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terça-feira, 30 de setembro de 2008

Incon-sequência.

O grito da liberdade ecoa por todos os lados,
o desejo de andar descalço sobre os espinhos
é maior do que a dor proporcionada pelo caminho
o vento no rosto, a brisa do cigarro, o cheiro da vida
o uisque na beira da estrada, tudo continuo
de uma forma inconsequente, eletrizante, além
do conceito do que é ser correto, politicamente, ou nao

O sopro da liberdade incomoda meus ouvidos
me deixa eriçado, cobiçando o desejo de voar sem asas
de tentar ver qual seria a consequencia de atravessar
um rio de olhos fechados, sem ar, sem nada,
somente só, nu e cru, eu e a voz, a musica, a poesia
a vida, a morte, o desejo, os espinhos no caminho,
o desejo de ser livre, de ser sempre, eu!

Diz pra mim, quantas rosas tem na minha mão!?
Diz a mim, quantos dias necessito!
Eis-me aqui, diante de ti.
Diga a mim!
Meu avesso de ti, eis-me aqui
A ti sempre, sempre o melhor de mim, em mim...

(Sussurros).

Ao redor do eixo, (sentido)
fragmentado desejo (solidão)
no sussurro aleatorio (inicio)
no soar das mãos (nervoso)
do toque no rosto (ontem)
do pausado olhar (sim)
da sensação de sempre (estar ali)
de querer morrer hoje (felicidade)
para nao mais acordar (medo).

Poé.

Tudo vai ficando meio paranoico,
o centro desvirtua toda a minha ideia
paradoxa, loucamente elaborada
sob as minhas ideias fezes iluminadas
com um teor minimo de sexo e nostalgia
o beco oco do cantor de bolero na meia noite
no menino maniaco que ensandece o pobre gari
que nao sabe o pobre nem rir nem se vestir
nobre guri que tende a crer que tudo na vida nao tem perdao
que tudo na vida morre, e brota no outro dia
da mesma forma de ontem, sendo amanha tudo assim
uma eutanasia constante do homem em uma forma subita
chegando assim a conclusao:
tudo poé!
poé tudo!

domingo, 28 de setembro de 2008

Nudez.

Pensamentos atordoados
incansavelmente incoerente
suficientemente entorpecido
aglomerado literario
inconsciente ensandeceste
mutavelmente livre.

Ausência.

Amar de cada forma,
a cada novo amanhecer
em cada fragmento d'aurora
entre o choro meu de saudade
e o sorriso manhoso do encontro

Amar a nova alma
de uma forma sublime, (nar)
como se fosse sempre a ultima vez
ou talvez a primeira,
mas tudo sempre da mesma forma
intenso!,

Viver o amor infinitamente,
independente do que se lá for,
do holocausto a plenitude
do soar no balanço pelo campo 
ao estrondo causado pela briga na manhã

Nada importa!,
amar tudo sempre da mesma forma,
incondicionalmente por mais que seja dificil
é em mim um verdadeiro mandamento
como a vida é importante a natureza
e a beleza da vida é sufocante ao poeta,

Amei, amo, amarei, morrerei a cada partida
renasço sempre da mesma forma,
vendo a vida com a beleza de um poeta
amando, incondicionalmente.

Saravá...

sábado, 27 de setembro de 2008

Deixe lá.

Deixo tudo assim,
meio fora de ordem
minhas letras um sinal
a desordem literaria 
trascende tudo assim
meio afim de nada,

Neste desleixo palavreai
onde o nada vem de encontro
buscando no verso o fim
o inicio mutavel da inconstante rota
do ontem, no inicio do universo
no BIG BEN do tudo,

Corte notoriamente o texto
morre junto contigo o verbo
tudo fora de ordem,
nada sem sentido, ou as vezes tudo
sentido!

E a morte que vive fora de ordem assola
tudo de uma forma transcedente,
hora vem, hora vai,
e tudo continua da mesma forma cansativa de sempre.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Tudo meio, sei lá!

Tudo sobe a cabeça,
o mundo se movimenta pausadamente
meu ar refrigera, em certo instante 
meu corpo se perde quando encaixa no seu,
os olhos contemplam de uma forma sublime

Tudo como um sonho que veio de repente
ou um devaneio inconsequente, sei la!
por mais vozes que ouço, nao reconheço nenhuma
por mais vezes que eu possa cantar, ninguem ouvira
e tudo continuaria da mesma forma mediocre de sempre

Me vejo correndo no espelho, sentado no sofa da sala,
fumando um cigarro, que ocio!
por mais que eu tente, nao consigo parar de pensar em você
voce é meu sonho bom, se penso em vida, logo acordo em você,

Tudo como um sonho que veio de repente
ou um devaneio inconsequente, sei la!
por mais vozes que ouço, nao reconheço nenhuma
por mais vezes que eu possa cantar, ninguem ouvira
e tudo continuaria da mesma forma mediocre de sempre,
sempre...

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Nós.

Fora de hora, descalço no chão
as cicatrizes na minha mão
contadas pelo tempo
virado corroido, o corpo moido
cansado, desencontrado
atado em nós.

Somos sós, eu e você,
na neblina sobre o tempo
perdoando ignorantes
do abismo mais singelo
marcas de momentos
entre mim, entre sou.

Perdido no encontro de mim,
eu, você, ontem ou aqui
no agora deste texto epitafio
no lapso da colisão
aqui, imaginando em mim,
eu, você, entre sou,
nós...

terça-feira, 16 de setembro de 2008

cego que enxerga o surdo que ouve o mudo,
inconstante universo.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O nascimento.

