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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O par.

Você e eu,
onde está,
aqui ou lá,
versinho só,
de nós nó!

Nó nós lá
lá ou cá
sempre o par
você em mim,
eu em você.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O medo do saber.

Preciso aprender a ser só,
preciso desatar os nós que prendem meus pés
escrever calado, cabeça baixa, sem ninguem porque,
mas fico sem jeito, me acabo em lagrimas,
luto para esconder de mim os problemas que me prendem
que me faz sofrer com o amor, sem saber escutar
a melodia do amar, nao sabendo sempre a ser só,
nunca soube responder, nunca ai aprendi a sonhar só,
semeando o trigo para o pão na manhã
o livro aberto na parte final, lendo do avesso
preciso reagir, e ouvir o coração responder
eu preciso aprender a ser só,
eu preciso aprender a só ser....

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Meu.

Atraves dos meus olhos, consegue ver o que se passa
o tempo para, o vento ecoa teu nome sob as montanhas
eu grito desesperado tentando encontrar em voce, eu mesmo
como se tudo que eu mais tivesse certeza fosse um pesadelo
nao muito bem sucedido, rapido como um assobio,
de pés descalços sobre espinhos, correndo delirante,
uma mente inconsciente, um corpo inconsequente, um mundo só
uma vida inconsistente, que necessita de voce o ar que respira
como uma droga entorpecente que me deixa a deriva de mim mesmo
um sonho pela manhã, o pesadelo ao anoitecer, o inicio e o fim de um laço
o incompreensivel, resumido em fragmentos deixados por você, por mim

Por nós...

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Assim.

Meu erro maior
foi acreditar em mim mesmo
que aqui me vejo em ti
refletindo o paradoxo
palavrinhas no pe do ouvido
em mim remoto descontrole
sem nexo, cantarolando-ei
aqui.
O meu tempo é paralitico.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Embora fuja.

Te procurei, ja era dia e voce nao estava mais sozinha
passei na sua rua ontem de manhã, mas só ouvia sua vizinha
deixei para tras todo o meu começo para viver com voce meu fim (talvez)
a vida me levou para Oriente, mas mesmo assim nao me esqueci de voce
petalas de rosas no meu criado mudo, brincadeira de bem me quer

Será que ainda encontro uma saida, para nosso mundo bem querer?
quanto mais me toco, mais me vejo perto de voce, embora...

A dor seja minha sina, sua vida, minha perseguição junto (fora) a solidão
compartilhe comigo a solidão que ronda meu quarto nessa noite baby,
quanto mais fujo de voce, abro os meus olhos e me encontro preso as cartas
escritas por voce um dia, proximo aquele banco da praça, nosso primeiro encontro

Será que ainda encontro uma saida, para nosso mundo bem querer?

Por mais tempo que passe, ou por mais vezes que me procuro
me vejo novamente em voce, nessa forma viciosa, como se eu me afogasse sempre
em minhas lembranças, no sabor do teu beijo, no sentir do teu abraço
no calor do teu sorriso, do brilho dos meus olhos reluzindo em teus olhos baby,
por mais tempo que passe em meu relogio, me vejo sempre parado em voce...


Versos singelos.

Inexplicavelmente atravessaste meu caminho,
de uma forma meio inconsequente, ou talvez ingenua
trouxeste contigo um holocausto sem fim
assim trazendo um turbilhão de emoções nunca sentidas
habitando em mim, com teus versos singelos
uma poesia inocente, como uma criança brincando no chão
aproveitaste da situação e em mim fez moradia
plantando a cada novo encontro frutos bons, e ruins,
abraçando em mim a solidão e a nostalgia
de quem sofre por um amor sem fim...

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Sambinha de Domingo.

Sambinha no domingo
casa do paconé,
as cabrochas dançando
aquela coisa sensual
sem muito conteudo 
em pleno carnaval
aquele bacanal
uma suruba linguistica
um monte de gente falando
coisas sem sentido
eu embriagado fui ao banheiro
vomitei as minhas entranhas
na casa do paconé
aquela roda de samba 
me cansava, me matava
suicidio coletivo cultural!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

O garoto e a bomba.

Furto ao tempo, instantes passageiros
contendo nestes momentos fugidios
bombas contaminadas de um certo odor
que entorpece todos ao seu redor
carregado ao vento, o fluxo incerto do pó
foste ao vento, a bomba contigo rapaz
que enobrece, ensandece, enaltece
desejo que guia, o pobre demente
com aquela tremenda vontade de acabar
de se contaminar, se embriagar
se escaldar na esquina com seu proprio veneno
garoto curioso, do cabelo meio curto
maquina furiosa perdida em meio ao centro
garoto que carrega contigo o soar da vida,
o sussurro da morte, o calor da alma.