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quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Jardim Abandonado.

Caminho, procurando a mim mesmo
neste imenso jardim com rosas amarelas
sentindo o cheiro do campo, a fome da terra

Busco através deste campo minha vida
que se vai a cada novo anoitecer
e se perde toda manhã na imensidão deste jardim

Por onde passo sinto a dor dos espinhos
penetrando em meu corpo de uma forma gentil
sem deixar rastro para a alma abandonada

No jardim abandonado onde tudo não habita
minha alma fugidia, que para não mim sorria
corre de mim, morre em mim, infinitamente.

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