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domingo, 30 de setembro de 2012

XXI

Que seja à vida um eterno momento,
Sempre assim, sem obviedades
Como o luar na noite derradeira,
O sol que reflete o brilho (dos teus olhos)
Eu contemplando a tua beleza,
No tempo, que paira à vida que passa.



segunda-feira, 24 de setembro de 2012

XX

Eu tenho uma necessidade absurda de amar
Uma morte premeditada todas as noites,
Que pela manhã ressurge tão forte e bela
O amor de ontem se torna poesia e saudade,
A euforia do novo que veio pela manhã,
O cantarolar dos pássaros na minha janela, 
Eu, contemplando o amor, à sua formosura,
Dentre o peito, que grita e ecoa no meu coração,
Um amor que não sei de onde, ou se mereço
Ou se padeço, de ale
gria ou de tristeza,
Todos os dias é assim, morro hoje, nasço amanhã,
E o amor vive, feito um turbilhão, causando vida
Me envolvendo, e enlouquecendo, a cada dia...

domingo, 23 de setembro de 2012

XIX

No intimo da minha poesia,
Onde não me vejo, (talvez)
Involuntariamente, não sei
Pode ser teimosia, vai saber
Eu escrevo você, sem querer...







terça-feira, 18 de setembro de 2012

Eu e o Poetinha.

Sabe aqueles dias ''meio assim'',
Onde a saudade ousa vir,
À de vir e amar, assim e a miúde,
E eu me perco com Vinicius,
Procuro minha voz nas tuas linhas,
De repente, não mais que de repente,
Abro os olhos, e a valsa, do adeus,
E os sonetos, que me flertavam à janela,
Eu sozinho, numa derradeira primavera,
Orfeu, sem Eurídice, coisa incompreensível,
Devaneios, em meio, perdido, nas linhas
Da minha poesia, de um sono sem fim... 

Meu mundo sem amor.

O céu seria cinza,
Não haveria brisa,
O tempo morreria,
A estação congelaria,
E o verso seria inverso.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

XVIII

A brisa que paira,
Fito o horizonte,
Ouço sua voz,
Pausa no tempo,
Preso a devaneios,
Lapsos de outrora
Na minha memoria,
Morta de saudade...


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

E se tudo fosse de repente?

Se as flores, cantassem pela manhã,
As arvores, bailarinas do concerto,
O vento, viria como sinfonia,
E tudo ficaria sincronizado...

O abraço no frio inesperado, 
Um beijo ''roubado'', 
Tudo sem querer, ''querendo'',
Com um certo, ''sem rumo'' proposital,

De repente te prendes, 
Se enrola, fitas azuis de seda,
Pés entrelaçados, perdidos no tempo,
E tudo se torna infinito,

O amor, ao de repente,
Ao que se sente, tudo, de nada,
À morte, na noite que surge
Para amanhã, renascer, na saudade...