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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Monologo II.

A vida, caminhando fora de ritmo
Descompassado, a passos largos
E o coração se entorpece de saudade

O relógio não para, na sequencia,
E eu sem muita paciência, me perco
Me entrego as inconsequências,

Minha estrada mudou de rumo
E nas curvas entortei
Perdi o foco e mudei, e chorei

Fiquei fora de mim, ensandecido
E a valsa não para de tocar
Ouço o som do piano, no fundo

Aqui não é tela de cinema,
E nem mesmo um poema, incerteza
Uma vida real, fora do normal,

Este mundo, de notas musicais
Palavras por todos os lados
E o amor que vai partindo,

Como uma rosa, que vai murchando
O ciclo dela, um suicídio lirico
Morre para renascer em outro jardim,

Meu amor, o meu jardim, assim
Ah, meu amor, meu jardim, saudade de mim,
De um tempo sem fim, onde tudo era eterno,

Onde as manhãs eram de poesia,
As tardes de musica,
E as noites de saudade,

Ah, meu amor, descompassado, do avesso
Perdido, sentindo-se vazio, pobre amor
De tantas noites mal dormidas,

Este amor que sentencia
Que me tira a harmonia, traz a nostalgia
Uma saudade da saudade, de antes,

Um monologo, sem Orfeu e Eurídice,
Uma nota, sem valsa, sem verso
Inverso, em todos os aspectos,

Um amor, sem sentido, ou ser sentido
Um sentimento proibido, tardio
Noites derradeiras, infinitas em nós dois.

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