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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

À minha forma aparente.

A vida é aparente,
tende a tecer os caminhos,
em formas tortuosas
trazendo a si perguntas
que as vezes não tem respostas,

O sentido de tudo é sentir,
só-mente sentindo assim,
e emitindo sinais de tristeza
sorrindo à alegria sublime
o não erro de amar a vida,

Para mim a vida é poesia,
uma musica mal entendida
um verso não acabado
ou um desenho abstrato,
vai saber?

Ontem pra mim é hoje,
e hoje é o amanhã do vigia
das noites em claro
junto a poesia traida
das mortes e protestos tardios,

Somos um pouco de tudo,
é um pouco de mim,
eu um pouco de você,
somos parte de um grão
que habita neste chão,
em busca do sentido

Se é entendido tudo,
que por fim é meio
do nada.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Poesia Feliz.

Trago hoje comigo um sentimento,
agora não ha descontentamento
o meu texto é bonito e claro,
a poesia habita meu coração
nesta prosa bonita que rima a alegria
resultado de alguns anos de amor sem medo
desta beleza que contagia a minha vida
dos meus olhos no encontro à minha ama(n)da...

Meu canto é na chuva.

Canto de um mudo,
canto mudo da sala,
na sala não canto,
só canto no chuveiro,

Queimou o chuveiro,
o chuveiro da vida,
purifica a alma
a noite é chuva,

A chuva corrente,
enforcado e sem dente,
tudo hoje é enchente
mata a vida correr-ente

Hoje tudo é correr
correr de bala perdida
perdido e sem bala
sem o doce da vida.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Dia frio.

Fim de ano,
Inicio do tempo,
Furto ao bom senso,
Vamos caminhar no parque,
Quero adornar o tempo,
Reinvente a sua vida,
Somos dois nessa manhã,
E um ao anoitecer...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Suicídio Coletivo.


Um homem suicida,

na porta do hospicio,

cai de boca o precipicio,

tudo fora do contexto


Hoje é sexta feira,

13 homens suicidas,

homicidios em potencial,

aqui não é a Polonia


O meu pijama é listrado,

emporcalhado de sangue

isso ataca a minha mente

fico puto e inconsequente,


To me sentindo anestesiado,

acho que vou comprar uma bomba,

fudeu, o meu tempo acabou

sou um homem suicida.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Despertar de uma criança.

Diante de tudo que peço,
desperta ali um sorriso sincero,
uma mão que procura
olhos entreabertos sem medo
acaba de acordar a criança
na sua magnitude nos ensina
que o barato não é pedir
o milagre é esta(r) aqui,
e tudo é consequência de ser,
o resultado eloquente de viver.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O suor e a saliva.

Meu berço não é de ouro
e você não me devora,
no outono tudo é fresco
no verão eu sou suor,

Sou fervor que ensandece
o orvalho, à minha saliva
na nota musical um nome
a minha mente encolhida,

O tempo é pouco,
no verão tudo é novo,
o grito rouco consciente
no sangue o meu enredo,

O suor e a saliva...

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Eu não sei escrever poesia,
eu não entendo o verso,
me sinto só no deserto,
abandonado pela vida,
amargando a solidão.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Armas!

Que nos desarmam,

Consola o demente,

Violenta o inocente,

Consome o puro vicío,

Um homem suicida,

Alimenta o demônio,

Crucifica um cidadão,

Morre mais um João,

Vitima da arma!

CARNIFICINA,

Um estupro a vida!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Meu mundo em um ponto.

Estou danifica(n)do
minha córnea não enxerga
a minha entranha é estranha
e a minha hérnia virou merda

Tudo lá é sem sentido
eu não sinto porra nenhuma
e minha onda não esta de costume
a esse ciclo putrefaço

Amanha eu lavo a louça!
gritou a puta feito moça

Pega a piruca do careca!
antes que ele me comprometa
saia daqui e adormeça

O meu mundo é feito rimã
só é fora de ordem
uma orgia vocabulária

Uma puta desvairada.

domingo, 8 de novembro de 2009

O poeta e a boémia.

A noite do boémio,
outrora fonte de-vaneios,
versos sussurrantes
bolero, um copo de uísque...

A tristeza ensandece o poeta
leva morte da amada
busca consigo o amor deixado
perdido as entrelinhas...

