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quinta-feira, 1 de março de 2012

Terceiro dia.

As madrugadas não tem mais a mesma graça
Os sonhos derradeiros, a insonia, tudo
Nada mais tem a mesma beleza, mudo
As melodias, sempre as mesmas notas
As flores, até elas não tem a mesma cor
E meu jardim, que era florido, murchou
As serenatas, se tornaram do adeus,
E os meus prelúdios a mulher amada
Foram parar naquela caixa, de cima do armário,
E as fotos, da estante, hoje são saudade
A primavera virou inverno, as estações se foram
As minhas poesias, liricas, de amor, por amor
Hoje são recortes, pagina de um livro colorido
E eu venho assim, em cortes, me recompondo
Com a esperança de amar, e ser amado, e sentir
Meu canto hoje é triste, minha vida é saudade
E me escondo, por ai, sem saber para onde ir
Buscando meu caminho, voltar para casa (amor)
Vivendo, um dia de cada vez, uma nova poesia
E fazendo assim da minha vida, reflexos
De uma noite, de uma tarde, de um dia de sol
O cheiro do mar, as tapiocas, o Mamute
Lapsos de beleza, de tristeza, e de saudade.

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