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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Uma linha.

Linha inversa, desconexa, dê saudade
Um minuto, uma vida, lapso de tempo
Pausa no que se refere, indefinido
Fechar os olhos, transcender, submergir,
Sentir por alguns momentos aquela euforia,
Uma falta do querer, e não porque, de repente
Se depara com a verdade e ''vê'' que talvez
Tudo não passa de devaneio, de insensatez,
Que no fim, tudo se transforma em uma linha.

sábado, 19 de maio de 2012

O frio.

O frio, que me remete a nostalgia,
Me faz caminhar, na penumbra,
Traz sonhos antigos a tona,
Meu tempo, varias nuances
Eu, com minha teimosia,
Penso, que tudo ainda é tempo
Que dá tempo, dá-se ao tempo
E no primeiro piscar de olhos
Tudo volta ao ''normal''
Como um deja vu insano
Me equilibro nos devaneios
Modifico minha poesia
Tropeço na valsa, e o frio
O inverno que congela corações
Acaba traindo o amor, carente
Eu, poeta sozinho, me sinto nu
Sem um porém, um porque, pra que?
A unica coisa que sinto agora é frio
Na alma, pesada, dor de saudade
Por essa saudade que eu não sei
Ou se sei, finjo não entender.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

No meu trabalho.


Na minha mesa, hoje, ainda tardo
Repouso sobre a bancada, suspiro
Me perco em meio, devaneios,
Olho a porta, a tua espera,

Ah, esta porta, onde contemplo,
Não me contenho, todo momento
Corre meu olhar a espera, dela
Da qual não sei o nome, só sei o verso,

Não sei se ela me nota, se me vê aqui,
Se sabe que fico toda a tarde a esperar,
Olhando aquela porta, que se constrange
Se sente nua, tamanha a minha vontade,

Eu sinceramente não sei, se sei,
A timidez do poeta, da realidade
Me escondo na poesia, da minha vida,
Te espero, olho a porta, até a hora que chegar.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Brevidade.

No frio, um suspiro breve, rompendo o tempo,
Ultrapassando o limite, sem ser óbvio,
Sou eu tomando as horas do relógio, 
Como um medicamento sem prescrição, 
Vou corrompendo, o meu medo, de esperar,
E acreditar, que amanhã tudo poderá ser diferente. 

domingo, 13 de maio de 2012

Ser, sempre, desde sempre.

Uma expressão, fala, falha
Jogo de palavras, silábicas,
Voz rouca, inconsciente,
Que atinge a minha mente,

E me torna inconsequente,
Faz pensar, em amar,
E sei lá, sabe-se se lá,
É algo o que eu penso,

Viajo, descompasso,
E me embriago, tua musica
Meus ouvidos, que são seus
E minhas orações se repetem,

Não sei se você existe,
Ou se eu existo em você,
Muita coisa ainda não se sabe
Sei do meu amor, que sou amor,

Muito além de você, já sou amor,
Venho sendo, desde sempre
Desde o primeiro ''sempre'',
E assim venho sentenciado a amar,

Não por ser você,
Porque ainda não sei,
Eu sou assim, nasci assim,
E já aceitei esta condição,

Não me contento com o que tenho,
Quero mais, quero amar, até o fim
Até meu ultimo suspirar,
Quero ser amor antes de ''desde'',

E assim, vou vivendo, sendo,
Este ser que quer ser, amor
Em todos os momentos,
Por todas as fases, frases, da vida.

sábado, 12 de maio de 2012

Ah..a saudade.

Ela aparece, querendo sem querer,
E eu, quando vejo, percebo
Que da solidão não se esconde
E que nela, habito.

Eu já tentei, não querer saber
Nem entender, porque, pra que?
Mas o amor, eu sou amor
Em cada letra, que escrevo.

Pessoas vem, vêem, e vão
E eu, como sempre, sempre
Saudade, sozinho, na musica
No verso, repetido, de verso.

E a vida vai assim, 
Mais um texto, uma musica
Uma flor, no meu jardim
Vou cultivando, adornando.

Eu gosto das palavras,
Nelas me expresso, me entrego
Me divirto, me derreto, entorpeço
E padeço, ainda, que não mereço.

E a saudade (pausa)
Ah, a saudade é como o vento
Que em momentos (lapsos) para
Mas sempre prevalece, sempre...

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Desentendimento.

Muita coisa não se entende o porque,
As vezes, é melhor não saber mesmo
Eu luto, reluto, penso, espremo, extremo,
Não quero querer aquilo, e acontece
Parece que não é pra ser, e eu teimoso
Não sei se pela saudade de sentir,
Se pela vontade de saber se é sentir
E assim vai indo, inseguro, sem querer
Ou por querer, querendo não saber
E eu vou assim, sem entender, 
Meio que entendendo, sabe-se lá
Ou pode ser aqui, na minha frente
Na sua frente, e as vezes,
Quem não vê é você, ou você vê?
Pois é, eu não sei, tenho medo de saber
Medo de entender, e não ser
O que tanto quero que seja, e assim,
Tudo cair, mas não sei, pode ser
As coisas são assim, consequências,
Não posso lutar por algo que,
As vezes não é por mim, ou pra mim
É pra você, seria assim, porque?
Eu não entendo muito, melhor deixar
E pedir a Deus, que uma hora,
No tempo Dele, tudo se resolva
Uma coisa só eu sei, que é ruim
Ruim não saber, o que se sabe
O que o coração grita, morre,
Na saudade, da saudade, por assim
Não ser, se saber, se é pra ser...