À calçada que tanto ouve, fala
nos tropeços e soluços
vai despedindo à boémia
um suicídio à poesia.






quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Hoje é saudade.

Não aguento mais falar de tristeza,
hoje em dia pra mim é algo rotineiro
vou então falar de saudade
antes que me acostume também
e se torne uma nova triste rotina...

A saudade é o consolo do poeta
a tristeza é o uisque falsificado
o amor é o choro sofrido
o verso que assassina o poeta.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Tudo na vida é besteira,
antes da vida vem o amor,
após a vida vem o remorso
de perder o tempo pensando
e no fim percebendo
que tudo na vida é besteira.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Quanto mais alto
grito de um surdo

As mais internas
tudo é lixo, deleta!

Sentir a vida
dentre as entranhas

Murmurio por migalhas
sorte do mendigo,

Tudo ao avesso..

OSSEVA OA ODUT.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

À minha primavera.

Hoje é um dia calmo,
vento nas arvores
o sorriso da flor,
meu bem querer...

Calmo aqui agora,
saudade de você
minha primavera,
bem querer...

Os passaros cantando,
sinfonia da vida
sintonia o nosso amor,
meu bem querer...

O teu beijo espanta solidão
o tempo paralitico
à voce o meu suspiro,
ó meu bem querer!

A despedida é dó-ida,
na loucura me entorpeço
suicida a tristeza
traz consigo o amor infinito,

À voce a (minha) primavera,
tudo é voce,
meu bem querer...

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Dia quente na marginal.

Estava sentido marginal
veio um cara
e me passou na ''geral''
sai correndo fedendo
meus poros sentido
aquele cheiro letal
a minha corda vocal
não e muito normal
ontem eu estava
meio transcedental
agora eu to aqui
me cagando de medo
o que faço agora?!
ou corro ou sou morto
de todo jeito fudeu!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O
tempo
passa
passageiro
segundo
dia
valsa
termina
na
morte
da
poesia.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Não é?

É tudo tão dificil
cheguei a esta conclusão
quanto mais caminhamos
menos encontramos
o desejo é inutil
e no medo tudo é mudo
não é mais aquela voz,
acredito que partiu.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Dia quente em BH.

O garoto cantando o sambinha
na esquina do clube, aquele lá
que fica numa rua em BH
o engravatado no Palhares
junto do bebum e o Kaol
e tudo isso no sambinha
que não é de uma nota só.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

À esses nove anos.

As lembranças são nitidas,
momento unico guardado na memoria,
à nove anos começou uma historia
que nunca mais viria acabar...

Noite quente, e eu de jeans preto
você linda na calçada de meia branca
vindo a mim como uma nota musical
e de repente estava em meus braços,

No teu beijo me reencontrei
e ali nossas almas se fundiram
sem deixar o medo penetrar
dali a minha vida é te amar...

E por mais que duvide do meu amor,
não temas porque sou teu
desde a noite de ontem,
até o dia de amanha...

Amar é pouco, sonhar é infinito.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Carta a poesia não poética.

Escrever à poesia,
O que diria a mim
Á poesia sem fim
a travessa na feira
embora é terça
o mal nos separa

Desnuda meu canto
te clamo à minha
poesia traida
das maos calidas
pela rosa espinha
o meu texto lirico

Sofre comigo poesia
abraça-me amiga
embriaga comigo
na mesa do boteco
versos sem graça
como é poesia

Meu murmurio tardio
minha poesia querida
à ela prometida
minha vida entristecida
acalma este ponto
que me mata na saudade
de ti minha amiga

À voce minha poesia.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Suspiro do Poeta.

Ultimo o segundo do suspiro ante-ontem falecido
outrora caminhei, passos seguidos rumo onde
vinde o vento, sem um tento fora consciente
o este é sul ao meu tormento...

Um broto maroto, na valsinha do Moraes
lá ele é Vinicius, a poesia é demais
o meu amor é infinito junto ao meu caminho
e o tempo é adverso, contraria os meus versos...

A morte é causa do fim ao meu tempo
passeando-ei rumo ao lugar distante
do amor breve e inconstante,
o texto inacabado, à sandice imoral.

domingo, 6 de setembro de 2009

O ultimo

Poema

É aquele

Que começa

Sem fim.

Ouvindo domingo.

