Páginas

domingo, 16 de março de 2008

Sonora.

A força da semente plantada em nossas cabeças
Pelo samba-reggae que toca nos botecos da capital
Meu sistema neo-socio-comunista intriga minha mente
Que o som ecoe sobre as ladeiras belorizontinas
E contamine as pessoas com seu ruído metafórico.

A lua nova chegando grande, levando meu amor
Criança pelada na calçada, aguardando a benção de Jesus
Com os braços abertos como uma cruz banhada de flores
Com o cheiro de amor, com o barulho sentimental familiar
Com o som do reggae em seu coração, profetizando amor.

Deixe o som te dominar, que a fumaça de Marley entranhe,
E te influencie ao samba bom, carregando na essência, a alegria
Adorando a vida, semeando paz, nesse som brasileiro
Vamos todos aprender a amar, sem nada cobrar senão a música
Que passa por essas montanhas, currais, nessas serras desiguais.

Liberdade sonora a todos, ideologia musicada
Passando de horizontes ao montes, levando com a menina
A música reggae-samba bom, com seu novo sistema musical
Levando contigo a paz musical, o amor em forma de chuva
Fumaça de Marley em nossas cabeças...

quarta-feira, 12 de março de 2008

Diario de um quarto vazio.

Posta-se em um Outdoor,
lacunas nao preenchidas,
cigarro enlatado, vapor saboroso
nem Billie, nem Holiday
orquideas assombram meu inverno
coqueteis de vodcka ocupam meu espaço
produto sem lacre , titulo sem contexto
nexo sem eixo, perfazendo meu raciocinio
nao muito mental, foge do senso ocasional
personas indiferentes que fazem de mim
um ser nao só, eutanasia mental
papel higienico, nao muito convincente
nao mais ocupa minha mente,
delirio urbano, pré transital
desligo o som, silencio em decibéis,
fecho a porta do quarto, troco de roupa
coloco uma cueca blue, e uma loçao importada
relaxo em meu leito, fixo meu olhar a parede
e por mais que tente, nao enxergo nada
senao meu coração, dilacerado em meio ao chão.

domingo, 9 de março de 2008

Fuga.

Foge na linha do tempo
junto ao elo sagrado
o amor, ardor, a cor
opaco, sem nexo...

Descalço, entre rios alargados
pobre menino perdido
em meio ao trigo
de onde retrocede ao começo
do começo...

Em direçao aos Polos,
voando sobre as nuvens
atravessando o Mediterraneo
entrelaçado as espinhas angelicais...

Mais proximo do apice
beirando a sandice
de uma forma meio ''transcedental''
abrindo os braços como Cristo
andando onde a espaço,
correndo na asa dos anjos
envolto das costas de Deus...


Dedicado, ao querido amigo Lercinho.
Saravá.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Dia é dia.

De fato um novo dia nasce
e a cada nova aurora um fato
seguido de um ato sentimental
nao muito normal.

Os dias seguirão, do novo
se fez presente, o amor hoje contente
estabelecido, enraizado, por detras
destas montanhas nao muito quietas.

A luz, o sol, o amor, envolta
entrelaçado ao prazer,
solidao nao há, abriram-se as portas do Céu
aguardando a chegada em teu leito.

Que em meus braços tu possas repousar,
que em meus olhos, tu possas espelhar
e que em meu peito, tu possas amar,
e se acabar, e acabar, pela nova aurora
rumo ao mar!

domingo, 2 de março de 2008

Passageiro de um voô sem fim.

Sem mais as Gerais, nem mais fora do cais
meu corpo levita, pensativo em caminhos tortuosos
beirando o pico, nao muito elastico, somente plastico
estatico, sob o ponto maior, envolvente brisa
que pelo rosto insinua levemente a direçao correta
sobre canais do Atlantico, ou pelos Polos colaterais
percorrendo o ultimo canto, no este ou leste
nao importando o tempo, buscando o nada,
abraçando tudo, correndo nas costas de Deus.

Fragmentos.

Me viro do avesso, do avesso, do meu infinito,
furto de casa meus quadros e os armarios
ateio fogo aos livros, que com as lagrimas suspende o fogo
o perfume penetra aos poros, o amor entranhado pela essencia
distinguindo promessas falsas de um poeta falso
custodiando sem preço o amor hoje virado do avesso...