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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Saudade, de saudade.

Eu sou saudade,
Decidido, fato,
O amor do mundo
Nestes versos,
Fora de nexo,
Sou do passado,
Sem futuro,
Do presente,
Apenas lembranças...

Eu sou saudade,
De você e de mim,
Noites de alegria
Longe da nostalgia
Tempo que não existia
Era feliz e não sabia
Meus ouvidos, te sentia
E de tanto que te ouvia
Meu coração se calou...

Eu sou saudade
Da grama verde,
Das praças, das viagens
O percurso noturno
A brisa, adornando
Os lapsos de ''loucura''
As piadas fora de hora
O sentir doce dos teus lábios
De ser apaixonado...

Eu sou saudade,
Da saudade, de saudade, de amar
Atemporal, sentenciado
Desde sempre, um simples verso
Clichê, dramático e redundante
Eu sou poeta, sou frágil
Das palavras a minha armadura
E do sentimento, minha cura
As lembranças, viram presente
E hoje transcendo na saudade.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Antologicamente cinco.

Escrevo neste blog a cinco anos,
Começou sem saber porque,
E ainda não sei muito a razão disso,
Neste espaço já sorri, já chorei
Vivi todo o amor do mundo aqui
Sonhei, intensamente senti
E eu ainda me defino assim,
Mas as coisas vão acontecendo
E eu vou me perdendo, me encontrando
Renascendo na poesia, todos os dias
Minha lira, minha bossa, minha valsa
Eu aqui não sou nada, apenas palavras
Amor por tudo o que eu tenho e tive
Um preludio a saudade, que me consome
Tentando não ser repetitivo, sendo,
O amor é o mesmo sempre, só muda o tema
A primavera é a mesma, as cores, as flores
Necessidade de amar, ainda que sozinho
Sendo vitima deste meu lirismo descontrolado
Eu não escrevo poesia, não sei as regras
Não sei muito o sentido das palavras,
Os acentos fora de hora, as rimas perdidas
A insensatez, deste coração sem cuidado
E a minha mania de pegar frase dos outros
O mesmo começo sempre, o mesmo fim
Enfim, minha vida é assim, repetição
Em versos, inversos, incoerente e cansativo.

Monologo II.

A vida, caminhando fora de ritmo
Descompassado, a passos largos
E o coração se entorpece de saudade

O relógio não para, na sequencia,
E eu sem muita paciência, me perco
Me entrego as inconsequências,

Minha estrada mudou de rumo
E nas curvas entortei
Perdi o foco e mudei, e chorei

Fiquei fora de mim, ensandecido
E a valsa não para de tocar
Ouço o som do piano, no fundo

Aqui não é tela de cinema,
E nem mesmo um poema, incerteza
Uma vida real, fora do normal,

Este mundo, de notas musicais
Palavras por todos os lados
E o amor que vai partindo,

Como uma rosa, que vai murchando
O ciclo dela, um suicídio lirico
Morre para renascer em outro jardim,

Meu amor, o meu jardim, assim
Ah, meu amor, meu jardim, saudade de mim,
De um tempo sem fim, onde tudo era eterno,

Onde as manhãs eram de poesia,
As tardes de musica,
E as noites de saudade,

Ah, meu amor, descompassado, do avesso
Perdido, sentindo-se vazio, pobre amor
De tantas noites mal dormidas,

Este amor que sentencia
Que me tira a harmonia, traz a nostalgia
Uma saudade da saudade, de antes,

Um monologo, sem Orfeu e Eurídice,
Uma nota, sem valsa, sem verso
Inverso, em todos os aspectos,

Um amor, sem sentido, ou ser sentido
Um sentimento proibido, tardio
Noites derradeiras, infinitas em nós dois.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Um, dois e três...

O tempo
Não para

Paramos
no tempo

Sujeito
a ele

Cansamos
esperar

Meu relógio
parou

Eu esperei
uma vida

O que sei?
nada

Só se sabe
mais tarde

A vida
te fita

Com seda
espinhos

Mas saiba
saudade

Foges de mim
não volte

O tempo
passa

Eu passei
você

Até agora
um dia

Uma serenata
Adeus.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Acostumar.