Um domingo a ''la bossa nova''
não estou no rio e não é janeiro
meu terceto não é o terceiro,

A minha lira não é tão poética.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O medo da loucura.

É noite, escuto uma voz
grave por detras da arvore
que se aproxima...

Saio correndo pela rua
tropeço em um homem na calçada
e caio em uma poça de agua suja,

A voz se aproxima rapidamente
bate um enorme desespero
quase como uma loucura morro de medo,

Corro sem parar e a voz começa a parar
olho para trás e nao vejo ela passar
acho que ja foi, posso ir embora já...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A poesia do sono.

Tudo me da sono,
o banco do carro, é sono

É sono ter que ir ao banco,
conta de banco não da sono não,

O poeta que não dorme, não tem sono
a poesia que ele escreve da sim muito sono,

O amor na poesia é sonolento as vezes
a tristeza não traz sono não,

A bossa nova me traz o sono
das noites mal dormidas,

O boteco é tardio e mediocre
traz sono para o bebum que morre,

A poesia é uma noite mal dormida,
e eu sempre acordo com sono.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Uma tarde vazia.

Aquela coisa meio chata da tarde
segunda-feira seca, sem muita graça
o ocio permeia e assim a tristeza
que chega como quem nao quer nada
no cantinho da sala, sem querer incomodar

O final de semana ja se foi
amanhã ainda é terça
e me da desanimo só de imaginar
que tenho ainda quatro dias
para espantar a tristeza e a solidão
é chato não ter com o que se ocupar

Dai então escrevo essa poesia
sem muito com o que dizer e nem porque
falo comigo mesmo, neste devaneio sem graça
para ver se o tempo passa, mas não passa
vou sair correndo daqui, atras do tempo que passou.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Essa é pra você.

Boa noite tristeza,
durmo contigo saudade,
sonho você minha companheira
a tantos anos dormindo com a saudade,

Deito querendo acordar
saber que contigo vou estar
quando o dia raiar
sorrindo, tao belo como o sol que vem,

Amanha um novo dia, um novo tempo
as horas vao ficando curtas e o relogio nao para
e a noite vem trazendo a saudade...

Sorte de mim, que te tenho todos os dias pela manhã.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Noite in-v(f)ernal.

Uma noite de inverno,
meu ser-o-sentido
sente a necessidade
de ter entre ele e eu
a saudade danada de lá
do vento forte que vem
da nostalgia de cá
o abraço apertado
a tristeza do adeus.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Hoje é dia de bossa.

A melodia contagia a minha vida,
a bossa deixa a vida mais nova
espanta a tristeza e a solidão.

Hoje é dia de travessa
um encontro na livraria inversa
que reune os amigos e a saudade.

Ontem foi dia de tristeza
não tinha a bossa nem nada novo
e a solidão era a unica solução.

Agora é hora de cantar,
de sorrir e de dançar,
amar a vida e contemplar alegria.

Rumo ao infinito e belo
a bossa com seus versos singelos
deixando a vida mais nova e eterna.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Dia suicida.

Atravessei a rua,
cai no bueiro
me borrei de medo
logo em seguida
perdi meu joelho
fui atropelado e jogado
logo ao lado do bueiro
fiz uma cirurgia
a enfermeira riu de mim
só porque minha perna nao estava ali
cheguei em casa,
debaixo do chuveiro
peguei uma cordinha
e me enforquei no banheiro.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Tempo incompleto.

Semana cheia,
dia vazio
o mundo inteiro
é tudo tão dificil
entre o eixo
me encontro no meio
a jornada é tardia
os segundos são frios
o medo é ter/ser eu mesmo.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Samba no Rio de Janeiro.

Ontem a tarde fui em um samba
varias cabrochas requebrando
a musica ecoando, tudo proliferando
o churrasco beira piscina, tudo uma fuzaca
aquele vai-e-vem me enjoando
a cerveja subindo me deixando embriagado
quando acordo estou pelado, jogado no meio do mato,
sem um tustão furado.
''Ó meu bem me namora,
chega perto e me abraça
meu coração nao quer tempo
em teus braços me acabo
e contigo sonho o futuro
de mãos dadas ao vento
trilhando o caminho sem pressa
em busca do eterno!''

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Acordar.

