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quarta-feira, 27 de junho de 2012

IX

E diante a tua face, padeci
Meu corpo gélido sucumbiu
O ultimo suspirar, o adeus
Morte anunciada, teu olhar
Escondido, entre os óculos
No sorriso, aparelho,
De repente, furto ao tempo
De repente...

domingo, 24 de junho de 2012

VIII

Nas menores coisas,
Nos mínimos detalhes,
Pequenos versos,
Grandes historias,
Tristezas e alegrias
Desilusões, saudade
Invento meu tempo
Retorno ao passado
Viajo ao futuro
Me perco, inverso
Em prosa e verso,
Sou amor do inicio, ao fim...

quinta-feira, 21 de junho de 2012

VII

Não entendo porquê
Você prefere assim
Sem saber de mim
Entregou os pontos
Virou as costas, e partiu.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

VI

Abrindo a janela,
Fito o horizonte,
Me perco de vista,
Desnudo no tempo,
Rendido a saudade.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Minhas estações.


Caem as folhas de outono,
O verão agora é passado,
A tarde,vai ficando fria
E eu evito andar descalço,

O sol, não tão intenso descansa
As nuves dançam a valsa da poesia
A lua protesta querendo chegar
As flores dormem, com saudade da primavera,

As ruas, desertas, jornal amassado, 
Os bares da cidade cheios, aquecidos
De musica, preferencialmente jazz
O rum entorpecendo corações,

Da mesa grita o poeta:
- Amor, poesia, musica e saudade,

Todos ao redor reverenciam aquele momento,
Comunhão, incomum, ''ah o outono que chegou''
O seu tempo nublado, cinza, de nostalgia
Traz para perto, se/ou para longe

Sento-me, ouço aquela musica,
Peço uma dose de rum, o som do saxofone
A voz rouca do cantor, bebado, de saudade
Uma saudade, aquela que chega de repente

Sim, sou também de estações,
Quando o outono vem, não é frio como inverno,
Nem tão quente e intenso como verão
Não doce como a primavera; é seco, como o vinho,

Tempos de devaneios, desconexos, inversos,
Que você não entende muito bem,
Não ama, mas quer amar, mas sofre
É seco, amargo, aguardando a primavera chegar

Conto os dias, os minutos, os segundos
Cada novo sol, olho as flores, dormindo
Sinto saudade, da primavera, do sorriso das rosas
E do amor,que eu sei que virá naquela estação,

Dai acordei, nessa mesa de bar,
Ao som de Billie Holiday, rendi aos pensamentos,
Vazio, me senti, frágil, como uma folha que cai,
É momento de esperar, mudar a estação, enfim amar...

V

Minha saudade é inverno
Minha esperança é verão
Eu hoje, no outono
Atemporal, me perco
E padeço, diante as estações.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

IV

Valsinha da noite
Dança sem espaço
Verso fora do compasso
Meu coração embriagado
De saudade, da saudade.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

III

As vezes é melhor assim,
Só o silêncio da noite,
Cheiro de asfalto comido,
A lua com seu olhar sereno,
E eu sozinho, me rendo a saudade.

terça-feira, 5 de junho de 2012

II

Aquele momento
Aquele sorriso
A brisa, ironiza
Pausa o relógio
Brinca com o tempo
Por toda a eternidade.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

I

Que não seja tempo
Que seja esperança
Que me enlouqueça
E que de amor, padeça.

Eu e a saudade.

A noite você volta,
De repente, assim
Assusta a gente,
Nós dois, a sós
Eu e você, musica
Lembranças, um dia
Um verso, sorrisos
Vontade, de novo
Quero tanto, querer
E me ver, em você
Recomeçar, e amar
Eu e você, sempre
A saudade derradeira,
Companheira, amiga
Me traz de volta
O amor, que sinto
Ela, que não sei ainda,
Que meu coração espera,
Na saudade, minha saudade
De amar, pela saudade
De um ''nós'', que só eu sei....