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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Um velho, novo!

Tanto, que era antes o meu tempo,
E agora, cada segundo, envelhece,
Entristece, padece, e carece,
De sorrisos e sonetos pela manhã...

As estações agora duram tanto,
Que anseio tanto, a primavera,
E de tanto, exclamo, o porque,
Te espero tanto, se continuo só!

À vida, em relação com o céu,
Atemporal, segue destemperado,
E o coração latente, indolente,
Ainda ousa em não calar,

Ouço cada batida, sem sintonia,
E os versos, hoje tão velhos,
Que já não mais se ouve falar,
Em meu jardim, perpetuo outono...