Páginas

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Pobre Boêmio.

Cantei,
clamei ao mundo meu amor por ti morena,
deusa nua com a pele de seda,
nesta noite boêmia carrego minha cruz
embebedo-me neste bar as três da manhã

Céu sem lua, noite negra solidão
meu coração partido rancoroso por aquele amor
e eu triste boêmio da rua entrelaçado a bebida
que me nostalgia na voz de Nelson Gonçalves,
coração dilacerado pela solidão

E só cantando que afasto do meu coração
a magoa deixada por aquele amor
que me consome e me mata
nesta noite sem fim me entrego
deixando rastro da minha solidão

E eu pobre boêmio deixado com a lua
carrego minha cruz, amor sem cura
morro hoje, afogado em minha voz
abraçado ao meu violão.

Nenhum comentário: