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segunda-feira, 31 de julho de 2017

Simplicidade da vida.

A minha vida é simples,
Dois minutos de saudade
Aquele beijo inesperado,
Sorriso despretensioso...

Mãos dadas sem querer,
Abraço pra aquecer,
Troca de olhar sem saber,
Coração acelerado sem porque...

Frio (na barriga) no verão,
Boca seca debaixo do chuveiro,
Sensação boa de chocolate,
Abrindo os olhos sem saber aonde...

Sentar sob a areia,
Contemplar o horizonte,
Onde o relógio para,
E o tempo se torna coadjuvante...

No balanço da rede,
Em cada nota musical,
Em cada toque de carinho,
Gratidão por cada segundo que passa...

Pés descalços,
Segurança de quem nunca mais vai embora,
Onde a simples presença supre tudo,
E o amor é essa coisa gostosa de toda hora!



sexta-feira, 28 de julho de 2017

Desabafo do poeta.

O som da tua voz ecoa nos meus ouvidos,
A saudade de cada sorriso, de cada toque,
O beijo que me entorpecia, me congelava,
Cada nota daquela musica, sou você...

Como se voltasse no tempo,
Onde as dancinhas, as nossas comidas,
Aquelas discussões da madrugada,
Os carinhos que não tinham hora de acabar...

As horas deitados juntos,
Os filmes que chorei tanto, 
Aquela bela historia no cinema,
E como eu era antes de você...

Eu só queria uma oportunidade,
Só queria voltar no tempo uma vez,
Só queria que você viesse aqui,
Que você parasse nesse blog, por um instante...

Eu tenho vergonha de te falar,
Não sei como dizer, ou te procurar,
Sei que tudo mudou tanto, e queria tanto que soubesse,
Não sei como fazer, você não sabe mais nada de mim...

Sei que a saudade me condena,
Sou refém de um passado que não volta mais,
Me dói saber que essa historia passou,
E eu não posso e nem consigo mais te demonstrar...

Dos nossos passeios na praia, 
Das caminhadas no inicio, se lembra?
Quando perguntei se tinha certeza,
Quando eu disse que seria dificil...

Você prometeu que não me deixaria,
Me disse tanta coisa, me prometeu não ir embora,
Só queria que soubesse, do fundo do meu coração,
Que eu não consigo te esquecer...

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Nota de agora.

Eu quero sempre sentir essa saudade gostosa, quero sempre amar como a ultima vez, quero sempre viver agora como nunca mais, quero errar de tanto tentar, quero apaixonar todos os dias, quero dizer que te amo a todo momento, quero sentir todas as sensações do mundo, quero gritar quando sentir vontade, quero morrer quando estiver cansado de viver, quero renascer na minha poesia, quero ser do meu eu o mais intenso e visceral possível.
Quero ser tudo, mesmo parecendo ser nada!

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Entre as quatro paredes do meu coração.

Eu já fui muito pretensioso,
Pensei um dia dominar o mundo,
Acreditei que meu abraço,
Cabia em todos os pedaços de cada coração...

Tentei ser o mais forte, (academia que o diga)
Tentei ser o mais bonito (que preguiça lembrar das dietas)
Percorri caminhos talvez inalcançáveis hoje,
Me procurei em cada sorriso que vi...

Chorei de tanta exaustão,
Chorei de tanta gratidão,
Pedi tanto perdão,
Apanhei tanto, e bati tanto também...

Pensava que da vida eu já sabia,
Que onde trilhei já foi suficiente,
Imaginava que o mundo cabia na palma da minha mão,
Gritei de um lugar tão alto, que por pouco não cai no abismo...

Fui muitas vezes a pior parte de mim,
Aprendi que para o conserto, é necessário o sofrimento,
Que depois da tristeza vem a alegria,
Após toda a saudade vem o acalanto...

Hoje eu entendi que não sei ainda de quase nada,
Sou apenas um poeta meio bobo, atrapalhado,
Não sei ainda pra onde exatamente ir, será que é aqui?
Eu só tenho uma certeza, e essa me consola...

