Caem as folhas de outono,
O verão agora é passado,
A tarde,vai ficando fria
E eu evito andar descalço,
O sol, não tão intenso descansa
As nuves dançam a valsa da poesia
A lua protesta querendo chegar
As flores dormem, com saudade da primavera,
As ruas, desertas, jornal amassado,
Os bares da cidade cheios, aquecidos
De musica, preferencialmente jazz
O rum entorpecendo corações,
Da mesa grita o poeta:
- Amor, poesia, musica e saudade,
Todos ao redor reverenciam aquele momento,
Comunhão, incomum, ''ah o outono que chegou''
O seu tempo nublado, cinza, de nostalgia
Traz para perto, se/ou para longe
Sento-me, ouço aquela musica,
Peço uma dose de rum, o som do saxofone
A voz rouca do cantor, bebado, de saudade
Uma saudade, aquela que chega de repente
Sim, sou também de estações,
Quando o outono vem, não é frio como inverno,
Nem tão quente e intenso como verão
Não doce como a primavera; é seco, como o vinho,
Tempos de devaneios, desconexos, inversos,
Que você não entende muito bem,
Não ama, mas quer amar, mas sofre
É seco, amargo, aguardando a primavera chegar
Conto os dias, os minutos, os segundos
Cada novo sol, olho as flores, dormindo
Sinto saudade, da primavera, do sorriso das rosas
E do amor,que eu sei que virá naquela estação,
Dai acordei, nessa mesa de bar,
Ao som de Billie Holiday, rendi aos pensamentos,
Vazio, me senti, frágil, como uma folha que cai,
É momento de esperar, mudar a estação, enfim amar...
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