Salve ante-ontem
o tempo da marchinha de carnaval

Salve a musica
das serenatas no coreto da praça

Salve o amor,
das madrugadas boemias embriagado de saudade

Salve a nostalgia,
vontade de viver outrora as sensações hoje banais,

Que os modernos me perdoem,
mas como eu sinto saudade de amar, de viver e sonhar...

terça-feira, 26 de maio de 2009

A esperança.

É ver em teus olhos a semelhança
acreditar que por detras destas montanhas
existe um caminho largo e belo
que pode ser percorrido de maos dadas
compartilhando a beleza de toda a paisagem
um vento fresco que paira no ar
é a sensação de estar completo sem medol
onge da solidão, tão perto da saudade.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Monologo da solidão.

Ando junto a solidão
o medo conforta a sandice
que permeia a tristeza, escura
toda manhã eu fujo de mim,

Olho no espelho e só vejo sombra
a amargura de um homem só
peregrinador, em busca dele mesmo
um retrocesso, insucesso que é assim

Meu corpo encravado por espinhos
dos caminhos tortuosos que passo (ei)
por mais que me procure não encontro
fragmentos de mim ficam espalhados por ai

Preciso gritar, correr daqui
o avesso de mim, meu lugar nao é aqui
a poesia no inicio me conforta
mas no fim, tudo é a mesma coisa

E eu continuo longe de mim...

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Preso na tarde.

Hoje acordei com asas
adornando o tempo
de mãos dadas com Deus,

Hoje pude sentir o amor
em toda sua plenitude poetica
onde dois se tornam um,

Ontem era frio e tristeza
medo de ser só-lidão,
sozinho no meu quarto,

Na vida tudo é assim
repente, de-repente
voce atravessa a rua e ai?

Voce acorda e quando se ve
tem asas para voar sem fim
junto do amor que unifica

Da vida que feliz tardia
jubilosa como a tarde de primavera
um devaneio completo do amor.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Que cansaço!

Vontade de estar
em casa repousar
ler meu livro e jantar
de mãos dadas cochilar
cobrindo os pés e amar
acordar e continuar
essa vida louca caminhar,
sistematicamente cansado.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Preso.

Marco meus passos
fujo de mim mesmo
sempre deixando rastro
toda vez que me liberto
encontro meus passos
e sem saber porque
os sigo novamente
no final do caminho
me encontro novamente
um vicio sistematico
fujir de mim mesmo
mesmo sabendo que no fim,
sempre termino assim
preso em mim.

terça-feira, 28 de abril de 2009

A loucura capital.

Quatro horas da tarde
um dia tenso e febril
preso nessa sala eu berro
escancaro minha vida em versos,

Tudo de certa forma abala a minha racionalidade
quanto mais tentamos ser coesos, mais somos burros
e quanto mais eu falo o tempo suga a minha paz barata
e eu condenado pelo sistema a viver enclausurado aqui,

Quatro horas da tarde
um dia tenso e febril
preso na sala eu berro
escancaro minha vida em versos,

O Obama não ta nem ai pra mim,
eu pago imposto, fico sem nenhum no bolso,
mas e ai?

Os meus dentes estão caindo, e a minha visão éscurecida
o individualismo é retratado até mesmo nos mais belos versos
o capitalismo aliena e cria em nós, chacais sistematicos
prontos para atacar, é só mexer nos nossos bolsos e...Pá!

Quatro horas da tarde
um dia tenso e febril
preso na sala eu berro
escancaro minha vida em versos,

Eu preciso de psicanalise, acho que estou ficando louco
porem para ir a um psicanalista preciso pagar,
para comprar um remédio e curar eu preciso pagar,
tudo ao meu redor é pago por mim, ainda que indiretamente,

Este sistema enlouquecido,
suicidas potenciais,
a minha hora esta chegando,
apenas tenho que atirar...

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Cru-el- ''mente''.

Sobriamente entorpecido
apaixonadamente enlouquecido
o segredo de ser é estar presente
na ausencia do meu ego enciumado
desejando todas as rosas do jardim
lutando contra o silencio que grita
e a nitidez se torna abstrata
de acordo com a sequencia dos versos
e a alma cega que sente o suor
o filtro da vida diante de mim
naquele lapso de instante,
suicidou.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Breu.