Tenho em mim todo o amor, dos vários que eu tive,
Fiquei com a melhor parte deles, e hoje sou tão saudade,
Que cada voz ainda ecoa, e em meio a tristeza,
Fiz da vida retratos, e do coração um enorme mural de retalhos coloridos.








segunda-feira, 17 de julho de 2017

Prelúdio a mulher e poesia.

Na minha nudez, pasmo
Fito sob a linha do tempo
Outrora de um agora que nunca existiu,
Pauso e forço na memória, lapso de mim...

O texto desconexo, a valsa sem um verso,
O vazio, no amago da minha poesia,
E as palavras hoje tão vagas,
São componentes, do meu texto autoral...

Porque foste ó tempo?
Me mergulhaste no mais profundo anseio,
E me tornaste escravo dos meus pensamentos,
Refugias em mim, à lira da minha poesia...

Do toque da mulher amada,
Daquela ainda tão minha, que foste perdida,
Não mais encontrada, mas tão desejada,
Perdão peço aos Deuses, que te levastes de mim...

E no pranto do poeta, das fotografias na estante,
Fico mudo por um instante, furto do tempo um minuto,
E faço de tudo o meu mundo, de tanto te querer,
Fazendo de ti em minha vida, o mais lindo do meu ser...


quinta-feira, 6 de julho de 2017

Nem sempre.

Eu já fiz tantas perguntas...

Já me senti tanto vitima...

Já fui tanto culpado...

Sou sempre tão cobrado...

Tão taxado, e infinitas vezes ignorado...

Poxa, eu tenho todos os sentimentos do mundo...

Que ecoam, berram, gritam muito dentro de mim...

Acordar agradecido, dormir amargurado...

É uma constante na vida deste poeta...

Eu não quero muita coisa (Que coisa?)...

Quero apenas versos de alegria...

Dinheiro para sobreviver com dignidade...

Humildade para reconhecer minhas falhas...

Humanidade para me tornar alguém melhor...

Uma outra alguém para caminhas junto comigo...

Muita resiliência para os momentos tempestuosos...

Muito amor para suportar as intempéries da vida...

E muita vida, para continuar vivendo...

Para os vários recomeços, depois dos ''fins''.


segunda-feira, 3 de julho de 2017

Saudade de ter você aqui comigo.

Ah, se eu pudesse voltar atras...

Se o tempo pudesse ser controlado,
Se as verdades pudessem ser mudadas,
Se todo meu erro pudesse ser consertado,
Cada palavra fora de lugar, sendo reposta...

Em todo esse tempo, tenho vagado
A sombra de mim mesmo, frio,
E cada novo minuto, lapsos daquele tempo,
Numa saudade que não sei onde colocar...

Quando vejo sua foto, quando lembro do seu sorriso,
Quando lembro das suas dancinhas na cozinha,
Quando me recordo das nossas musicas autorais,
Percebo que nada mais fez sentido, e sinto tanto...

Não sei onde te encontrar, te procuro todos os dias,
Tenho você em minhas preces, saio vagando por ai,
E tudo que eu queria era poder olhar nos teus olhos,
E pedir para recomeçar...

Eu me tornei refém de um tempo que não volta mais,
Mudei tanto, e você não esta aqui pra notar isso,
Queria te dizer tanto, queria ter tantas oportunidades perdidas,
Me perco todos os dias quando lembro do teu cheiro, do teu abraço...

Tudo que eu queria era você aqui agora comigo,
Não sei onde anunciar, não sei onde mais gritar a tua procura,
Passei em tantos lugares, tento seguir pelo teu perfume,
Mas sempre acabo sozinho no mesmo lugar...

Essa casa fria sem você gela meu coração,
Me faz ver o céu sempre cinza, sem graça,
Pois de todas as graças, de tudo que eu sempre tive,
Toda a minha alegria vinha de você...

Eu espero que um dia você leia,
Que um dia você volte e apareça,
Estarei sempre aqui, todos os dias, em todas as horas,
Ansioso, esperando você retornar...

(E o poeta acorda, olha pro lado, e não vê ninguém...)