A muito tempo sou acostumado com você,
Com nossas conversas a noite, as risadas
As briguinhas fora de hora, as saudades
Aquele frio na barriga esperando você ligar
Foi assim durante um ano, todos os dias
E agora a realidade mudou, o telefone não toca
E eu tenho que me acostumar, infelizmente
Sinto sua falta, chega a doer, mas fazer o que?
Venho me adequando, buscando alternativas
Sei lá, tentando ocupar meu tempo, até dormir,
E vai ser assim, até tudo mudar, e acabar, ou não?
Eu vou esperar, confiar em Deus, e ver no que vai dar,
Você sabe o que espero, mas agora vou deixar
E se quiser me procurar, sabe onde me encontrar
Pode ter certeza, que estou a esperar, você me retornar,
Ouvir a sua voz, dar risadas, brigar, e sonhar
E te amar, e amar, até o fim de nossas vidas...

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Peças.

Hoje não é poesia.

Eu provei de algo estes dias que não posso deixar de transmitir a todas as pessoas. Eu por muitos anos, não aceitava Deus, não acreditava nele, e poderia me considerar um ateu. Eu nunca acreditava no que eu ouvia, no que diziam. E pode pra você parecer um discurso de gente bitolada, de pessoa fanática, pra você pode ser. Eu entendo, porque eu era assim. E eu vi que Deus existe meu amigo, com toda a intensidade que eu pude provar dele, meu cálice transbordou, e o que mais me chocou é que eu senti de verdade, eu pude ver, sentir a sua presença. Não quero convencer você de nada, só quero te mostrar, que podemos estar errados, como eu vivi muito tempo. Pensar, ''e se ele realmente existir?''. Se você fizer essa reflexão meu amigo, e se permitir não só pensar, mas sentir, pode crer que você sentira. Eu sempre tive todo o amor do mundo, e não entendia muito o porque, me fazia sofrer tanto, me fez cair tantas vezes, e eu nunca entendia o porque. Mas hoje eu sei que eu tenho esse amor todo, porque ele não é só para uma mulher e para mim ele é para todas as pessoas no mundo que perecem, que precisam de amor, e eu tenho esse amor. Eu convivi com pessoas de todos os estilos, pessoas que aos seus olhos, nunca seria uma pessoa que ama Deus, e elas amam, não se julga pela aparência, pelo jeito, se julga pelas atitudes. Eu falei muito, durante muito tempo eu só falei, e percebi que de palavras o mundo esta cheio, precisamos de atitudes. Vamos mudar o mundo, o mundo da sua rua, da sua casa, do seu quarteirão, do seu quarto, reflita, LIBERTE-SE!

Eu tirei a venda dos meus olhos, e te falo, eu sou feliz. Posso não ter tudo o que eu quero, posso não estar agora ao lado da mulher que eu mais amo nesse mundo, mas eu descanso, eu durmo em paz, porque eu tenho uma motivação, porque eu tenho um amigo que me ouve, que sente por mim, incondicionalmente. E ele vai me ajudar, a tudo acabar bem, e eu creio que tudo acabara bem, e se eu posso, você pode também camarada, você pode também. Vamos dar as mãos, abraçar o mundo, e fazer dele um lugar melhor. Vamos a Africa, vamos a Índia, vamos a Russia, vamos buscar L-I-B-E-R-D-A-D-E.

Que Deus abençoe vocês!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Eu te amo.

A paz do amor sereno,
Jubiloso, brando, quieto,
O sorriso de sempre
Olhar profundo, atrevido
A certeza na certeza
Sob a sombra de uma arvore,
Espantar as tristezas,
Cantarolar, parodiar, sussurrar,
Ou de repente, um repente
Aqueles cordéis do seu Lunga,
Um Dragão que não é do Mar,
Ou o Mamute, com sua sonolência
O choro, no sofá, nosso divã
Na madrugada juras de amor,
E na despedida, o firmamento,
Selando ali a eternidade,
Sua chegada, confusão, euforia
E quem diria, eu que tanto sabia
Ou achava que sabia, me perdia
E quase te perdi, me perdendo
Por um medo, de ter medo
Mas o resgate, os anjos no céu
Sinfonia ouvida por nós
A intervenção de Deus,
E tudo novamente voltou
A paz, o amor, a comunhão
Saudade, de verdade
Vontade de ser seu sempre,
Este sentimento incondicional
Além do amor, além de mim
Eternizado por nós...

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

sábado, 4 de fevereiro de 2012

II

Venho de um tempo, onde o relógio andava mais devagar
Sou de uma vida, que não tem muito apego no material
Eu nasci em uma época que não se fala mais dela
Não, eu não estou falando de um ano especifico,
O que é nascer pra você?

Eu não sou preso a conveniências, nem ao comodismo barato,
Quebro a minha cara todos os dias se necessário, mas afirmo
Não me prendo nem me rendo, a valores que não são de mim
Eu sou amor cara, não entende isso? Que se dane o resto!

