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terça-feira, 28 de maio de 2013

(versinho)

Um versinho fora de hora,
Meu tempo agora pausa,
O enredo é o mesmo,
Eu, que de saudade, padeço. 

Prelúdio à que não vejo.

Hoje não vejo estrelas no céu,
Falta do teu brilho pela janela,
Não sinto o perfume da noite,
Falta da brisa, que vem da tua voz,

Sinto uma tristeza, de mim,
Por não ter uma dose sua hoje,
Na musica não encontro graça,
E nem de graça, faço poesia,

Meu relógio sem ponteiro,
E eu, não fico por inteiro,
Perco espaço, lançado no tempo,
Me sinto sozinho, chato, sem sal,

Hoje é habito, ter você, em mim,
E agora, é assim, não quero fim,
Pausa na lembrança, tua foto,
Me rouba um sorriso, já posso dormir.


domingo, 26 de maio de 2013

Por sentir saudade.

A noite que vem chegando,
Vai aumentando a saudade,
De sentir essa saudade,
Que me envolve, me entorpece...

Vou repetindo as mesmas palavras,
Não tenho outro repertorio,
É usado, rendido, desatino
Onde até eu me canso, do meu canto...

Que enquanto, não te encontro,
Sou saudade, e eu, que em cantos,
Vou levando, e esperando,
A noite, que vem chegando...




sábado, 25 de maio de 2013

À você, que de repente,
Como fitas de seda,
Veio me envolvendo,
E eu, rendido, aceito,
Perdido, tuas fotos, 
Eu, imaginando, tua voz,
Nos meus ouvidos, 
Soltos devaneios,
Porta entre aberta,
E eu, sozinho, sonhando,
Que possa ser, o que eu,
Sempre esperei,
Não só por você,
Também por nós...

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Agradecer.

Coitada de você,
Que de tanto ouvir,
E eu, não saber,
Falo sem querer,
E me perdendo,
Perco a noção
De saber,
E vou falando
E você, coitada
Me ouve,
E eu, sem saber
Se falo mais,
Se falo menos,
Sem querer,
Vou falando
E pra você
Muito obrigado
Porque eu,
Sem ter você
Pra me ouvir
Não iria saber,
Pra quem dizer
E talvez,
Minha tristeza,
Me consumiria
E eu, seria só
Mais um,
Que fala
E fala,
Sem saber...

Silencio derradeiro.

Minha vida reage a simples gestos,
Leves toques, sorrisos gratuitos,
Uma prosa com o senhor na esquina,
O flerte à menina do ponto no ônibus,

Paisagem que fito pela janela do quarto,
O céu que amanhece mais limpo,
As estações que me envolvem,
A vida, que me consome, em sentimentos,

O outro, que sempre é melhor, ou pior,
Meus devaneios noturnos, ensandecidos,
Minhas redundâncias, meu amor voraz,
E o meu encanto, que se entorpece,

E se transforma,

Em poesia.



terça-feira, 14 de maio de 2013

(sem titulo)

Abro os olhos e fito o horizonte,
Nesta derradeira noite de penumbra
Ouço tua voz e sigo de encontro,
Como um trovador, a procura do teu coração...

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Versos e Saudade.

Ah, se meus versos fossem saudade,
Não caberiam em um livro, uma biblioteca,
Tenho toda a saudade do mundo em mim,
E ouso dizer, sem falsa modéstia que sou sim...

Saudade da primavera, da mais bela estação
Do tempo, que passa tão rápido que já passou,
Os sopros nos meus ouvidos, da brisa na janela,
Dos amores que eu teimo em amar, mesmo não,

Das loucuras que fiz pela saudade, por saudade,
Não encontro um termo, se não ela própria,
Que vem sempre quando menos ou mais quero
É minha companheira, seja na alegria, na tristeza,

Ah, meus versos, se fossem, só saudade
Do tempo, que de tempos vem, e permanece,
E me consome, me mata, me vence, convence
Que me faz ser, o melhor ou pior, outra vez.



No silêncio se exprime os melhores versos,
Da saudade, perde se a noção do tempo,
Do coração vem a esperança para o novo,
E nos devaneios, encontramos as respostas.






terça-feira, 7 de maio de 2013

Cafonices.

Ser amor hoje é cafona,
O flerte na fila do pão,
A busca do seu outro eu,
Cada dia menos, mais,

Saudade da simplicidade,
De ser, ser o suficiente,
E o abraço, antes, tão esperado,
Hoje se torna cena só de cinema,

Ama-se o dinheiro, o carro ''zero''
A bunda grande, os ''músculos''
Tudo isso era tão fútil,
Hoje é tão normal como um jornal,

Ser amor hoje é ter,
Ter tudo, mesmo não tendo nada,
Ter, ser, verbos do saber,
E eu, coitado, neste tempo nada sei,

Um poeta, sem dinheiro,
Sem carro ''zero'', sem ''músculos''
Não ser hoje é ser amor,
Pobre de mim, por ser tão cafona,

Por ser tanto amor.








segunda-feira, 6 de maio de 2013

Só nota.

Muitas estórias,
Poucas verdades,

Mudos sorrisos,
O céu cor de cinza,

Alguns momentos,
Perdidos no tempo,

O coração que só ria,
Hoje morre de saudade.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

(sem título).

Porque vieste?
O que fizestes?
Ah, se soubesses,
Como dói ser tanto amor...