A beleza nua e crua de uma tela não muito conhecida
tudo a minha volta é abstrato e silencioso, nada
meninas de vestido rendado, contemplando a melodia
e a minha poesia que é cega, caminha a passos lentos
a vida que transmuta em poucos segundos neste espaço curto
toda uma jornada transcrita em um pedaço de papel de padaria
tudo sempre é meio assim ''improvavel'' e ''inconstante''
o primeiro a chegar a bilheteria, ocupando o primeiro lugar na fila
mas ainda sim não sendo o alvo principal no texto biográfico do poeta
e meu corpo que exala amor e juventude, alegria e tristeza
um globo variado de sentimentos brutos, crus e escuros
e a contradiçao habita em tudo que escrevo, e os conflitos nunca terminarao
o poeta é assim mesmo, pobre homem rico em palavras sem chão
que caminha nu em meio a solidão, debutando o amor em prosa e verso.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

É assim.

De tudo um pouco, a união
que enfim se fez presente
nesses anos que se passam
deste tempo que se foi,

Sempre assim meio melancolico,
não se incomode meu bem
eu sou assim...

A brisa no final do dia traz consigo
a serenidade e a alegria de tudo que é hoje
e a saudade de ontem ter sido bom
porem nao melhor que hoje,

E eu sempre assim meio melancolico,
mas não se incomode meu bem
eu sou assim...

E a fera que se liberta de mim ao anoitecer
e grita, ecoando aos quatro cantos o desejo de viver
a necessidade de amar e ser correspondido sempre
da minha forma dupla e ensandecida,

E eu ainda continuo assim melancolico,
mas como disse antes nao se incomode meu bem,
porque eu sou sempre assim

E neste canto poetico recolho os meus cacos
pedacinhos de vida que morrem a cada fim de dia
aumentando em mim a minha nostalgia
mas deixando comigo as lembranças e saudade da saudade,

Eu sempre melancolico meu bem,
nao se incomode eu sou assim sempre,
é assim.

terça-feira, 31 de março de 2009

Quatro minutos,
Tres segundos,
Duas horas,
Um hora,
Morrendo um dia,
E o poeta canta,
A marchinha do Adeus.

Tudo é porcaria por ai.

Alguns minutos
tudo opaco
ao surdo cego,
eu ouço e é caro

Eu roubo o carro
atropelo o rato
que fugiu do ralo
do buraco do meu nariz,

A poesia marginal
liberdade do poeta
a mente que defeca
mergulho na ureia

Na noite o mal cheiro
o Tietê que contamina
entorperce e caminha
morrer é minha sina!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Inexpressões.

É daquelas noites frias
que congelam nossa mente,
vem um sopro de repente
e muda tudo de lugar

Retalhos fotograficos de cetim
tudo a minha volta é assim
um vai e volta do que tudo foi
e a voz não cansa de gritar

O vento é surdo como a saudade
os versos ecoam no meu peito
e as fitas de seda ainda me prendem
como se tudo ainda que foste, é.

quinta-feira, 19 de março de 2009

A vida é de ontem
a morte do amanhã
que acorda logo que passa
os acordes do meu violão
e pesa, pensa e consiste
em nada mais que meras palavras
de um dicionario surdo que não sabe ler...

Razões.

És mulher que em rosa transformastes
o campo contigo é mais belo
e a primavera se faz esplendorosa em toda sua plenitude
amiga que em meus labios só tua voz adormeço,
tendes os adereços e as formas sinuozas de uma deusa,
tudo perto de ti é irrelevante e inconsistente,

Mulher que participas de todas as mutaçoes da natureza
responsavel em guiar-me com tua voz e plenitude
com teus olhos refletir-me a alma nua de criança
e trazer-me o tempo em que outrora era feliz
em teu sorriso me embriago de desejos e saudades,
amiga, mulher que honras a natureza que a vida lhe destes
e fizeste de mim, inutil sem ti na vida menina linda,
mulher amada que da vida fez-se o amor a complexidade.


Sem notar que tudo é.

Tudo resumido,
notas,
versos,
amor,
vozes

Que ecoam, lá no fundinho,
e incomoda meu caro,
de uma forma indolor
fixação,
coração atordoado

Tudo é palido e oco,
vazio,
morto,
inativo,
tudo sem sentido

No sentido,
controverso de ser,

No amor nada é plausivel,
nem tudo é motivo,

No amor momento é solidão
preenchido metafóricamente,
por um pedaço de papel
de pão.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Aquela Terrinha.

