O meu tempo tem intervalos, estações,
Ora um sorriso, ora um verso,
Um soneto, pausa de saudade,
Poucas palavras, e muito silêncio...
Poesia muda, pálida, cálida,
Murcha, flor que padece,
A mente ensandece,
Tomado em devaneios...
Penso, me reinvento, me perco,
Anoiteço, e não me vejo,
Horas que passam, dias que morrem,
E não voltam mais...
Eu tenho vivido de intervalos,
De momentos, destemperamento,
Sou assassino da saudade,
Nesta noite mórbida, de penumbra.
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