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quarta-feira, 29 de abril de 2020

A minha forma mais bonita de amar...

Eu tenho olhado muito para as nuvens,
Vejo aquela dança, tão despretensiosa,
Que vagamente vai me levando,
E quando me espanto, já fui...

Nesta vida que tem me ensinado tanto,
Em todo pranto, tenho me feito mais gente,
Tenho entendido que a vida é tão simples,
Que com toda essa simplicidade, nos perdemos...

Eu que já amei e pensei que havia morrido,
Mas sempre o tempo passa, as vezes tão depressa,
Que até os ventos mais fortes, cessam,
E daquela fonte que jorra no coração, faz se a calmaria...

Tudo vem do que se vê, do que se sente,
Uns querem ter dinheiro, outros querem apenas ser,
E nesta busca de desejos individuais, a gente pensa,
Acha que sabe, e por tanto achar, perde se tanto...

As pessoas vem e vão, e posso te assegurar disso,
Eu que pensei, que sabia de tudo, e hoje, o que sou?
Talvez pouco para alguns, suficiente para outros,
Mas na poesia, ah, isso sou demais...

(pausa)

E enquanto eu percorri vários caminhos,
Dos tantos combates que enfrentei,
Me tornei mais forte, e hoje minha luta,
Faz se nas palavras, como um velho trovador...

Eu hoje entendo que a atração, é emoção,
Embora para alguns seja na base do ter,
Eu não acredito, eu acho que somos,
Por tanto ser, nos tornamos um, através de dois...

O amor não morre, ele adormece, ele matura,
Se hoje não foi, amanhã à de vir, e será,
A mais nova forma do nosso ser,
Florescendo no nosso campo, onde tudo é começo...

O amor é a chance, de nos renovar,
É forma mais pura e imaculada de encontrar esperança,
Onde não existe tempo, nem medo, nem fim,
Mas eu paro, e reparo, e a cada compasso, me refaço...

(suspiros)

''Eu tenho olhado muito para as nuvens,
Vejo aquela dança, tão despretensiosa,
Que vagamente vai me levando,
E quando me espanto, já fui...''

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