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sábado, 26 de abril de 2008

Préensão!

Longe, nao muito longe,
as permutaçoes instantaneas
contagiante movimento sonoro-teatral
mudam minha instancia, elaboram
autoritario amor, vagando
pelas beiras, sem que queiras de fato
ser meu amigo, infinito cumplice matutino
atingindo sussurros surreais inefaveis
acoplado ajustado, adjunto adverso
palavras figuradas em meu cartaz de versos
perdendo o sentido, ato subliminar
condiz incompreendido mutante irracional
amado voo suspirante sentimental...

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Fora do contexto. (não poético).

A sinfonia ritmica, batimento sincronizado
O sono aguça a curiosidade sobre a morte
O amor da força para viver e acordar
E nesse paradoxo me firmo com este texto
Nao muito convincente...

Nem terço, nem terceto, nem um sexto
Ursurpando do tempo o silencio calmo
Da musica, furtando a melodia
E na valsa ensandecido com meu copo de vinho
E a sinfonia ritmica do tempo nao ousa parar...

A velhice assusta o bandido
É o apice do poeta
O auge lirico do tenor italiano
O eufemismo do amor entre dois
Fragmentos deixados pela vira afora...

Vivendo como uma sinfonia
Proclamando aos quatro ventos o amor
Nao temendo a velhice
Ensandecendo sob a valsa, tomando um copo de vinho
E nesse paradoxo me firmo com este texto,
Nao muito convincente...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

''...desejo apenas ter minha casa de campo
para com ela repousar,
ouvir o canto das cigarras pelo fim da tarde
e a luz viva dos vaga-lumes pelo anoitecer
viver na rede com meus filhos,
descansar de beira ao lago, de canoa namorar
e por fim amar, incondicionalmente...''

domingo, 13 de abril de 2008

Partiste.

Onde estas minha amada
A noite exala teu cheiro claro
A sombra passada me faz ver voce
Na calçada passos prostrados seu
Deixados no horizonte do meu ser
Nas ondas virtuosas do oceano
Espelho da alma, raizes longínquas
Olhar noturno, escurecer diurno
A morte vivida toda nova noite
O renascer entranhado a cada nova chance
A lembrança deixada sob a escrivaninha
O beijo dado no sofa da sala
As maos dadas no despedir entardecido
O amor vagando aguardando a volta
Do olhar teu.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Grito Mudo.

A sandice beira a irracionalidade espiritual
Eutanasia sentimental desplugada ao canal
Que passa por estes fios ciberneticos
E sao entrelaçados a solidão, a aversao, ao caos
O pessimismo nao para de me rodear
Ouço os gritos dos surdos feridos em meio ao tudo
Vejo meu coraçao encolhido em meio a seringa
Utilizada para sentenciar a vida ou a morte
Julgando-se Deus, predestinando a pessoa a algo
Ou bom, ou ruim, ou sim, ou nao
A minha com-ciencia nao permite crer em sentença
Minha vida nao mais seria se tudo acabasse assim
E dos filhos, e dos jardins?
O choro ja faz parte do meu cronograma diario
A esperança me move, como quem carrega nas costas uma montanha
Mas o amor é nossa chama e jamais perdera o calor, a euforia
A alegria, e acima de tudo a fé.

Saravá.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Compreensão.

És minha primavera em tardes fins
És minha jubilosa aurora
O concerto audiovisual focado em raiz
A conotação dada ao triunfo postumo
A poesia lirica em caminho ao parque enfim,
A locução dada ao mudo, ao sentir do surdo
Ao olhar do cego, ao amor em verso...

Marcação.

A fusão entre mim em voce,
O laço ja dado e provado
O tempo abraçando a solidão
A esperança sobrevoando
O amor entre tantos
O corpo uno
A linha correta, o amor completa.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Nosso!

Expressando incondicionalmente
Em um pleno sorriso diurno
Poesia silênciosa no quarto de um hotel
Pausando o tempo, relativamente invariável
Primavera eterna, em meu coração
Desde sempre o único refluxo
O espelho da vida, o calor na alma,
Você!

Noite inacabada.

Presa minha mente,
Presa fácil, não dócil
Comunismo minha sina
Autoritarismo ensandecido
As putas continuam a sambar
As cabrochas continuam a rebolar
Esse sistema me enoja
Os sapatos cheios de sapos
As ruas e seus ratos
Companheiros ratos de calçada
Esgoto urbano, em cada esquina de nossas casas.

Hoje, não sou mais a ''la Fidel''
Prefiro fumar meu charuto em paz e repousar
No campo, sobre as fezes do porco
Ou sentindo a uréia de um cabrito em meu calcanhar
O atrito fecal conturba minha mente
E me faz querer cantar essa modinha marginal
Que os boemios me perdoem
Que os artistas tampem os ouvidos
Meu discurso não hei de acabar
Enquanto isso as putas nao param de sambar
Nesse sambinha que sem fim de acabar
Nesse mundo que enfim vai acabar
No meu quarto, atracado ao meu sonho
Que essa noite não hà de acabar...