Pensei por oito dias o que escrever.
Caminhei na praia todas as manhãs,
Conversando com meu Pai,
Tentando compreender as fases da vida,
Aceitando que as vezes é melhor não ter razão...
Mas qual é a razão?
Parei por muitos minutos, horas, dias...
Tentei compreender sobre maturidade,
Como a vida e o risco é linha tênue,
Onde paralelo a isso, existimos...
Mas ainda sim, qual é a razão?
Fitei o horizonte, pensei tanto em tudo,
Deu saudade do João, de outrora feliz,
Lembrei de quando cheguei aqui,
Em quantas pessoas não acreditavam em mim...
E o que é crer, e se ter razão? Qual a razão?
Cresci, apanhei muito, chorei tanto...
Lembrei do meu amor que se tornou proibido,
A faísca do poeta, o ponto fraco, sabe?
Onde sinceramente, não sei mais até onde...
Mas e a razão?
Procurei muitas vezes provar minha verdade,
Ansioso, teimoso, as vezes nervoso,
Uma necessidade de mostrar meu lado,
Em vão, fui tolo, e nisso, perdi tanto tempo...
E o tempo, o que é tempo?
Aprendi a duras penas, e aprendo ainda,
Hoje mais calmo, mais velho, nos meus quase quarenta...(risos)
Mas, sem pressa, sem medo, querendo apenas um canto,
Entre tantos, que vieram e se foram, nenhum se fez presente...
Mas e a razão poeta?
Para finalizar, acredito hoje, que a maior razão é ser amor,
É ter um coração generoso, um sorriso bondoso,
Aprendi que não precisa lutar, a vida se encarrega,
Prefiro doar amor agora, porque amanhã...
Não sei mais se estarei aqui.
Amém.