Dobrei a ultima coberta,
Fechei a porta do quarto,
Tranquei bem as janelas...
Passei pela cozinha,
Tirei tudo que nela havia,
Abri bem a geladeira,
Desliguei toda a energia...
Na sala, não tem mais porta retrato,
Os discos foram quebrados,
O tapete enrolado, (sem nunca ter lavado)
Nas paredes, as marcas de um tempo que passou,
Tranco bem a porta, dou um ultimo suspiro,
Sinto falta de ar, dor no peito,
Uma morte viva, dolorida, profunda,
Olho para o corredor e desço,
Cada degrau, sinto descer ao abismo,
Medo, panico, dor que silencia,
Chego no portão, olho para trás,
E parece que voltei no tempo...
Não consigo pensar agora,
Pra onde vou, ou onde me encontro,
Olho para rua e prossigo, sozinho
Deixando a saudade me levar...
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