Menino carrapateiro,
levado como si só
na roça anda descalço
da vaca tira o leite
e come queijo no entardecer,

No interior de Minas,
depois da curva ali
perto do nunca,
vindo do norte de lá
nunca se sabe de cá,

Nessas terras que passei
como aquela nunca há
meu mundinho tão pequeno
das cantigas sabiá,
vaga-lumes como lá nao há,

Ah que saudade da rocinha, sabiá...

quarta-feira, 11 de março de 2009

Dê-cima, parar-baixo.

Uma noite
o soneto
a musica
o desejo
o fim do fim
o meio do inicio
forçando em mim
sentimento unico,
ferida que não cura,
saudade, saudade
é...

segunda-feira, 9 de março de 2009

Estar entre um.

Daquelas horas que o coração pulsa mais forte
e o desejo de estar próximo é tao forte quanto o medo
como se a vida estivesse de mãos dadas com a morte
em um lapso de instante tudo ao seu redor fica imóvel
e a alma nessas fraçoes de segundos habita uma outra dimensão
a necessidade de sentir o calor do outro corpo é forte demais.

No caminho que ontem era meu, hoje é nosso
e o fruto que antes era colhido por um, hoje é por dois
a sede é maior, e o amor é farto e infindável como o oceano
o tempo é nosso maior refúgio, é a esperança de um amanhã melhor,
cada dia é um novo nascimento, cada morte é o inicio de um começo bom
cada novo momento do teu lado é o inicio de um amor inefavel e tranquilo
é a sensação de estar sempre comigo mesmo, em teus olhos.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Inutil.

Tudo
o
que

na vida
é nada
sem amor,

Nada
na
vida é tudo
se
no amor,
não houver
vida!

Até.

Certo dia a vida trouxe
o vento que veio de onde
sei lá que fosse o tempo
que anda contigo na vida
cantiga em verso e prosa
infindavelmente seu
a saudade que machuca
o medo de desejar o que
é inalcançavel as maos
o olho nu que vê além
do amor e da recordação
sentimentos e saudades
um dia contigo foste,
desejo e amor,
hoje tudo é escuro
tristeza e solidão...

quarta-feira, 4 de março de 2009

Cansativo.

Cansei de falar de amor!

O amor é algo que consome,
que contamina e ensandece,

O amor é ferida que não cura,
é fogo que arde constantemente,

Amar é dificil caros leitores!

É uma inconstante variavel de sentimentos,
de desejos,
de lamentaçoes,
e contentamento,

O amor é suplica
é holocausto de palpitações,
como uma bomba que cai sob o peito,
quer saber?!


Eu cansei de amar.

Aos meus versos de ontem...

Guardo a minha antologia poetica,
versos pobres de um começo torto,
onde tudo o que via era novo e poetico,
embriagado sob versos apaixonados
desacostumado a sofrer por amor

Era um broto maroto,
uma valsinha do Vinicius,
ou um enredo do Cartola,
um menino cru que não via o mundo,
enxergava tudo o que cabia

Amava tudo sem porquê,
muitas das vezes, alem do que se vê,
no banquinho da pracinha
ou na porta de um cinema,
como era gostoso viver...

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Noite de carnaval.

Sentimento vazio, que em noite de penumbra
traz a tona todos os desejos e saudade de um dia
certa voz distante que ecoa em meu peito
com dizeres tao belos quanto um soneto do poeta

Tudo é falso quando se tem saudade
tudo é maquiavel perto da solidão
o medo da tristeza é amiga da saudade
e o tempo que passa é presente para mim,

A vida, ciranda de sentimentos perdidos
o amor eloquente e perdido nessa valsa
amanha é noite de marchinha
e eu nao me encontro neste carnaval...

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Belos dias.

Vejo o futuro com bons olhos
ao passado o meu adeus
e tristeza que foste minha vida
subitamente foi-se pra lá,

Vou trilhando meu caminho
velejando a favor do vento
de mãos dadas com o tempo
que hoje não é saudade,

Em meus olhos à sede
desejo insaciável de viver
e ser feliz em toda plenitude
a flor que brota no jardim,

Sou rocha que tem sede,
nascente de desejos,
que necessita de amor,
reciclando a alma, sempre.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Doze

Se um mais dois é três pra mim é doze,
doze dias ouvindo a mesma musica,
doze horas talvez pensando em voce,
doze anos de espera de um a dois que se foi,
são doze momentos guardados na memoria,
em um tempo que não é irrelevante
de um amor cantante e surreal,
sao doze letrinhas que definem uma frase
foram doze em dois, dividos em sempre nós.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Naquele momento.

Fecho os olhos, encontro com você
é manhã de um dia ensolarado
e eu estou tocando sax para você,

Você com aquele vestido branco
de bolinhas vermelhas de cetim
se lembra das flores no jardim?

Nós dois caminhando sem pressa
adornando o tempo, juntos
embriagados de amor e saudade

Sentamos na praça e ali ficamos por horas
como se tudo ao nosso redor parasse
e Deus daria o tempo e a vida de presente à nós dois,

O tempo é a pausa entre o medo e a solidão
o amor é a falta de tempo entre tudo o que há
e eu neste devaneio me recordo junto a solidão,

De tudo o que um dia foi...

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Casinha de papel.

O canto dos passarinhos pela manhã
o sol que reluz a beleza da vida e aquece
a lagoa que azul como o céu sorri e reflete
a alegria e a plenitude de viver de fato ali,

Cuidadosa com a casinha como se fosse uma boneca,
cuidando das vaquinhas, das galinhas e de mim,
linda menina que quando acorda sorri e olha ao ceu
e contempla tudo como se pudesse ver alem
a nossa casa no campo que tanto escrevi...

À rosa.


A rosa cálida, pálida na
chegada do inverno
E o meu tempo é
pouco, podendo
ser mais Um pouco
do que um drink
na mesa de um
bar, e a minha rosa que
aguarda a primavera para
viver, E reviver sensações
continuas de uma vida que
vale, cada segundo de amor
e euforia, e contagia tudo.
Ao meu redor de uma forma
meio casual e repentina, trazendo a tona
todos os meus segredos e suplicas

A rosa que traduz tudo o que
eu sou apenas Sem ser mais,
cem-ter-io, em meio a nada
E os meus inúmeros desejos
descobertos, mostram que a rosa
é muito mais do que certas
palavras, e que tudo o que eu
penso neste exato momento é de
fato pouco. A quem quer um pouco
de tudo, controlada mente e embriagante
Na lagoa que reluz a noite, e aguarda
aurora que outrora foi
Um infinito orgasmo que sensações e
desejos que foram a mim
No anoitecer da poesia, nostalgia que
habita naquela rosa cálida
A rosa pálida, fraca, que a cada pulsar
do meu coração falece, Aqui...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Ao tempo.

Intermináveis momentos descritos em meu caminho,
inumeras canções com as mesmas lembranças de você,
fragmentos de uma vida que foi junto ao tempo
que cala toda vez que é lembrada em toda prece
ontem ainda sentia o abraço caloroso e infindavel do seu corpo
e a nostalgia habita na alma, como acordes em uma sinfonia,
o ultimo trago de um charuto e o teatro mudo que chora
nos teus braços o meu canto, no teu sorriso o meu encanto
e no teu corpo me acabava em todo o anoitecer vivido,
e ao tempo a esperança de um dia novamente,
amar incondicionalmente simplesmente, bem.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Saudade que mata,
saudade do que nao se vê
saudade da infancia bonita
saudade de quem um dia eu ja fui,
saudade de ouvir a voz da minha mãe,
saudade de ser inocente,
saudade de um dia ter sido criança
saudade das noites bem dormidas
vontade de um dia voltar a ser,
Eu.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Sentar-se aqui.

No banco da praça, o final do dia
a visão mais bela e sublime do sol
raiando de longe, norte a sul de onde
a poesia habita, e o desejo de viver
move o coração que viaja sempre
lembranças de uma vida que morreu
sentenciada a viver na solidão
do que ja foi, do que se viveu,
ontem.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Foi-se então.

Antes de ontem, na ponte de lá
foge a cega, na seta de cá
nascente da fonte, do forte sonhador
que diz, e condiz, sem sentir o que é
mudo o canto, encanto que aqui
é mais forte que ali, e submete o tempo
a morte que mata, e o dia que sorri
no fundo do ego, do erro de mim...

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Morte breve.

