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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Intelécto.

O carrasco nao tem vez
aqui na cidade perdida
das caras falidas
dos moços polidos
nada é de ninguem
e em ninguem nem um vintem

Na casa das moças de cera
o corpo é oco pintado com verniz
o sobre-nome, sob a mesa cria
nas latas de conserva onde boia o morto
contamina o meu intelecto com suas presas faceis

E no esboço do novo dia todos de caras falidas
as aranhas sem teias, cansadas de tanto trabalhar
o volume é estereo, e a minha vida é esteril
tudo de uma forma singular como das pessoas ocas em verniz
sempre nessa simbologia, fazendo uma analogia barata

Em vermes, talvez o Julio Verne entre tambem nesse devaneio
cantando feito um demente, com a cara cheia de pintura em giz
ou com um pedaço de espelho nos olhos refletindo a luz escura
como um poema de Baudelaire, ou uma pintura de Dalí
estou aqui, de certa forma nunca estive nem ai
com o tempo ja fui, devo ir, ou vou até...lá!

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