É,
Estou sumido, tenho andado longe, pés descalços, mundo afora...
Desbravando caminhos, muitas vezes perdido, porém com um unico sentido...
Sentir, de forma tão profunda, que até no silêncio ouve-se a voz do coração,
Que devagarinho, dessa vez sozinho, sem fazer muito alarde, faz presente.
O tempo me ensinou que ele não existe, e que o agora é tudo que temos!
Quantos agoras desejei hein?
Se eu pudesse, quantos instantes? Quantos olhares? Quanta saudade!
Quanta injustiça!
Ou melhor, fez se justiça, e hoje sei exatamente quem caminha comigo.
Não serei ingrato, da dor recebi meus melhores presentes,
E por isso, agradeço por ter sofrido tanto, sim...
Fito o relógio, olhos pra cima, o céu estrelado, esse frio que não quer ir embora...
E um Rafael que não desiste de acreditar,
Desculpa...
Um coração teimoso, que faz do amor, sua colcha de retalhos numa noite fria de inverno!