Valei-me do tempo que outrora foste
em versos lapidados a diurna florescer
foste a fossa parte rispida do meu canto
partiste na ultima estrofe da poesia sem fim

Prostrado-ei de ter ouvidos nus
entrelaçado em veus de cetim claro
na sentença de um conto alvoraçado
nos corredores tortuosos da vida

M'alma sobrevive na penumbra
escuridão total em meu jardim
foste da vida o ultimo suspiro
foste da alma as ultimas caricias...

Fizeste da vida um eterno turbilhão
folhas secas sem vida em meu caminho
condenaste a vida e o corpo cru,
a poesia infinita que habita em mim.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Sem dente

Paro um pouco
dou um trago
cheiro rato
o fungo mata
o rosto palido
a rosa murcha
um pouco irritado
dor sem patente
meu cranio sem dente
totalmente transcendente.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Na musica a noite.

A doçura de uma voz, em voz não tece
como um vão que corrompe todo o meu senso
que faz-me apagar junto as cinzas do cigarro
soprar-me em um tom maior do meu sax
a composição que não se nota, que não se toca
a linguagem que não se traduz somente só
nos laços a fita de seda a presa sente e cede
pede com pressa o desejo sem preço sim
o corpo nu desfalecendo na areia a noite
o meu som que ecoa em todas as esferas
como um sopro vindo de uma fera eu grito
e peço somente mais um copo de vinho e um cigarro
um momento sozinho a noite só....

O suplicio do musico poeta, que vaga a noite sem voz,
a sós...

Music-a

O sax-ofone melancolicamente, uma dose de rum
um rim, ruim-ru-im, que toca a minha ensandece
dente-mente todo o meu palido corpo enaltece
uma prece musicavelmente controversa contrai
em mim a força e a loucura de uma nota musical

Jazz!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Um dia qualquer.

Fragil meu coração que na manha de domingo,
chora a solidão de saudade, fraca intolerancia
surdo musico sem voz, que fala dos beijos perdidos
nos labios teus, antes ontem de hoje, não mais amanhã,

Na cama o lencol de cetim, no criado mudo seu perfume
uma pétala de flor que reluz ainda o teu brilho sereno
a toalha no pé da cama, fragmentos de uma noite perdida
ouço ainda tua voz, sinto na canção ainda o abraço teu,

Meus olhos fogem ao tempo, o relogio não cala
sentencia a minha solidão que fraca quer morrer
uma taça de vinho na mesa de ontem,
em prantos entrelaçado ao lencol de cetim,

E o poeta que cala, espera a hora de morrer...

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Pacificamente patético.

Sobre o véu o manto sagrado do pobre
Pedaços de papel suado de um dia de luta
Do norte ao oeste de o este que brilha o suor
Da nascente que o Tietê traz ao Arruda no Jordão
Nos campos de concentração do Iraque
Ou nas tordesilhas tortas do arado no Acre
Na cana do norte, ou na seca do sertão...

Conscientizar,

Polemizar a politica patética, nunca desistir de lutar
Crianças crescem sem correr pois sem os pé como viver?
Das rosas de Hiroshima, dos campos gelados da Austria
Da estupidez da vida, na viúva sentença cirrose
Uma taça de vinho tinto na mesa de um americano burguês
Uma lágrima do norte, de um olho cego cansado de ver
De um estomâgo que dói, que pede socorro e grita com fome...

Nova vida usada.

Onde o tempo vem, é o caminho do vento que vai
Da fonte que nasce, no rio que desce a encontro de
Ao poço fundo de aguas sujas do pobre que bebe
As raizes contaminadas pelo medo e a solidao do abandono
Sobre o tempo, aqui parado em declinio amargo ao desejo futil

A memoria do adeus, choro e tristeza na carta ante-ontem
Sorrir, sinonimo de alegria que contagia e agita minha mente
Falar vida, de posse da morte febril no meu texto final da peça
Que parte sem nenhum ator principal, sem nenhum enredo no folhetim
Minhas maos prostradas, um caco de vidro no peito e nao é um em canto

Vendo eu a vida ali na minha cadeirinha de balanço que vai e vem
Memorias de um sono mal dormido, ou um devaneio sem fim
Eu em minha vida mal acordada, ou bem dormida, ou mal começada
Tecendo os tercetos, fazendo de tudo da minha vida um texto
Trazendo com a vida uns versos, sem nenhuma nota musical.