Páginas

terça-feira, 1 de abril de 2008

Noite inacabada.

Presa minha mente,
Presa fácil, não dócil
Comunismo minha sina
Autoritarismo ensandecido
As putas continuam a sambar
As cabrochas continuam a rebolar
Esse sistema me enoja
Os sapatos cheios de sapos
As ruas e seus ratos
Companheiros ratos de calçada
Esgoto urbano, em cada esquina de nossas casas.

Hoje, não sou mais a ''la Fidel''
Prefiro fumar meu charuto em paz e repousar
No campo, sobre as fezes do porco
Ou sentindo a uréia de um cabrito em meu calcanhar
O atrito fecal conturba minha mente
E me faz querer cantar essa modinha marginal
Que os boemios me perdoem
Que os artistas tampem os ouvidos
Meu discurso não hei de acabar
Enquanto isso as putas nao param de sambar
Nesse sambinha que sem fim de acabar
Nesse mundo que enfim vai acabar
No meu quarto, atracado ao meu sonho
Que essa noite não hà de acabar...

Nenhum comentário: