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terça-feira, 31 de março de 2009

Quatro minutos,
Tres segundos,
Duas horas,
Um hora,
Morrendo um dia,
E o poeta canta,
A marchinha do Adeus.

Tudo é porcaria por ai.

Alguns minutos
tudo opaco
ao surdo cego,
eu ouço e é caro

Eu roubo o carro
atropelo o rato
que fugiu do ralo
do buraco do meu nariz,

A poesia marginal
liberdade do poeta
a mente que defeca
mergulho na ureia

Na noite o mal cheiro
o Tietê que contamina
entorperce e caminha
morrer é minha sina!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Inexpressões.

É daquelas noites frias
que congelam nossa mente,
vem um sopro de repente
e muda tudo de lugar

Retalhos fotograficos de cetim
tudo a minha volta é assim
um vai e volta do que tudo foi
e a voz não cansa de gritar

O vento é surdo como a saudade
os versos ecoam no meu peito
e as fitas de seda ainda me prendem
como se tudo ainda que foste, é.

quinta-feira, 19 de março de 2009

A vida é de ontem
a morte do amanhã
que acorda logo que passa
os acordes do meu violão
e pesa, pensa e consiste
em nada mais que meras palavras
de um dicionario surdo que não sabe ler...

Razões.

És mulher que em rosa transformastes
o campo contigo é mais belo
e a primavera se faz esplendorosa em toda sua plenitude
amiga que em meus labios só tua voz adormeço,
tendes os adereços e as formas sinuozas de uma deusa,
tudo perto de ti é irrelevante e inconsistente,

Mulher que participas de todas as mutaçoes da natureza
responsavel em guiar-me com tua voz e plenitude
com teus olhos refletir-me a alma nua de criança
e trazer-me o tempo em que outrora era feliz
em teu sorriso me embriago de desejos e saudades,
amiga, mulher que honras a natureza que a vida lhe destes
e fizeste de mim, inutil sem ti na vida menina linda,
mulher amada que da vida fez-se o amor a complexidade.


Sem notar que tudo é.

Tudo resumido,
notas,
versos,
amor,
vozes

Que ecoam, lá no fundinho,
e incomoda meu caro,
de uma forma indolor
fixação,
coração atordoado

Tudo é palido e oco,
vazio,
morto,
inativo,
tudo sem sentido

No sentido,
controverso de ser,

No amor nada é plausivel,
nem tudo é motivo,

No amor momento é solidão
preenchido metafóricamente,
por um pedaço de papel
de pão.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Aquela Terrinha.

Menino carrapateiro,
levado como si só
na roça anda descalço
da vaca tira o leite
e come queijo no entardecer,

No interior de Minas,
depois da curva ali
perto do nunca,
vindo do norte de lá
nunca se sabe de cá,

Nessas terras que passei
como aquela nunca há
meu mundinho tão pequeno
das cantigas sabiá,
vaga-lumes como lá nao há,

Ah que saudade da rocinha, sabiá...

quarta-feira, 11 de março de 2009

Dê-cima, parar-baixo.

Uma noite
o soneto
a musica
o desejo
o fim do fim
o meio do inicio
forçando em mim
sentimento unico,
ferida que não cura,
saudade, saudade
é...

segunda-feira, 9 de março de 2009

Estar entre um.

Daquelas horas que o coração pulsa mais forte
e o desejo de estar próximo é tao forte quanto o medo
como se a vida estivesse de mãos dadas com a morte
em um lapso de instante tudo ao seu redor fica imóvel
e a alma nessas fraçoes de segundos habita uma outra dimensão
a necessidade de sentir o calor do outro corpo é forte demais.

No caminho que ontem era meu, hoje é nosso
e o fruto que antes era colhido por um, hoje é por dois
a sede é maior, e o amor é farto e infindável como o oceano
o tempo é nosso maior refúgio, é a esperança de um amanhã melhor,
cada dia é um novo nascimento, cada morte é o inicio de um começo bom
cada novo momento do teu lado é o inicio de um amor inefavel e tranquilo
é a sensação de estar sempre comigo mesmo, em teus olhos.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Inutil.

Tudo
o
que

na vida
é nada
sem amor,

Nada
na
vida é tudo
se
no amor,
não houver
vida!

Até.

Certo dia a vida trouxe
o vento que veio de onde
sei lá que fosse o tempo
que anda contigo na vida
cantiga em verso e prosa
infindavelmente seu
a saudade que machuca
o medo de desejar o que
é inalcançavel as maos
o olho nu que vê além
do amor e da recordação
sentimentos e saudades
um dia contigo foste,
desejo e amor,
hoje tudo é escuro
tristeza e solidão...

quarta-feira, 4 de março de 2009

Cansativo.

Cansei de falar de amor!

O amor é algo que consome,
que contamina e ensandece,

O amor é ferida que não cura,
é fogo que arde constantemente,

Amar é dificil caros leitores!

É uma inconstante variavel de sentimentos,
de desejos,
de lamentaçoes,
e contentamento,

O amor é suplica
é holocausto de palpitações,
como uma bomba que cai sob o peito,
quer saber?!


Eu cansei de amar.

Aos meus versos de ontem...

Guardo a minha antologia poetica,
versos pobres de um começo torto,
onde tudo o que via era novo e poetico,
embriagado sob versos apaixonados
desacostumado a sofrer por amor

Era um broto maroto,
uma valsinha do Vinicius,
ou um enredo do Cartola,
um menino cru que não via o mundo,
enxergava tudo o que cabia

Amava tudo sem porquê,
muitas das vezes, alem do que se vê,
no banquinho da pracinha
ou na porta de um cinema,
como era gostoso viver...