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segunda-feira, 24 de julho de 2017

Entre as quatro paredes do meu coração.

Eu já fui muito pretensioso,
Pensei um dia dominar o mundo,
Acreditei que meu abraço,
Cabia em todos os pedaços de cada coração...

Tentei ser o mais forte, (academia que o diga)
Tentei ser o mais bonito (que preguiça lembrar das dietas)
Percorri caminhos talvez inalcançáveis hoje,
Me procurei em cada sorriso que vi...

Chorei de tanta exaustão,
Chorei de tanta gratidão,
Pedi tanto perdão,
Apanhei tanto, e bati tanto também...

Pensava que da vida eu já sabia,
Que onde trilhei já foi suficiente,
Imaginava que o mundo cabia na palma da minha mão,
Gritei de um lugar tão alto, que por pouco não cai no abismo...

Fui muitas vezes a pior parte de mim,
Aprendi que para o conserto, é necessário o sofrimento,
Que depois da tristeza vem a alegria,
Após toda a saudade vem o acalanto...

Hoje eu entendi que não sei ainda de quase nada,
Sou apenas um poeta meio bobo, atrapalhado,
Não sei ainda pra onde exatamente ir, será que é aqui?
Eu só tenho uma certeza, e essa me consola...

Tenho em mim todo o amor, dos vários que eu tive,
Fiquei com a melhor parte deles, e hoje sou tão saudade,
Que cada voz ainda ecoa, e em meio a tristeza,
Fiz da vida retratos, e do coração um enorme mural de retalhos coloridos.








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