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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Morto pela boca.

Preocupemos apenas com nossa morte,
Pois a vida, dos outros ja seriam, desde o inicio,
O que torna o homem tão ansioso por ele mesmo?

Faz-te de ti um escravo da duvida e da curiosidade
Não perdoamos sequer um deslize,
Tudo que é feito se torna julgavel no pior dos sentidos,

O que fizeste ontem é do meu dever saber?
Somos refugiados de nossas ferteis imaginações
Nos tornamos um só, desde que seja conveniente,

O que torna o delirio um fato consumado?
Um caso contado por Maria, que contou para João,
Que no fim da historia, ninguem sabe quem é Maria!

Temos zelo demais pelo que não é nosso,
E o que é nosso, nem sempre tem tanta importancia,
O que é ou vem dos outros, se torna principal,

O que mata o homem não é o que come,
Não é o que bebe, e nem o que se sente,
Somos suicidas pela fala, porque falamos demais,
O que nos é conveniente.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Sem Titulo.

O silêncio as vezes é fundamental,
Se fazer de mudo é uma virtude,
Permitir-se a aceitar é uma dadiva,
Ser simples no sentido amplo,
Doar-se mais a tentar compreender,
Se desprender do teu ego (prepotencia),
Caminhar descalço no chão de terra,
Ao chegar no pico da montanha,
Olhar para o céu sem saber para onde,
E no final do teu percurso agradecer,
E entender que atraves de você,
Eu (e muitos outros) posso ser mais feliz.
Que todo dia seja de alegria, e que amanhã seja melhor que hoje, para que não tenhas saudade e sim ansiedade....

Saravá!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Saudade.

Eu sempre sinto a saudade,
Saudade daquela constante,
Que nada te faz esquecer...

Sinto a saudade da infancia,
Da sola do pé no asfalto,
Do refrigerante no bar da esquina...

Eu sinto a saudade da primeira
Da segunda e da terceira,
Do amor que as devotei por inteiro,

A saudade sem nome proprio,
Olhar-se no espelho e por segundos,
Imaginar-se como seria se não fosse ontem...

Saudade dos amigos que se foram,
Dos sorrisos gratuitos que hoje são lembranças,
Fragmentos de uma vida baseada por saudade,

Uma incessante busca pela identidade,
Sou tudo de um pouco que é a saudade,
Da mesma musica que sempre toca (em mim),

Sou um pouco da saudade sua,
Faço parte tambem da sua (nossa) historia,
Somos ontem de uma vida amanhã...

Sou fruto de uma vida passada,
Amanhã sentirei saudade de hoje,
E ainda quando for, que me lembrem por saudade.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Um pesadelo do Mundo.

O GRITO desesperado de uma criança,
Deixada no chão como saco vazio,
As lagrimas inundam o caminho,

Um homem bomba, vindo do Ocidente
Trazendo no braço um livro e uma bala no coração
Vieram purificar a Terra que precisa de solução,

O mar suicida,
Levando consigo toda sua tristeza e amargura,
Fazendo sua parte e engolindo um pouco de tudo,

Pessoas que são devoradas pela terra,
Que por ainda acreditarem na vida,
Mereceram uma nova chance de viver,

Um passeio pelo mundo, a bordo de 175
Que perde a graça de voar e pede para descançar,
Pois o ar desgasta e ele tambem precisa respirar,

O lado negro do mundo com suas mazelas,
Um certo virus (HIV) que acelera rumo ao gol,
E da a outro Pais a chance de ser campeão,

O mito do ser humano e sua grandeza,
A beleza em toda sua plenitude,
Apenas um devaneio sem sentido,

Apenas...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Canto nos cantos da rua.

Vos suplico que pegue teus pertences e vá,
Siga o vento e nao voltes mais,
Ontem foi seu tempo, hoje o tempo rompeu
Mergulho em teu copo de vinho deixado,
Sou um corpo acabado, com o coração dilacerado,
Tua foto em meu corpo nu, o ultimo momento
Antes do adeus à aquela que foi dona do passado,
Vague por ai com tuas pernas marcadas com meu beijo,
Devote teu tempo perdido ao perdão e cante na penumbra,
Sofra metade do que eu, e verás quão ruim é o inferno,
E no final deste verso, no ultimo suspiro teu,
Ei de lembrar de mim, mais do que nunca.

sábado, 6 de novembro de 2010

Sem Titulo.

Sinto, entorpecido uma pedra no meio do caminho,
Um pouco do meu tempo, num trago de cigarro,
Uma dose de Conhaque porque sinto frio e sede,
Em meus pés à espinhos, que sangra liberdade...

Eu só(oou) grito, no pico de uma montanha,
Livre como uma gaivota que voa sem pensar,
Minha ultima passagem naquele momento,
Em meu peito com a marca da saudade...

A sintonia na mesma intensidade, sinta-se free,
Transite, transmute, transpire, seja gaivota,
Encontre-se atraves do teu olhar...