A vida, caminhando fora de ritmo
Descompassado, a passos largos
E o coração se entorpece de saudade
O relógio não para, na sequencia,
E eu sem muita paciência, me perco
Me entrego as inconsequências,
Minha estrada mudou de rumo
E nas curvas entortei
Perdi o foco e mudei, e chorei
Fiquei fora de mim, ensandecido
E a valsa não para de tocar
Ouço o som do piano, no fundo
Aqui não é tela de cinema,
E nem mesmo um poema, incerteza
Uma vida real, fora do normal,
Este mundo, de notas musicais
Palavras por todos os lados
E o amor que vai partindo,
Como uma rosa, que vai murchando
O ciclo dela, um suicídio lirico
Morre para renascer em outro jardim,
Meu amor, o meu jardim, assim
Ah, meu amor, meu jardim, saudade de mim,
De um tempo sem fim, onde tudo era eterno,
Onde as manhãs eram de poesia,
As tardes de musica,
E as noites de saudade,
Ah, meu amor, descompassado, do avesso
Perdido, sentindo-se vazio, pobre amor
De tantas noites mal dormidas,
Este amor que sentencia
Que me tira a harmonia, traz a nostalgia
Uma saudade da saudade, de antes,
Um monologo, sem Orfeu e Eurídice,
Uma nota, sem valsa, sem verso
Inverso, em todos os aspectos,
Um amor, sem sentido, ou ser sentido
Um sentimento proibido, tardio
Noites derradeiras, infinitas em nós dois.
Nenhum comentário:
Postar um comentário