensidão
a vida nascendo a cada dia
morrendo a nostalgia a cada encontro
vindo de dentro, em laços
mãos dadas, um ato singelo
a prosa, ao verso
o amor cego, préludio!

A criança que vinga ao nascer
a dádiva do novo poema
as formas e aos movimentos musicais
a moça morta do Rodrigues
entrelaçados ao tempo
voce e eu, juntos
ao tempo, em meio ao vento
entranhados ao amor.

domingo, 24 de agosto de 2008

poética
mentemusical
transmutavida
pateticamente
vivo!

Palavras censuradas

Mito cíclico musical
entretêm em minha mente
transcedental minha raiz
woodstock, blues, rock...

Puta que pariu!
roubaram minha pia
minha saliva ali esquiva
de uma forma esquisita.

Versos censurados no painel
eu fumando meu cigarro
e tomando meu cafe
curtindo um blues
sem muita pressa,

Fodas pra qui,
fodas-se para o acolá
o que me importa é o sopro
vindo sob o vento
catavento sobre o tempo

Subindo na parede
mijando na esquina
poeminha marginal!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Três versos.

Entre o lapso de um momento
e o caos em mim desatento
caminho só neste desatino,

nem muito bonito
nem muito certinho
muito pouco contente

Vejo o sol se pondo desconcertado
no emaranhado de desejos póstumos
carregado de nostalgia e solidão,

nem muito bonito
nem muito certinho
muito pouco contente

Me jogo aos céus
entrego-lhe meu coração
desafinado, sem musica, opaco!

nem muito bonito
nem muito certinho
muito pouco contente

Caminho no mundo de costas
fecho os olhos devagar sem pressa
estendo-lhe a mão fugindo da solidão,

nem muito bonito
nem muito certinho
muito pouco contente

Recupero-me do tombo
recomeçando novamente todo o ciclo
deixando em mim apenas três versos,

nem muito bonito
nem muito certinho
muito pouco contente.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Pobre Boêmio.

Cantei,
clamei ao mundo meu amor por ti morena,
deusa nua com a pele de seda,
nesta noite boêmia carrego minha cruz
embebedo-me neste bar as três da manhã

Céu sem lua, noite negra solidão
meu coração partido rancoroso por aquele amor
e eu triste boêmio da rua entrelaçado a bebida
que me nostalgia na voz de Nelson Gonçalves,
coração dilacerado pela solidão

E só cantando que afasto do meu coração
a magoa deixada por aquele amor
que me consome e me mata
nesta noite sem fim me entrego
deixando rastro da minha solidão

E eu pobre boêmio deixado com a lua
carrego minha cruz, amor sem cura
morro hoje, afogado em minha voz
abraçado ao meu violão.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Poeminha mudo.


Vida. Algoz. Muto. Nitidamente. Nulo. Sobriamente. Hipotético!
Amor:

Sonoramente
lúdico.

Poeticamente
rústico.

Pateticamente
pateta.

O colapso.

A dor do adeus,
entregue a vida ao tempo
ao eterno começo e fim
as andanças doidas
os corações partidos
as almas não amadas
os amores vividos
frustrações sofridas
caminhar pela manhã
amar ao anoitecer
nessa ciranda viva
sepultando-me sempre
a cada fim de amor...

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Fosse.

As luzes ainda estão a brilhar,
minha estrada é infinita
onde o poeta pisa, areia, brita
menina pequenina, morrendo em meus versos
a solidão, uma rotina de quem vive
ah sofrer e a chorar, pela amada bonita...

Laços em tercetos, nem primeiro
nem terceiro, tudo virado do avesso
da menina dessa estrofe
sambinha desengonçado, sem muita voz
marchando como um trovador
correndo aos sete véus...

Caboclo cancioneiro, como a lua a brilhar
o sorriso notado pelo simples fato de amar
menino quieto, cansado de chorar
a menina dos meus versos?!,
solidão de quem vive, amor em chama
amargo desavesso, infinito desacerto.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Fora do cais.

Foi-se lá,
atravessou o caminho
beirou o cais
entrelaçou em espinhos
perdeu o rumo
correu no mundo
o seu destino,
é meu caminho?

Foi-se ali
onde não vi
talvez assim, melhor pra mim
assim não senti
e nao morri
parei no mundo
mudo, surdo
adverso

fora do cais...

terça-feira, 5 de agosto de 2008

A noite morrida.

Outrora tive você, em meus braços jogada
tuas pernas entrelaçadas as minhas
teu cabelo por cima da minha face
o cheiro do teu corpo em meu corpo
o luar daquela noite, que me fizeste ser
que me fizeste ouvir sonetos pelos ventos
me fizeste ler em teus labios meu nome
e fizeste do tempo versos mudos
calando assim o poeta, do sussurrar nos meus ouvidos
aos beijos calorosos no fim do anoitecer...

Ah, como sofre um poeta por amar!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Coisas assim.

Antologicamente poético,
analogicamente patético,
psicologicamente inacabado,
largado pelas coisas tristes,
submetido ao tédio literario
poesia cabida no pedaço de um papel,
morrida na boca de um qualquer,
assassino poético analogicamente patético.

Espaço.

Quanto a pró cedência do tal relato, não duvides!
saiba que junto ao réu é culpado de tal crime inafiençável
cumpras a ti a pena sentenciada pelo juiz da corte maior
jure por ti e pelos Deuses que será capaz de se reciclar
junto com teu parceiro que executou tal crime bárbaro
peça somente para que tenhas pena de ti, pois meu caro
a vida já é uma sempre sentença, e somos vitimas do ócio
dessa viciosidade cíclica urbana, rodeados de morte e pó.

Ante-ontem.

Amo-te Sinfonia em tercetos,
liricamente infinito,

Amo-te Sorrindo sempre pela manhã,
no bagunçar dos teus cabelos,

Amo-te Pelo simples fato de amar,
por me fazer viver nos dias frios,

Amo-te Ficando mais proximo de Deus,
adornando o tempo,

Amo-te Em lua cheia,
contemplando as telas onde vejo tua face,

Amo-te Humildemente,
sem necessidade do seu ''sim'',

Amo-te Porque amo assim a mim mesmo,
me dando mais força para o novo dia,

Amo-te Porque com voce somos um,
assim me dando mais folego para voar,

Amo-te Sem voce nao seria,
viveria do avesso, por meio, fora do eixo,

Amo-te Como flores na primavera,
como o sol no verao,

Amo-te Porque com voce nao sinto o fardo cotidiano urbano,

Amo-te Porque assim é a vontade da vida,
e porque nasci para voce,

Amo-te Para vivermos no campo,
cuidando dos filhos,ajuizando amores,

Amo-te simplesmente, desde ontem, amo hoje, amarei amanha,
no teu seio me recolho, em teus braços me acabo, em teu amor padeço.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Abandono.

Contaminado, EMBRIAGADO.
o meu senso critico não é mais tao eficaz
minha sensibilidade nitida ja não é tao capaz
de identificar a morte, do sofrimento
o mudo grita enquanto durmo
grita talvez imaginando que o surdo vá ouvir
e ele ouve, ouve e grita de uma forma louca
como se arrancasse dele as entranhas de uma forma cruel
o mudo por sua vez chora, como uma criança que chora
simplesmente por poder cantar...


Meu choro é como de um mudo, eu grito por dentro
soco minhas entranhas, entrando em mim mesmo
como se assim talvez me deixasse mais aliviado
meus dias sao longos, minhas noites interminaveis
debruçado neste boteco a madrugada me vejo
me encontro nesse holocausto vicioso que em mim carrego
como um mudo, louco como um surdo vivo nesse adverso
entrelaçado sobre meus versos, onde aqui
nunca deveria estar, somente...

segunda-feira, 14 de julho de 2008

inebriamento.

tudo inconsciente levemente embriagado
trasmutando transcedendo desordenado
sentimento algarismo sem conotação
nessa ordem com desordem sem o caos
nem solidão que então sem solução
desandando consciente conclusão
tudo aqui é confusão holocausto informação
nem muito em cima nem muito embaixo
poeticamente apático sem síbala nem virgula
tudo inconsciente levemente embriagado
trasmutando trascendendo desordenado
ordenado cedendo mudando
SEMPRE!

Desordem.

Horas ininterruptas, momentos adversos
outrora foste em meus versos poesia
contigo ouvi Caymmi, delirei aos versos de Vinicius
descansava ao som de Sinatra,
me entrelaçava a todas as notas musicais
embriagava de desejos, de noites admiraveis
de ventos frios pela manhã nao desejando mais levantar
de um horizonte sem fim, inalcançavel sentimento
que por muito durou, de uma forma sublime, subliminar.!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Desconfigurado.

Tudo começa meio assim apatico!
certo tempo depois tudo vai ficando mais sistematico!
e com o tempo que corre sem parar
tudo vai ficando banalizado!
o meu ritmo cardiaco sintoniza com o nada
sobre tercetos mals feitos
sobre um poeminha desconfigurado
nem muito certo, porem nao tudo errado
sem forma nenhuma, fugindo do nexo
e eu com meu coração descompassado
hoje em dia apatico, rendido a sistematica
do vai e vem, do vem e vai
da inconstancia, do ''eu te amo hoje'', ''te odeio amanha''
das falsas promessas, do banalizado amor
do grito que ecoa, ecoa, ecoa
da poesia que chora, ao fim de um amor partido
e ao poeta que nessa busca incessante do amor,
recomeça apaticamente tudo novamente
contrariando o sistema, nao banalizando o amor,
amando hoje, amando amanha, sem falsas promessas
batendo em sua porta, e grita, ecoando, ecoando, ecoando...

terça-feira, 17 de junho de 2008

''Ao tempo, ao vento, ao eterno, ao relativismo, a todos os santos e a todas as estações, novos rumos vem pelo Atlantico, o fardo está mais leve, e a vontade de mudar aquece o frio do inverno, aos que ficam e perderam as chaves o meu adeus, vou-me embora, é hora de partir...''

domingo, 15 de junho de 2008

Musicavel Amor.

A vida, como o desabrochar de uma rosa,
o amor, como um sopro de Deus em nossa vida,
a musica que nostalgia, que excita
as ondas sonoras que nos leva a caminhos inabitados

Como um segredo que é contado ao pé do ouvido
como pegadas na areia pelo final do entardecer
como um sorriso angelical de uma criança inocente
mãos entrelaçadas que se encaixam formando uma só

Fragmentos, desejos, caminhos, jubilos
amor que exala percorrendo todos os continentes
abrangendo os mais obscuros lugares
penetrando em nossos coraçoes como nascente sem fim

Como um devaneio pela manhã
roubando um beijo da solidão
a lua furtando o brilho do sol
minhas lagrimas refletindo voce,

Em seus olhos meu espelho,
em sua pele minha armadura
em teu colo meu repouso
em seu amor minha jazida,

Em mim voce novamente pela manhã.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Rabiscos.

Caminho em meio ao nada,
labirinto obscuro surreal
eu ando nesta estrada a cada dia
e a cada amanhecer me reencontro no final

Uma estrada de uma so linha
nem muito horizonte, tao pouco vertical
isso ataca as minhas arterias
induzindo uma parada respiratoria

Nesta estrada nao ha musica
e nao ha tambem poesia
nesta estrada cercada de espinhos
vou de encontro ao caos

Sentindo, perdendo a nocao de ser
se nao ser por mim perder
longe do inicio do coracao
nesta estrada nao ha perdao

Corroendo meu coracao
sem mais nenhuma emocao
uma marionete desengoncada
atracado rumo ao chao,
em meio a solidao...

domingo, 8 de junho de 2008

Poesia inabitável.

Convencional.

Vai tudo ficando assim
no encontro em que nao se vê

Deixando momentos para tras
convencional minuto

Minha calça jeans surrada
meu sapato rasgado

Sempre tudo beirando
o fracasso

A cada novo encontro
uma nova despedida

Como um deja-vu
frustrações repetidas

Sempre no escuro
uma nova luz

Dia lutando contra noite
céu contra o mar

Tudo ao avesso
me jogando do precipicio

Ta tudo anormal
ta todo mundo louco

Amar é muito banal
cada louco com seu caminho

Cada etapa com seu destino
e eu seguindo o meu rumo...

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Sem titulo.

