Onde tantas noites pousei,
E entre tantas liras cantei,
O coração por tanto sofrer cala...
O tempo não é mais meu amigo,
As horas se tornaram açoite,
No relógio só desespero e tristeza,
E no horizonte não vejo mais onde...
De tanto buscar me perdi,
Sai do ritmo não sei mais de mim,
Ouvi tanto o que não sou,
Que hoje vivo delirante...
O coração se perdeu nos compassos,
Hoje tem tanto espaço,
Que meus versos ecoam,
E a razão se tornou minha amante...