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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Noite morbida.

O tempo verte encontro ao vento
o medo arrepia na noite de penumbra
segue o rastro marcado pelo suor do meu corpo
seguindo incontrolavelmente o pulso
um desejo maléfico ou algo possante e demoniaco

O grito cru, meio grave ouvido da esquina
a sombra que passa de ninguem que ali havia
o terror sombrio e oculto entorpece o medo
adrenalina pulsante correndo em minha rede sanguinea
quanto mais eu corro, mais o sinto proximo

Quanto mais transpiro ele sente sede
o incontrole sobre mim mesmo me deixa estatico
sem controle sobre nada, fugindo desse desejo malefico
conspiratório e mutavel, sinto o cheiro da besta
preciso correr, preciso voar, fugir, escutar...

Chego em casa,
me olho ao espelho e nao vejo ninguem
corri de mim mesmo, dos demonios que me cercam
do demonio que habita em mim as vezes e que ronda
todos nos sempre, na noite de penumbra
nas mutações instaveis do ser humano que grita por socorro.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Anfetamina.

O minuto no silencio, no centesimo do segundo
segundo? Ou hoje é terça?

A insanidade permeia, beirando o cais
o esteriotipo contradiz com tudo
com todas as minhas calças lee jogadas na cama
acho que vou queimar tudo, inclusive meu caderno
aquele que fica sob a mesa, onde so eu tenho acesso

Acesso, crise ou demencia, sei la o tipo que definiria
sem nexo, ou o exo terceiro, quinto, não sei
sinceramente tudo o que vejo me entristece
mas as vezes tambem tem aquela pitada de sarcasmo
toda poesia construida, desmorona na terceira estrofe

O que vale é ousar, cantar, morrer, amar,

quer saber?!

Sei lá.

Intelécto.

O carrasco nao tem vez
aqui na cidade perdida
das caras falidas
dos moços polidos
nada é de ninguem
e em ninguem nem um vintem

Na casa das moças de cera
o corpo é oco pintado com verniz
o sobre-nome, sob a mesa cria
nas latas de conserva onde boia o morto
contamina o meu intelecto com suas presas faceis

E no esboço do novo dia todos de caras falidas
as aranhas sem teias, cansadas de tanto trabalhar
o volume é estereo, e a minha vida é esteril
tudo de uma forma singular como das pessoas ocas em verniz
sempre nessa simbologia, fazendo uma analogia barata

Em vermes, talvez o Julio Verne entre tambem nesse devaneio
cantando feito um demente, com a cara cheia de pintura em giz
ou com um pedaço de espelho nos olhos refletindo a luz escura
como um poema de Baudelaire, ou uma pintura de Dalí
estou aqui, de certa forma nunca estive nem ai
com o tempo ja fui, devo ir, ou vou até...lá!

Encaminhos...

Diz-me como adorar o tempo de olhos fechados
faça-me rir da solidão sem abraçar a nostalgia
dê-me a coragem de atingir o ponto maximo
sente-se aqui, escreva em meu livro, sorria comigo
vire-se, o cenario esta caindo!

Fazemos entao de conta que nossa vida é feita de giz
e que podemos rabiscar em nosso livro pedacinhos de razão
que podemos limpar com a borracha a solidao
como tudo aqui é um faz de contas,
fazes de mim um dia, ou minutos cheios de alegria e emoção!

Desdobramos como um barquinho feito de papel
a vida é maleavel quando amamos com o coração
e cada verso desenhado com esse nosso giz
representa um pouquinho mais de mim, de voce
o sol tomando conta por alguns minutos da escuridão,

E nosso conto nostalgico em um pedacinho de papel
termina,

ou começa talvez...

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Amando(a)

Se tu me pede e eu te digo
venha para mim amor!

Se eu te canto a canção
que a ti escrevi em meu leito

Se a tua ausencia me culmina
minha amada dos olhos negros

Se por tanto que morri
de nada fez-se verdade a ti

Se o teu perdão é tao dificil
desata-me os nós que fiz

Onde todo o começo e fim
no amor é tudo assim

Minha amada amando (a)
que a ti no amor enlouqueci

De saudade...

domingo, 9 de novembro de 2008

Não à hora agora
não agora nada
logo hora acerca
ceder à hora nora
aurora fora lá
fusor ario ne
sinfonico agora á
na hora ontem foi
longe da morte agora.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Até o final.

Fora da corrente
transcendente
incoerente
inercia informe
corre na minha mente
corpo entorpecente
medo eloquente
sempre.

Indefinição.

Como passado, na cama ou no tempo
tudo termina sempre, no inicio
e neste paralelo me equilibro
sem pensar muito, para nao quebrar meu quadro

No meu quarto, encontro a solidão
traços deixados pelo tempo, desencontrados
um no meio da multidão, retrocesso singular
sem nenhum artista principal

O tempo passa, deixando o aroma seco do relogio nada
eutanasia!

O meu relogio nao para, nao anda, nao corre, nao morre
é infinito, reflexivo e sem nexo
o meu mundo é oco, sem percepções e sem informações
o meu corpo é pouco, sou semente no meio de um todo

Sou vida, verso e prosa...