O coração adormece com um sono profundo
escondido nesses versos, entrelaçado a poesia
do amor que vinha como uma nascente sem fim
hoje vive como um Sao Francisco em uma epoca de seca
com a terra rachada, sem nenhum grão na colheita
como as pagras que atacam o campo pelo inverno

A alma se refugia por detras das arvores na floresta
pequena, amedrontada pelas sombras que permeiam
aguardando a luz da manhã para que saia
para que a luz permita a ela a esperança
como uma criança quando nasce, uma nova fé
uma nova chama que se acende e aquece mais o anoitecer

O corpo que ja nao sente mais dor, acostumado a perder
como se estivesse ressucitando dia apos dia
aguardando o seu milagre, aguardando o novo amor
destinando a si mesmo as suas glorias ou derrotas
amargurando as perdas passadas, que consome e dói

Mas o amor, que chega novamente
desperta no homem a força e a coragem para lutar
move montanhas, e aquece a alma
da agua ao coração que tanto tem sede
da paz ao corpo que nao aguenta mais sofrer

O amor traz consigo a vida, de que somos dignos de sentir
de poder se sentir completo por dentro
como um simples gesto em uma peça teatral
como uma estrofe de uma poesia
como uma flor deixada na cama pela manhã.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Contra.

Choro
Metamorfose
Inefavel
Perdidamente
Lapso
Encontro
De-
Fuga
Final
Inicio
Plenitude
VIDA!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

TOPADO.


EUTOFORA
FORADOSISTEMA
SISTEMATICA
HEMORRAGIAPOPULACIONAL
CANCERIGENOCAPITAL
MEDEIXANDOSEMPRE
DOPADO!

Fletindo-re.

mas quando o seu olhar em mim penetrar, e enxergar o mundo atraves dos meus olhos, e quando me tocar, sentir em tua pele o calor do meu corpo como chama que nao cessa, e quando em mim beijar nao sentir mais sede, se embriagar de desejos e que quando ouvires sussurros ao pé do ouvido, e assim soar como uma sinfonica delirante nao se deixe enganar, o amor lhe laçou com fitas de seda, como uma flor no jardim, abraçando a ti mesmo, refletindo voce ali, diante de um outro ser, que lhe trouxe a unificação, que lhe deu a benção de amar.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Planeta Terra.

Sinto o cheiro da terra entre minhas mãos
a semente plantada no chão, desde o inicio
raizes formadas pela minha cabeça nessa terra
que me leva a sandice, que me da sede
que me deixa só em pensamentos
que me leva a caminhos jamais alcançados
me carrega ao apice, a vontade das coisas simples
urbanismo alieanando corpos, matando corações
pessoas perdendo a vida, deixando o sentido
de fato SEM tido...

Venho desse utero, a terra é meu seio
as nascentes ribeirinhas sao minha fonte de vida
o caminhar dos cavalos pela tarde me acalmam
o espelho sobre as lagoas reflete ali minha alma
entranhada a terra de onde vim do pó
e do pó retornarei, renascendo e renascendo ali
nunca abandonando a terra, junto a seu tempo
caminhando nas nuvens, abraçado com Deus
em meio ao tempo, sempre...

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Outrora.

festa de domingo com marchinha de carnaval
enlouquente coração parado ao som contagiante

nascimento de esperança, raiando pelo horizonte
dia apos dia, no entardecer da primavera

sonhando acordado, movimento sonoro
nascente em pensamentos, motivados por uma razao

com a sensualidade da madrugada
formam-se os Deuses,

que pela manhã darao a benção ao Sol
permitindo atraves dele vida como um sopro vindo de Deus

o epitafio bonito do cadaver entranhado a terra
a metamorfose partindo daquele exato momento

segundos fugidios nesse pedaço de papel
talvez que sim, nao vem que tem, talvez sem ter

amavel coração que sentencia como um juri
sem vilão nem papel principal

plantando arvores em minha vida
tirando a sede com um pedacinho do ceu

doando vida, injetando esperança
esperança me dada por voce, pelo amanhã...

quarta-feira, 14 de maio de 2008

ECO.



ABSTRACTÍSSIMO POÉTICO.
PALAVRAS SOLTAS NA MINHA MENTE.
SANDICE ANTROPOLOGIA IRRACIONAL.
EPOPÉIA POSTUMA SUB-NATURAL.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Levitã.

Levitando sobre as plumas de Salomão,
induzindo o meu espirito ao tragico
sequelas trazidas por longas vidas
contaminam o meu ''eu'' atual.

A heroina nao age mais com eficaz
a cocaina introduzida nao passa apenas de um pó
incapacidade mental, traduzida por um senso
instrumento imaginario controlado por degola.

Janis Joplin em meu painel sonoro
o meu sub-consciente entranhado ao extase
cogumelos psicodelicos mente inconsciente
o som do rock velho, como meu paleto 1980.

Aos meus amigos o apice
aos anos brilhantes da ditadura meu saudoso abraço
aos hippies que cultuam a vida
ao cego que consegue ver

Ao surdo que atraves dos olhos consegue ouvir
a todos os que convivem comigo
e que cegos enxergam e surdos ouvem,
Saravá!

Insolúvel.

A minha mente, MENTE
embaralhado EMARANHADO
insensatez ADVERBIAL
procurando SOLUÇÃO
só-luço o SUJO

Que atravessou a faixa
enganou o trocador
a ele nenhum vintem
diante de si mais ninguem
prostrado coração

Mentido nao dito
fora do circulo
longe de mim...

domingo, 4 de maio de 2008

Teatro Mudo.

Nao ha nunca um personagem principal,
nesta prosopopeia humana quem vive
simples fato de estar, ser, existir
todos fazemos parte de um todo infindavel

O que diferencia um dos outros é o amor
sentimento unico, porem pouco sentido
nesse paradoxo contradizendo toda a ideia inicial
o amor e holocausto sentimental

O palhaço se encarrega de distrair o transeunte
as favas encobrem o chao, mediando todo o caos
as maos de Deus sobre o palacio catedral
o cardeal decretando a sentença ilogica

O senso comum despejado pelo ralo
indo de encontro ao esgoto, aos ratos,
poucos raros, que nao se movem,
que se entrelaçam a ideologia principal do meu raciocinio,

Ao surto mudo, do cego sortudo
que ganhou na loteria sem saber porque
nao viu o bezerro, bebeu nas tetas dele e morreu
ao fim da noite o mundo padeceu,

O diabo levantou,
a corte ascenou
Jesus representou
marionetes sem nenhum personagem principal.

sábado, 26 de abril de 2008

Préensão!

Longe, nao muito longe,
as permutaçoes instantaneas
contagiante movimento sonoro-teatral
mudam minha instancia, elaboram
autoritario amor, vagando
pelas beiras, sem que queiras de fato
ser meu amigo, infinito cumplice matutino
atingindo sussurros surreais inefaveis
acoplado ajustado, adjunto adverso
palavras figuradas em meu cartaz de versos
perdendo o sentido, ato subliminar
condiz incompreendido mutante irracional
amado voo suspirante sentimental...

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Fora do contexto. (não poético).

A sinfonia ritmica, batimento sincronizado
O sono aguça a curiosidade sobre a morte
O amor da força para viver e acordar
E nesse paradoxo me firmo com este texto
Nao muito convincente...

Nem terço, nem terceto, nem um sexto
Ursurpando do tempo o silencio calmo
Da musica, furtando a melodia
E na valsa ensandecido com meu copo de vinho
E a sinfonia ritmica do tempo nao ousa parar...

A velhice assusta o bandido
É o apice do poeta
O auge lirico do tenor italiano
O eufemismo do amor entre dois
Fragmentos deixados pela vira afora...

Vivendo como uma sinfonia
Proclamando aos quatro ventos o amor
Nao temendo a velhice
Ensandecendo sob a valsa, tomando um copo de vinho
E nesse paradoxo me firmo com este texto,
Nao muito convincente...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

''...desejo apenas ter minha casa de campo
para com ela repousar,
ouvir o canto das cigarras pelo fim da tarde
e a luz viva dos vaga-lumes pelo anoitecer
viver na rede com meus filhos,
descansar de beira ao lago, de canoa namorar
e por fim amar, incondicionalmente...''

domingo, 13 de abril de 2008

Partiste.

Onde estas minha amada
A noite exala teu cheiro claro
A sombra passada me faz ver voce
Na calçada passos prostrados seu
Deixados no horizonte do meu ser
Nas ondas virtuosas do oceano
Espelho da alma, raizes longínquas
Olhar noturno, escurecer diurno
A morte vivida toda nova noite
O renascer entranhado a cada nova chance
A lembrança deixada sob a escrivaninha
O beijo dado no sofa da sala
As maos dadas no despedir entardecido
O amor vagando aguardando a volta
Do olhar teu.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Grito Mudo.

A sandice beira a irracionalidade espiritual
Eutanasia sentimental desplugada ao canal
Que passa por estes fios ciberneticos
E sao entrelaçados a solidão, a aversao, ao caos
O pessimismo nao para de me rodear
Ouço os gritos dos surdos feridos em meio ao tudo
Vejo meu coraçao encolhido em meio a seringa
Utilizada para sentenciar a vida ou a morte
Julgando-se Deus, predestinando a pessoa a algo
Ou bom, ou ruim, ou sim, ou nao
A minha com-ciencia nao permite crer em sentença
Minha vida nao mais seria se tudo acabasse assim
E dos filhos, e dos jardins?
O choro ja faz parte do meu cronograma diario
A esperança me move, como quem carrega nas costas uma montanha
Mas o amor é nossa chama e jamais perdera o calor, a euforia
A alegria, e acima de tudo a fé.

Saravá.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Compreensão.

És minha primavera em tardes fins
És minha jubilosa aurora
O concerto audiovisual focado em raiz
A conotação dada ao triunfo postumo
A poesia lirica em caminho ao parque enfim,
A locução dada ao mudo, ao sentir do surdo
Ao olhar do cego, ao amor em verso...

Marcação.

A fusão entre mim em voce,
O laço ja dado e provado
O tempo abraçando a solidão
A esperança sobrevoando
O amor entre tantos
O corpo uno
A linha correta, o amor completa.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Nosso!

Expressando incondicionalmente
Em um pleno sorriso diurno
Poesia silênciosa no quarto de um hotel
Pausando o tempo, relativamente invariável
Primavera eterna, em meu coração
Desde sempre o único refluxo
O espelho da vida, o calor na alma,
Você!

Noite inacabada.

Presa minha mente,
Presa fácil, não dócil
Comunismo minha sina
Autoritarismo ensandecido
As putas continuam a sambar
As cabrochas continuam a rebolar
Esse sistema me enoja
Os sapatos cheios de sapos
As ruas e seus ratos
Companheiros ratos de calçada
Esgoto urbano, em cada esquina de nossas casas.

Hoje, não sou mais a ''la Fidel''
Prefiro fumar meu charuto em paz e repousar
No campo, sobre as fezes do porco
Ou sentindo a uréia de um cabrito em meu calcanhar
O atrito fecal conturba minha mente
E me faz querer cantar essa modinha marginal
Que os boemios me perdoem
Que os artistas tampem os ouvidos
Meu discurso não hei de acabar
Enquanto isso as putas nao param de sambar
Nesse sambinha que sem fim de acabar
Nesse mundo que enfim vai acabar
No meu quarto, atracado ao meu sonho
Que essa noite não hà de acabar...

domingo, 16 de março de 2008

Sonora.

A força da semente plantada em nossas cabeças
Pelo samba-reggae que toca nos botecos da capital
Meu sistema neo-socio-comunista intriga minha mente
Que o som ecoe sobre as ladeiras belorizontinas
E contamine as pessoas com seu ruído metafórico.

A lua nova chegando grande, levando meu amor
Criança pelada na calçada, aguardando a benção de Jesus
Com os braços abertos como uma cruz banhada de flores
Com o cheiro de amor, com o barulho sentimental familiar
Com o som do reggae em seu coração, profetizando amor.

Deixe o som te dominar, que a fumaça de Marley entranhe,
E te influencie ao samba bom, carregando na essência, a alegria
Adorando a vida, semeando paz, nesse som brasileiro
Vamos todos aprender a amar, sem nada cobrar senão a música
Que passa por essas montanhas, currais, nessas serras desiguais.

Liberdade sonora a todos, ideologia musicada
Passando de horizontes ao montes, levando com a menina
A música reggae-samba bom, com seu novo sistema musical
Levando contigo a paz musical, o amor em forma de chuva
Fumaça de Marley em nossas cabeças...

quarta-feira, 12 de março de 2008

Diario de um quarto vazio.

Posta-se em um Outdoor,
lacunas nao preenchidas,
cigarro enlatado, vapor saboroso
nem Billie, nem Holiday
orquideas assombram meu inverno
coqueteis de vodcka ocupam meu espaço
produto sem lacre , titulo sem contexto
nexo sem eixo, perfazendo meu raciocinio
nao muito mental, foge do senso ocasional
personas indiferentes que fazem de mim
um ser nao só, eutanasia mental
papel higienico, nao muito convincente
nao mais ocupa minha mente,
delirio urbano, pré transital
desligo o som, silencio em decibéis,
fecho a porta do quarto, troco de roupa
coloco uma cueca blue, e uma loçao importada
relaxo em meu leito, fixo meu olhar a parede
e por mais que tente, nao enxergo nada
senao meu coração, dilacerado em meio ao chão.

domingo, 9 de março de 2008

Fuga.

Foge na linha do tempo
junto ao elo sagrado
o amor, ardor, a cor
opaco, sem nexo...

Descalço, entre rios alargados
pobre menino perdido
em meio ao trigo
de onde retrocede ao começo
do começo...

Em direçao aos Polos,
voando sobre as nuvens
atravessando o Mediterraneo
entrelaçado as espinhas angelicais...

Mais proximo do apice
beirando a sandice
de uma forma meio ''transcedental''
abrindo os braços como Cristo
andando onde a espaço,
correndo na asa dos anjos
envolto das costas de Deus...


Dedicado, ao querido amigo Lercinho.
Saravá.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Dia é dia.

De fato um novo dia nasce
e a cada nova aurora um fato
seguido de um ato sentimental
nao muito normal.

Os dias seguirão, do novo
se fez presente, o amor hoje contente
estabelecido, enraizado, por detras
destas montanhas nao muito quietas.

A luz, o sol, o amor, envolta
entrelaçado ao prazer,
solidao nao há, abriram-se as portas do Céu
aguardando a chegada em teu leito.

Que em meus braços tu possas repousar,
que em meus olhos, tu possas espelhar
e que em meu peito, tu possas amar,
e se acabar, e acabar, pela nova aurora
rumo ao mar!

domingo, 2 de março de 2008

Passageiro de um voô sem fim.

Sem mais as Gerais, nem mais fora do cais
meu corpo levita, pensativo em caminhos tortuosos
beirando o pico, nao muito elastico, somente plastico
estatico, sob o ponto maior, envolvente brisa
que pelo rosto insinua levemente a direçao correta
sobre canais do Atlantico, ou pelos Polos colaterais
percorrendo o ultimo canto, no este ou leste
nao importando o tempo, buscando o nada,
abraçando tudo, correndo nas costas de Deus.

Fragmentos.

Me viro do avesso, do avesso, do meu infinito,
furto de casa meus quadros e os armarios
ateio fogo aos livros, que com as lagrimas suspende o fogo
o perfume penetra aos poros, o amor entranhado pela essencia
distinguindo promessas falsas de um poeta falso
custodiando sem preço o amor hoje virado do avesso...

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Santo Americano.

Não muito de acordo,
por Fidel ser declarado morto
Bush se fez de santo,
proclamou Jesus o dono da terra cubana
instalou petróleo em cada residência comunista
trouxe o Mc Donald's no bolso
e a Coca Cola no pescoço,
como um vendedor ambulante
manequim capitalista patriota xenofóbico
saudades de Fidel, fumando seu charuto
contemplando sua Cuba, sufocante
o comunismo se desfaz a cada dia como um nó
nem Lenin nem Max, hoje em dia tanto faz
com um dólar na mão, voce anda de avião
a propagação capitalista auto-destrutiva
contamina esse mundo desvairado
de tolos, com seus diamantes e suvenis
entranhados pelo poder americano
entralaçados a uma uniao economica capital (europeia)
quero fugir daqui, como Che Guevara talvez
ou me instalar na Russia rodeado dos camaradas sociais
fugir da linha, ou entrar em uma escola Americana
brincar de matar, e a noite acordar
orar para Bush,em nome do senhor Jesus Cristo Americano,
Amém.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Verso Fechado.

O velho caminhando na roça
o poeta em seu ninho literario
o amor escondido no murcho de uma rosa
a vida prostrada no quadro abstrato
o calor enrugado pelo frio polar
e a estrelinha nostalgica no canto do meu quarto,
abraçando a solidao...

Eu-voce-foria!

Subitamente imutavel, incorreto,
o amor estimula minha rede sanguinea
atinge locais obscuros, que um dia foram massacrados
mas que hoje convive com o amanhã
assim, crescendo a esperança euforica de amar,
que a vida abra a porta da sala,
que a rede balance mais pelo entardecer,
que o vento ecoe lateralmente em minhas vertebras
e que eu padeça, enlouqueça, entrelaçado a nossa cama
que o amor entranhe em nossos corpos,
renovando eternamente a EUFORIA!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Caminhada.

A passos largos vou ditando meu caminho,
entre meus passos, vou deixando fragmentos,
de uma vida passada, de fato passada,
contaminada de desilusão, sofrimento, solidão.

Meu caminho é curto, e estreito,
das nuvens minha estrada, do sol o poente
das montanhas tuas curvas,
do vento, meu sopro que passa por teus ouvidos.

Que meu amor, contamine voce como notas musicais,
que meu desejo se transforme em paz,
que meu choro de saudade,
caia como gotas de orvalho em teu peito.

Que nunca amanheça amor meu,
que o amor transborde no relento do anoitecer,
que nossos sonhos, alem de sonhos sejam reais,
e que a vida nos ame, como a um filho,
que assim meu amor, jamais hà de acabar...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Dias novos.

Novos dias euforicos,
solidão nao mais, compreensao
mutante sentimento
que a cada dia se transforma,
que a cada dia se renova.

Novo horizonte, que habita
novos ares suspirantes,
terra inabitada, feliz o céu
amada lua, com voce.

Linda, das fotos vivas,
que de vivas comigo fica
guardada em meu painel cibernetico
entrelaçada em meus caminhos.

Dias contigo, sao vivos dias,
noites amargas ja nao ha,
que nesse novo amor, quero me habitar.

Da nossa rede minha morada,
das musicas meu colo,
do teu sorriso, o meu ninho,
e do silencio, nosso amor...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

7.

Sete minutos fugidios
sete começos terminaveis
sete fins sem começo
sete dias euforicos
sete horas papeando
sete aniversarios casuais
sete anos esperando
sete segundos com voce!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Vida nula.

Nao mais dizer,
o whisky ja nao surte efeito
a cocaina, nao supri mais os desejos
a solidão é minha companheira de boteco,
saudade da minha amada, da minha vida,
a alma ja é tua, o corpo aqui vaga
aguardo tua chegada, linda vida minha,
enquanto isso, me embriago com meu 12 anos
suspiro em cima do pó, e entrelaço a solidao.

Carta a amiga distante.

Querida amiga,
que teus ouvidos nao se cansem jamais
que teus olhos nao ceguem para mim,
e que teu abraço seja sempre amavel como os de hoje.

Querida amiga,
que tu me permita sempre entrar em tua casa
e contigo chorar, e pela noite arrastar sem tanta nostalgia
que em teu ombro padeça, como uma segunda mãe.

Querida amiga,
tao nova, porem tao querida,
nao imaginas o sentimento que lhe devoto,
peço aos Deuses, que nao morras jamais amiga minha,

Que nessa prece eu sigo...

Saravá!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Não poético!

Tento compor como um poeta talvez,
mas de fato não consigo encobrir minha dor
a saudade assola meu peito e sem ti
me perco nas entrelinhas, sem minha musa
perco o passo, permaneço na penumbra
e que tu volte logo amada minha
para que da vida tome gosto,
que ei de renascer contigo na rede pela manhã...

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Amada saudade.

Que a musica que ouço agora
me faça voar por detrás destas montanhas
e levar-me a ti menina
que em tanto, me faz amar.

Que o suspiro do meu peito
ecoe pelos canais do pacifico
e cheguem em notas musicais aos teus ouvidos
e que sinta nelas meu desejo.

Que a fragrância de cada petala de rosa
que sinto agora, passe pelas nuvens nubladas
deste ceu cinzento de tua cidade
que entre em teu leito, e que lhe conforte como um abraço meu.

Que o amor devotado a ti
faça da tua alma minha morada
e que em tua rede possa repousar
buscar conchinhas contigo no mar
e pela noite me acabar, e me acabar, e acabar...

Contentamento

Contigo adormeço amor meu
que o amor unifique nossas almas
e que se for, que ei de ir contigo

que me afogue em teus labios
que me encrave em teu seio
nao despertar mais...

que contigo,
morra eu de amar!

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Nao pré-tendo
mais ocupar
aqui.

Icone.

Me viro do avesso
saio de mim e tropéço
sobre o véu sem grinalda
da mae morta na estrada estreita

Faço da vida um artigo
indefinido dentro do meu senso fatal
insensato por nunca poder ser igual
destino improporcional ao sistema

Morte degradada do sistema
Amazonia nao respira
meu pulmao vomita
meu chão levita, por ti bonita
que me roubou a vida!

Insanidade Urbana.

Vida um pouco trivial,
bebe jogado da janela
ministro limpando com a mao
musica entrelaçada ao créu
futebol fabricado ''in euro''
casamento comercial de bens
debutando, raciocionio casual,
anómalo irrevogavel,
no entanto,

''Soy loco por ti, America''...

Porcelana.

Do que seria de nos loucos,
senao os pratos quebrados
sobre a pia da minha casa
escondida sobre o concreto
de onde era meu quintal.

E do que seria os germes
senao nos vermes
temedores da heroina
que contagia, nostalgia
sorri em minha rede sanguinea.

Eu nao me importo com o com-ciente
quero que tudo vire pratos quebrados
e que amanha, quando ''acordar''
desse meu delirio,
eu me encontre escondido sobre o concreto
de onde era meu quintal.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Saudade

Passa tempo, de fato passa
amor, a ti confesso
nao há maior vontade de estar
entre teus braços e me acabar
repousar sob a aurora
e a ti amar, e amar
eternamente...

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Aos que ficam
meu saudoso abraço
aos que vão
que façam do extase o apice

Dedicatória!

Chegas na hora exata
trouxe contigo a alegria
que a muito a mim era derrotada

Chegas hoje trazendo contigo
delirios diurnos de prazer e amor
que tambem a muito nao sentias

Bateu em minha porta
com palavras doces, suavidade
que ate certo tempo pensei nao mais existir

Vejo tua face...
olhos lindos, transmitem segurança, ternura
sorriso de criança jubilosa,VIVA!

Hoje dia, é dia sim de amar
talvez amanha nao mais
se nao mais amanha,

Que me leve contigo ao amor
porque sem voce, só dor
quero VOCE meu amor

Sem voce eu ''desafino''...

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Procura

Infindavel loucura
estranha luxuria
permita enfim
dessabores fecais
pasta de dente
sobre minha ureia
empanados ratos
afrouxados sacos
aloprados homens
desespero imbecil.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

A menina.

Obrigado menininha
loirinha teimosinha
que em teus caminhos
tropecei!

Amada de tardes raras
infinito fujo disso
quero ir embora daqui
me leve contigo
serei tua sombra
e tua agua fresca sempre dia!

Viverei contigo sem pré-tensao
meu amor nao é em vão
porventura vem chegando
aumentando a cada dia,
fazei do teu peito minha jazida,
minha linda teimosinha...

Dia feliz.

A ultima gota
fluido aquoso
chorar nao mais
alegria, alegria
hoje em dia
é dia de amar.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Delirio, loucura!

Quero gritar, sandice permeia
sobre o teto da minha casa,
que em sussurros ensandecem a minha cabeça
vou pegar meu onibus e ir
ao término do inicio, ao começo do fim...

EnCuba!

Cé-lulár, nostalgia total,
infinito peculiar, embora
a tristeza nao seja de fato
meu tema central.

Sinto os atomos, enfaticos
tomando conta de todo o controle
perfazendo, enlatado, en-cubado!

Quero ir a Cuba, ver o Fidel
fumar charuto e comunistar, comu-nicar!
sobre a foto de Bush vomitar,
entrando nas portas do inferno.

Quero expelir o odio,
em minhas entranhas só a amor,
que nao muito com dor,
só vejo a cor,
preta e branca sobre o quadro
pintado sobre meu corpo,
dilacerado em teu rosto,
nao mais é meu papel!

sábado, 26 de janeiro de 2008

Dou um trago
cheiro raro
sinto caro
morto rato
mato o pato
cego o sapo
chuto o saco
do filho da puta
que desflorou minha irmã!

Anti-correto!

Ao som levemente embriagado de Strokes
procuro muito nao voar
certas coisas passam por minha cabeça
mas tento me manter sempre incólume!

Me rastejo ao chão, em busca de...
um certo pó!
que consome totalmente minha mente,
ocupa lugares inalcançaveis
seria como um deja-vu metaforico.

Quero beber um copo de cerveja,
viver pelos atos, e nao pelos fatos
quero atracar-me contra teu corpo
selvagem, inconstitucional
um pouco banal!

Estou ficando politicamente correto
e isso me corroi,
quero sair por ai, cheirar ate nao ter mais
fumar ate chegar ao nirvana
me acabar no mar,
rodeado de amigos
vivendo de amar...

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Saudade que mata!

Quero ouvir tua voz,
ao menos ao fone,
nao te escondas, desejo apenas um ''oi''
nao se vá, quero apenas ficar mais proximo de ti.

Amo voce mulher, que me tira o sono
que faz da saudade uma dor cruel
que me faz amar mais a cada novo dia.

Linda dos cabelos loiros,
que vive de trás destas montanhas,
vou busca-la, traze-la para perto de mim.

Me deixe ao menos ouvir tua voz,
deitar em teu colo e amar,
adormecer por tras das montanhas
e acordar em teu seio...

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Ainda...

Tua foto em meu painel
teu perfume sobre meus veus,
que nao ousei arrumar da cama ainda
minhas horas amorosas nao querem acabar.

Porem, nao estas comigo agora
mas nao paro de contemplar tua foto em meu painel
sorrindo, linda como a aurora que faz dos meus dias
santos dias, milagrosos por viver ao lado de voce.

Nao faço mais nada na vida,
senao viver por voce
meus quadros so existem por voce,
minhas letras so se tornam poemas por voce
meu corpo só nao se faz oco por voce.

Me perco neste meu painel
te ouço ainda sobre os veus
que ainda nao ousei arrumar
quero morrer de amar...

Minhas horas amorosas nao querem acabar.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Nasço sem amor

Siga tua vida bonita
e esqueças que te amo
fujas do teu desespero
e te esqueças de mim

percebas que nao te devoto o mal
que desejo a ti o bem
porem nao comigo mais
teras o amor...

Viva, vida sózinha
e em teus braços ame outro
que lhe devote o amor total
corra a alegria mulher
e deixes que viva em paz

Porem nao te esqueças
que o amor é algo vivo
e que do ciume fez-se o verso
e que do amante fez-se o amor

Agora vá tua vida como desejas
so nao se surpreenda
se nascer de mim outra mulher
e siga tua vida bonita
e que no teu peito morras
com outro, ao amanhecer
e me deixes viver, sem ti ó dor.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Amo como amar.

Amo-te tanto meu amor,
que palavras nao traduzem o sentimento,
amo como quem morre para ser feliz,
amo intensamente, sem sequer pedir a troca,
amo por voce existir, amo por poder amar.

Meus dias sao melhores com voce,
minha vida erradia felicidade por tua causa,
voce faz meus ares serem mais frescos,
voce me faz sentar na rede sem querer sair mais,
voce me faz feliz a cada novo segundo da minha vida.

Amo-te tanto meu amor,
que nas lagrimas caio, somente por lembrar de voce,
por voce viver comigo nos meus dias bons e ruins,
por voce estar presente na minha morte, na minha vida,
pelo simples fato de voce sorrir pra mim,
ah que belo sorriso!

Sem voce nao ha verao,
com voce nao ha solidao,
com voce eu tenho natal,
sem voce nao sou criança
com voce eu tenho lembrança...

Me leve em teus braços amor,
que contigo morro de amar,
renego o dia para viveres contigo a noite,
que nessa prece eu sigo...

''Nao me deixes amor,
quero ficar contigo
nascer de dia em teu colo,
para que morra em teus braços pelo anoitecer.''

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Lou-cú-ra!

Ratos saem das minhas orelhas,
sinto minhas entranhas expelindo...
Faço caco, raso sapo que morre no meio do pó
que cheiro...cheiro...cheiro, subconsciente.

Toca Rogerio Skylab em meu restaurante,
nao ligo pra porra nenhuma senao porem os ratos,
que nao param de sair das minhas orelhas,
quero fazer uma pré-fanaçao no meu cerebro.

Falo coisas sem nexo, sen-tido sente meu peito
improbabilidade sensual, ser se-xual!
passa a menininha gostosinha,
rebolando feito uma puta...
mas eu nao gosto de puta, elas sao caras.

Sinto passar a loucura do meu pó,
nao quero voltar, quero ficar louco
quero ficar rouxo...como um morto
como um tolo!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Sonho Acordado.

Ao som de Caymmi te chamo!
me deleito em teu seio,
que me chama com certa ousadia,
e me seduz com teu perfume francês.

Passo na calçada, sinto teu cheiro
fico tremulo quando lhe vejo,
com aquele vestido rodado,
entrando no baile de 1935.

Escondo-me em meu chapeu panamá
minha boca seca, fico ofegante,
nao consigo me aproximar de voce,
o amor me censura, coloca-me a beira da loucura.

Crio, coragem...

Te pago um drink, flerto voce
meu coraçao ensandecido
nao me deixa dizer
desejo beijar-te, quero morrer em teus braços...

Quando te toco, acordo!

Ao final de Caymmi...

No inicio do fim!

domingo, 13 de janeiro de 2008

E nessas horas nostalgicas
ao som de Sinatra,
com meu velho 12 anos
abuso da sandice,
me reduzo a pó!

Só.

Transmudo sobre meu piano,
choro em volta dos meus quadros,
transmuto em cima do meu pedestal,
durmo em minha tumba notoria e banal.

Coraçao foi-se por si só.

Cansado de amar, infarto subito
voo em busca do meu coraçao
que foi junto de ti ó amor,
que nos teus labios fostes meu refugio,
meus segundos pré-nupiciais,
antes que me enterrassem vivo,
e me entregassem a solidao.

Nao vá denovo amor!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

A ti

Corro entre linhas fugidias,
faço do sopro morbido meu ultimo desejo,
me leve a ti, que devoto o amor total,
sandice em mim, por nao saber de ti.

Nasce a noite, ecoa solidao...
olho o horizonte e busco a ti,
que escondida entre as montanhas fica,
e deixo o vento levar meu coraçao atraves dessas curvas rochosas.

A fé nao move montanhas?!, entao levo ela para move-las,
para ter a ti aqui comigo...
Nem que seja por fraçoes de segundos,
como um beijo que passa pelo meu rosto perante a multidao,
queria apenas um segundo da morte com voce.

Quero compartilhar dessa sandice contigo,
essa ''coisa'' indizivel, metaforica, transmutavel.
morro entre estas linhas fugidias,
afim de esperar o amor nascer,
quando raiar o dia, e poder estar ''de volta'' com voce.!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

O amor, ah o amor. Acordamos pré-dispostos a fazer uma pessoa feliz, porem quando a vimos percebemos que felicidade e pouco perto do que queremos passar a essa pessoa. O amor, e o ultimo andar da vida de um ser humano, a ultima jornada de um alma que vem para esta vida ainda sem uma razao, senao amar. Voce passa sua vida inteira trabalhando, estudando, morrendo dia apos dia, com um unico pensamento: Amar. Ame intensamente, nao tenha medo, ou nao se prenda a fixaçoes sociais, nao tema se o proximo lhe tacara uma pedra, ou se o outro fara piadas de mal gosto por isso. Amigo, eles nao sabem o que é amar. Porque quando amamos nao somos, nao e verdade?! Amamos com uma unica meta, amar. Acorde pela manha, olhe para o ceu, e pense que nao a outra forma de levarmos a vida senao com esse sentimento que e a base para nosso equilibrio vital. Quando tu ouve uma musica e lembra de alguem, voce ama ali com todo o seu coraçao, vive aquele apogeu, o apice. Ou entao quando voce pode olhar, tocar entao...So quem ama sabe verdadeiramente o significado disso. Todos estamos aqui para amar, porem algumas pessoas nao procuram isso, optando por um caminho mais dificil, um caminho mais doloroso. Ame meus amigos, como amo o simples fato de poder estar vivo aqui, para passar sobre linhas o que penso e o que sinto. Amo simplesmente por poder olhar, por poder ter a felicidade de fazer alguem feliz. E que a cada novo dia, um novo amor, a cada novo amor um novo sentido, mas sempre...viva para amar.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Sandice Sentimental

Permeio entre laços dentarios de frente ao meu cinema,
protesto sem fim, sobre lins em cima de veus de seda,
amor quem enfim, como doença chegaste aos meus éus solitarios,
longínquos minutos, permanecem ensandecidos sobre raiz,
loucura em mim, por ti sofri, quase morri, porem sorri
sobre a lapide de outro amor,regozijo o novo dia,
passa a tampa do meu cranio morbido sobre as fezes das bacterias,
amo demais, desejo em ais, corro ao bonde norte onde a morte bate
nasce a flor pela tarde, bela abre junto de minha mente morta
capaz de negar a si só o sentimento puro de viver...
OUÇA
GRITO

MUDO
NU-DO

SOLO
SENTIMENTAL

SOBRE
OLHOS

FATAIS
ATONAIS

HOLOCAUSTO
PALPITAÇOES

MOVIMENTO
UNIFORME

PULSO
COR

UMIDADE
DOR.

SE FOR
AMOR.

Fixação!

Aurora boreau,
permanece em minhas vistas
aquele momento fixo
em minha mente,
um ato indizivel,
um fato previsivel.

Tortas linhas sobre minha parede,
sinto sede, sinto medo,
sinto vinho tinto
venho nascendo rindo,
por meio de um certo tal.

É tudo tao comum,
posa pose sobre teu colo febril
que repete o tempo em cima dos teus quadris
sinto ainda teu cheiro por aqui...

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Cem tir..

Esconda-se em cetins,
momento que se diz
assim,
transcedental.

Me abrace,
chegue mais,
aconchegue...

Viva seus segundos
pré-liminares aqui comigo,
relaxe...

Se começares a nao sentir mais teu corpo
e porque senti por voce,
se começares a nao ouvir mais
e porque poupei-te de ouvir os tiros,
se começares a nao enchergar mais,
nao temas...
cobri teus olhos com minha alma para que nao vejas...

Amores dilacerados por volta do meu colchão!

Pá-lhaços

Pré-requisitos para entradas
abram as portas para todos,
que todas as alas vao chegar.

Aplaudam bonecos maquiaveis,
sistema capital
sempre essa coisa banal

O circo ta chegando:

carrocinha de cachorro quente
pipoca
algodao doce...

Isso tudo contamina minha mente,
isso tudo permanece em consciente,
temo crer que isso e uma alusao
ao meus pensamentos,
pre determinados
pelo meu sistema social.

Nao sou ninguem,
nao quem!

Bonecos maquiados pelo sistema.
Noite de forro,
uma cabrocha,
passa Joao.

Ah Joao.

Viu logo a cabrocha e a chamou sem pestanejar.

Imagina-se Joao, que aquela ali.

Ele nao amaria em vão!

domingo, 6 de janeiro de 2008

Medito

Mia campo
colheita de milho
roça bipolar
entre cegos desvaneios
Lago nado, encoberto
de peixinhos verdes no verao.

Passa tempo olho relogio,
quero tempo,
peço liberdade,
ao som de Led Zeppelin.

Cheiro mato,
caro raro, momento natu-ral!
Quero abraçar a cegonha,
que me leve ao campo,
que me cubra com teu colo,
que me leve a Frida!

Dor

Suga minha mente,
nao supre inconsciente,
morbido inconstante,
oco perturbador,
nó entre linhas subliminares,
dor onde menos à defesa.

Forte morte que vive aqui,
Quero ir embora
quero sumir desse embriao,
porem nao quero morrer em vao.

Minha mente invade
meu quarto
com sombras fugidias
gritando por socorro
querendo liberdade
cansadas de caminhar
por estradas escuras.

Quero ir embora com elas
me levem daqui
quero gritar
quero pular do precipicio,
quero abraçar as asas do diabo louco,
que envolto do pobre morto,
Hoje vive em meu ser.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

...

somos

todos

ré-duzidos

ao

pó!

do pó nascemos
do pó morremos
do pó cheiramos
do pó moramos
do pó formamos
raizes loucas em nossas cabeças.

Amo mudo!

Nada definido
tudo foge das palavras
quanto mais perto
mais corre o tempo
e das palavras alem de nada.

Defino o mito do meu ego
incapaz de amar duas vezes
que ama uma só
mas que nunca...
nunca, e correspondido
embora seja, mas de outra forma.

É engraçado o ser humano,
quanto mais amamos
mais morremos
quanto mais morremos
mais loucos ficamos
e quanto mais loucos
mais sozinhos....

Nada faz sentido...
se nao só o sentido da palavra
AMOR!