Eu a partir de hoje quero me cercar somente de amor
Que seja ele, minha unica companhia, que seja
Eu nunca fui de ter muitos amigos mesmo, se não aqui
Com meus devaneios, minhas poesias, minhas doses de saudade,

Meu texto esta lirico demais, não queria poesia hoje,
Eu quero na verdade, é ser a verdade, todos os dias
E que sejam para mim verdade também, e pode ser redundante
Quero poder, poder fazer as coisas de uma maneira instantânea,

Eu quero amar todo o mundo, quero que todos entendam
Que o amor é atrelado a vida, e os dois devem se casar
Esqueçam as conveniências, vivam, repousem no seu amor
Adornem o tempo, exalem sentimento, sejam amores,

Eu tenho Deus, que me guia nos caminhos difíceis,
Meu refugio nos momentos de desespero, meu acalanto
Mas cara, você precisa se amar, e amar também sabia?
Vamos acordar todos os dias, prontos para os recomeços,

Eu na verdade, nunca sei porque começo a escrever,
Vou indo, e quando me dou conta, ja me perdi
Ou me encontrei, vai da lógica de cada um,
Mas garanto, que eu sou intenso até aqui, sem limites,

Eu quero gritar, sair correndo, desbravar o mundo
Ser um combatente do bem, do amor, poeta da saudade
Do tempo, ou do meu tempo, que nunca existiu (será?)
Eu quero ser o melhor de mim, não por mim, mas por nós!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Brincar de viver.

O vento paira sobre a noite,
Olho pela janela, te buscando
O tempo para naquele momento
E só existe ali o meu olhar
Desesperado a procura do teu

Saio pela calçada, descalço
Buscando o seu olhar
A cada raio de luz uma esperança
Minha fé sendo renovada
Amparada pela força que vem de Deus

Estamos sentenciados pelo tempo
O fim, todos nós sabemos
Cabe a você, e eu, fazer do presente
Um sempre presente, para nós dois
E fazer da vida uma doce brincadeira

Pensar demais nem sempre é certo,
Vamos fazer dos sonhos realidade
Da vida um longo jardim e das dificuldades,
Aqueles banquinhos que a gente senta
Diante de uma lagoa bem bonita no fim do dia,

Somos um turbilhão de sentimentos
De devaneios insanos, inseguros e insensatos
Somos a cólera, mas somos a cura também,
Façamos do universo um longo campo
E vamos caminhar sob as estrelas, sorrindo

Vamos brincar de ser crianças
Sorrir sem se pedir, e chorar de tanto rir
Vamos espantar a tristeza, adorar com a alegria
Seremos musica, todos os dias, e noites
E de madrugada o silêncio virá nos ninar


Vamos sussurrar nos ouvidos ''eu te amo''
Me dê sua mão, a união nos blinda de todo mal
Vamos ser todos os amores do mundo
Devemos ser tudo e nada, vamos ser atemporais
E brincar de não contar, porque viver não é conta
Viver é ser, sem querer, e sem se ser.

Retorno.

Eu quero tudo de volta no lugar,
Quero as fotos, da estante
Sentir o mesmo cheiro do perfume
Acordar com o mesmo sorriso,
Sentir a saudade todos os dias
Morrer a noite, e renascer de dia,

Quero minhas coisas de volta,
Não conheço este lugar inabitável
Meu coração era uma Fortaleza
E ele vem sendo machucado,
As batalhas são difíceis, cruéis,
Venho sendo um gladiador, sozinho

Eu quero as coisas que não voltam mais,
Sinto necessidade do que não vai ser
Me sinto as vezes perdido, sem caminhos,
Encontrei no meu percurso um desvio e cai,
Me condenei naquele trecho, turbulento
E não consigo mais sair dele,

Seria demais querer voltar um pouco no tempo?
Ou se não o tempo, querer as mesmas coisas
O mesmo sorriso, o mesmo carinho, aquele amor
Sinto saudade daquele amor que cativava,
Que me fazia sentir o homem mais especial
E hoje, eu não sei, ou se sei, não quero saber,

O que eu sei, é que eu sou amor, só amor
Eu não sei de ninguém além de mim,
E eu morro todos os dias por amor,
Renasço amando, e meu ciclo é este
Mas ainda sim, queria tudo de volta
Aquela magia, envolvente, além do decifrável,

Eu vou procurar, vou fazer minha parte,
Mas nesta jornada não se anda sozinho
E espero no fim, encontrar tudo de volta
E que tudo volte a ser como antes,
Que volte a ser poesia, musica, vida e amor,
Que volte a ser eterno, que volte a ser incondicional!