Tudo tenta ser diferente, mas é sempre, igual.

Eu tento, e não consigo,

Já percorri meio mundo,

Atravessei diversos caminhos,

Fitei horizontes...

Mas tudo me leva de volta pra você!

É estranho, dolorido, e cruel,

Porque no inicio, já sei o fim,

E acabo assim,

Onde tudo me devolve à você.

Hoje parece castigo,

Uma morte não morrida,

Um verso inacabado,

Uma história indefinida.

Onde todos os meus passos,

São parecidos,

E em tudo que vejo,

Me remete à você.

É triste um amor assim,

De tão proveito teria,

E por pouco não se teve,

Fazendo do eterno, o fim...

Sua primeira bicicleta.

Meu filho João,

Hoje te dei sua primeira bicicleta,

Aquela que você (quando for velho) vai lembrar,

Sabe?

Eu tento não pensar muito na distancia,

Me perdoe as discordancias,

Seu pai é mole, chora atoa,

E tem dias que não aguenta de saudade...

Queria ter montado ela com você,

Ver seu primeiro tropeçar,

Rirmos juntos do tombo sem graça,

Te abraçar, pra voce sentir que esta tudo bem...

A vida muitas vezes não é justa meu filho,

E pelas nossas escolhas, a gente se perde,

E de tanto me perder neste tempo,

Tudo que eu queria era te encontrar...

É sua primeira bicicleta,

Ainda teremos um longo caminho para percorrer,

E isso me acalma (um pouco), e me afaga,

Pra sentir menos a dor, da distancia...

Eu te amo meu João,

Meu filho tão estimado, e querido,

E num futuro quando ler este texto,

Sinta meu toque, meu abraço, e meu sorriso.

Até breve,

Beijos do papai.