Venho de onde ja vim,
das estradas firmes eu vim
correndo de pés descalços
sobre o tempo, por um caminho só
buscando o outro que se foi
corrente nascente nos olhos do sol
onde nem eu sei de mim,
por ali, ou aqui, se foi o menino que eu vi
de pés descalços sobre o chão sujo
nascimento do outro que um dia eu ja fui!

Sinais.

Tudo a volta roda de uma forma anormal
meu mundo gira, transpira, me excita
meu tubo oco conspira com a vida fita
do video virgem, o corpo falso vindo contra o cais
do soneto passarado, largado ao acaso perdido ao vento
do rosto no retrato mudo, do melodico em verso
tudo contamina minha vida que excita meu tubo oco
anomalias diarias, contado em um diario prostrado
como um rotulo amassado, nostalgia escrita
do menino que grita no silencio da solidão
dos contos morridos escritos no diario surdo
dos versos falsos, dos amores vividos
da eutanasia sentimental
DA VIDA QUE GRITA, TRANSPIRA
DO OCIO QUE CORROI A MINHA
GRITA

e ainda sim,
tudo a volta roda de uma forma anormal...

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Tudo passa.

tudo passa
passa quatro
passargada
passa ali
passeando
tudo passa
passa perto
passa longe
passa amor
passa dor
tudo passa
passa humano
passa senso
passa ridiculo
haja passo.

Onde.

Iluminando a minha mente,
embriagando meus desejos
eutanasia de sentimentos
uma forte força que vem
trazendo do vento o tom
o marasmo musical enfim
fora daqui, tocando ali
pousando nos portos
acabado submerso pobre
menino sozinho aqui.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Posso estar sozinho de todo mundo,
a solidão companheira rotineira
me sentindo sempre só no meu quarto
trancado pelas paredes atras de mim mesmo.

O voô da gaivota.

Seguindo seu ritmo no fim da estação
tarde vazia, vento frio, solidão

Os olhos ardem com o tempo seco
as lágrimas escorrem sem pedir licença

A pobre gaivota se vai atras de seu bando
sem nome, sem patria, sem ninguem

Onde ao tempo o horizonte vaga
bendita estrada vivida longinqua interminavel

De acordo com o sentido do tempo
em favor do vento que vai sem caminho certo

Pobre gaivota longe de seu bando
no vento frio, sozinha, ar seco

O amor que se vai junto ao tempo
se desfaz em meio ao vento

Nasce na primavera,
se põe no verão...

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Ao amigo.

Ah meu amigo!
das noites adversas
das falsas promessas
dos tropeços juntos
dos amores perdidos...

Ah meu amigo,
meu irmão vindo do acaso
o amor que é construido
de uma forma conjunta
da nostalgia, ao ápice
do finito ao eterno

Meu amigo,
parceiro de confidências
das noites adentro na boemia
das lágrimas no ombro
do consolo numa cadeira de boteco
das cartas arrumadas

Meu amigo,
amo a ti como um irmão
amo a ti como a mim mesmo
ou além de mim ou da minha compreensão
o elo traçado junto ao tempo
das corridas de moleque
das farpas no tempo de escola

Meu amigo,
do bastimo do filho querido
do cantarolar na madrugada
das loucuras por uma face feminina
das mortes amorosas
somente comigo esta tu meu amigo,

Que devoto meus melhores momentos
que anda de maos dadas comigo
a favor do tempo,
velhos amigos, que um dia se vão
mas nossas histórias ficarão
nossas vidas escritas
pelas noites desta vida morrida,
pelas marcas de um elo,
sempre.!

Saravá,

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Musicalmente sexta feira
jazz nos ouvidos
um drink para relaxar
com olhos contemplar
a orquestra dos mudos.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A madrugada do poeta.

A máquina de datilografar
um copo de uísque ao lado
devaneios censurados em minha mente
tudo isso já faz parte do papel
na borda da linha a noite passada
na penultima estrofe os beijos calorosos
no ultimo verso a despedida do adeus,
o ultimo suspiro do poeta,
a ultima pedra de gelo no copo
olhando a janela, indo de encontro ao horizonte
morrendo ao tempo, durante o texto
na madrugada do poeta, infinito anoitecer...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Sem Titulo.

Acertou o amor
corrosivo desejo inefável
transpõe sobre as vestes
cinzas de cigarro da noite anterior
acabaste com o ultimo copo de vinho
emaranhado de desejos
incansáveis despejos ciclicos
naquele pedaço antigo de papel
palavras soltas, do livro morto
das vozes nulas...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Eu.

Criando asas, indo de encontro a imortalidade
o meu eu, não é mais tanto o centro das atenções
o centeio deste chão me faz brotar a cada nova estação
as flores e árvores do jardim respiram melhor
o banho das rochas é mais puro, e o canto do ben-te-vi é mais agudo

Vou nascendo sempre, imutávelmente inconsciente
embriagando-me destas águas que me afogam
me sufocando pelo vento, adornando sob o tempo
caminhos simples de uma forma adversa e paradoxal
o meu descontentamento entoperce as minhas veias

Sou um mutante, sou um pedaço desta terra
sou o amor cego, o sono mudo, o calor surdo
sou raiz, sou semente, sou o trigo, sou o pó
o ultimo suspiro de um poeta, a ultima palavra de um soneto
sou o tudo, dentro desse mundo, sobrevoo o universo...